Cap 7 - Característisca dos Batistas

VII. Os Batistas nunca perseguiram os outros, mas sempre foram perseguidos por eles

Há mais de cinqüenta milhões de pessoas que falariam hoje, se pudessem, das suas convicções sobre as distintivas apresentadas nesse estudo. Esse grande número de pessoas não estão presentes hoje para falar das suas crenças verbalmente ,pois estão limitadas por falar só com o seu sangue. Estes milhões de pessoas tiveram mortes trágicas causadas pelas mãos de religiosos, por crerem nas distintivas já relacionadas. Embora estas pregassem absoluta liberdade religiosa para todos, nem todos eram os que respeitavam essas doutrinas e astinham sob a mesma consideração.

A. A Verdade da Existência de Perseguição

Já no tempo de Cristo havia perseguição. Lembre-se que Cristo foi crucificado pela Verdade que pregava. Por medo de perseguição Pedro negou que conhecia Cristo (João 18:12-27). O primeiro e definitivo édito de um governo, que autorizou a perseguição, ocorreu no início do quarto século (O Rasto de Sangue, p. 18); mas já antes disso a perseguição era uma realidade. O diácono Estevão morreu por pregar a verdade da salvação só por Cristo (Atos 7:54-60). Essa perseguição não era reservada só contra a pessoa de Estevão, mas existia uma “grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém” naquele dia (Atos 8:1). O Apóstolo Paulo estava presente na perseguição contra Estevão (Atos 7:58) e era um ardente perseguidor que conduziu para serem presos “quer homens quer mulheres” daquela seita de Cristo (Atos 9:1,2). Tudo isso mostra que o que Jesus predisse em Mateus 10:16-22 veio a acontecer e ainda há mais para acontecer (Mat. 24:15-25). Mas podemos ter bom ânimo. Jesus venceu o mundo (João 16:33) e nos deu o Consolador para nos ajudar naquela hora em que, os que podem nos matar, cuidam “fazer um serviço a Deus” (João 16:1-4).

B. O Propósito da Perseguição

O propósito da perseguição, conforme diz Jesus, é “para lhes servir de testemunho” (Mat. 10:18). A morte dos seus santos agrada a Deus (Sal 116:15). É o santo que morre para fazer o bem, - “por causa da consciência para com Deus” - e tal morte é “agradável a Deus” (I Ped 2:19,20). Pode ser que naquela hora, os maus mal falassem dos crentes, como se fossem eles malfeitores; mas, no ‘dia de visitação’ estes mesmos vão glorificar a Deus “pelas boas obras que” neles observem” (I Ped 2:12). Se os crentes fossem do mundo, o mundo os amaria; mas por não serem do mundo, o mundo os odeia (João 15:19). Se conhece a perseguição por viver por Cristo, - regozije-se por ser julgado digno de padecer afronta pelo nome de Jesus. Esta era a reação de Cristo (Hebreus 12:1,2), dos discípulos (Atos 5:41) e é a instrução de Tiago para nós (Tiago 1:2-5).

A perseguição é um testemunho para os que a exercem. Note-se que no ano 1555 o Cardinal Católico Hosius, Presidente do Conselho de Trent disse: ‘Se a verdade da religião era para ser julgada pela prontidão e alegria pela qual um homem de qualquer seita mostra no sofrimento, então as opiniões e persuasões de nenhuma seita pode ser mais verdadeiras ou mais certas do que as dos Anabatistas; porque houve nenhum grupo por estes 1.200 anos que passaram que estes têm sido tão dolorosamente perseguidos.’ (P. 129, Baptist History and Succession). Contrariamente, nenhum fato pode ser citado de que um Batista ou um que cria em suas doutrinas perseguiram qualquer pessoa.

C. São os Religiosos que Promovem a Perseguição

Quem pediu a morte de Cristo foram os religiosos (Mat.. 22:2; 23:23). Eram os sacerdotes e os saduceus que doeram-se muito por que Pedro e João ensinavam e anunciavam a ressurreição dentre os mortos (Atos 4:1-3, 40-42). Os que mataram Estêvão foram os homens, irmãos e os país judeus no dia de Estêvão (Atos 7:1,54; 22:20). O Apóstolo Paulo era um fariseu, filho de fariseu (Atos 23:6) e este religioso era um ardente perseguidor dos que seguiam a doutrina de Cristo (Atos 9:1,2; 22:20). Depois, aquele que perseguia foi perseguido, e a foi pelos religiosos. O Apóstolo Paulo e o Barnabé foram aprisionados por expor em costumes religiosos diferentes da religião romana (Atos 16:21-23). Não era pequeno o alvoroço “acerca do Caminho”, porque a pregação de Cristo fez com que os ourives temessem perder o emprego de fazer os ídolos da grande deusa Diana (Atos 19:23-27). Disso depreendemos que são os que estão no erro que perseguem os que crêem na verdade e nunca o contrário.

D. Os Batistas e A Perseguição

É uma verdade, histórica, bíblica e batista, que a coerção para receber adeptos não era uma atividade dos batistas. Não era prática de Jesus, nem dos seus discípulos, nem dos apóstolos e de nenhum dos que seguiram Cristo. Jesus admoestou que deve ser dado “a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”, e nisso, ensinou a liberdade de consciência e a separação de religião do governo civil (Mat. 22:21).

Considerando que Jesus predisse que os seus teriam perseguições e que Deus recebe a glória da perseguição que vem contra os que “piamente querem viver” (II Tim 3:12), não deve ser estranha a idéia de que há os que querem matar os que crêem na verdade e os que dirigem as suas vidas pela Palavra de Deus (I Pedro 4:12-19).

“O fato que outras denominações estão permitidas a crer e adorar como querem é resultado das lágrimas e sangue do povo Batista” J. W. Porter, em “Random Remarks.” Citado no livro, “The Church that Jesus Built” por Roy Mason, TH. D.

Talvez haja igrejas ou grupos de pessoas que também possam se identificar com algumas destas distintivas. Não há nada de mau com isso e até é louvável. Todavia, são só os batistas que podem dar testemunho de reter todas estas sete distintivas pelos séculos.

 

Autor: Pastor Calvin
Fonte: www.palavraprudente.com.br