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O Desafio do Incrédulo

Certa vez um incrédulo fez a seguinte afirmativa:

“Se eu cresse realmente, como milhões dizem que crêem, que o conhecimento e a prática da religião nesta vida influencia o destino na outra, e religião seria tudo para mim. Deixaria de lado as diversões terrenas considerando-as como escória; os cuidados terrenos como tolices, e pensamentos e sentimentos terrenos como coisas vãs. E religião seria meu primeiro pensamento ao acordar e minha última imagem, antes que o sono me mergulhasse na inconsciência. Trabalharia unicamente por esta causa. Pensaria só no amanhã da eternidade. Cada alma ganha para o céu valeria para mim uma vida de sofrimento. As conseqüências terrenas nunca ficariam em minhas mãos nem selariam meus lábios. A terra com suas alegrias e tristezas não ocupariam nem um só dos meus pensamentos. Eu me esforçaria para considerar unicamente a eternidade, e as almas imortais ao meu redor, próximas a ser felizes ou infelizes eternamente. Iria pelo mundo inteiro a pregar a tempo e fora de tempo, e meu texto seria: ‘Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma?'”

O que há de errado com esta afirmação? Absolutamente nada! Ela é justa e lógica. Se a religião de Jesus Cristo é o que dizemos ser, as conclusões às quais o incrédulo chegou são certas. O que importa o presente, se o futuro é seguro? O presente quando comparado com a eternidade não é mais cumprido do que a ponta de uma agulha.

Este é um desafio a todos os crentes. Paulo o aceitou e colocou Cristo em primeiro lugar. “Para mim o viver é Cristo.” Ao pensar no que isto significa com relação ao sofrimento ele disse: “tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que nós há de ser revelada.”

O Sr. C. T. Studd, um grande jogador de críquete em Cambridge, Inglaterra, leu estas palavras, e elas causaram um impacto tão tremendo nele, que desistiu de sua carreira para ir aos lugares mais sombrios da terra como missionário. Ele diz: “Estas palavras me fizeram decidir, na hora, a viver única e exclusivamente para Cristo.”

Não procure uma vida longa, a vida de Cristo foi curta. Não viva em luxúria, Cristo viveu e morreu como pobre. Não viva em prazer, Cristo não veio para agradar a si mesmo. Não procure fama, Cristo aniquilou-se a si mesmo. Não procure uma vida de conforto, Cristo sofreu a vergonha e o castigo da cruz.

O que você e eu faremos com o desafio daquele incrédulo?

Sabemos que há céu e inferno. Sabemos que toda raça humana está destinada a passar a eternidade num destes dois lugares. Sabemos que não somos de nós mesmos; que fomos comprados por bom preço. Sempre assinamos qualquer afirmação que apresente a importância de uma vida fiel, consagrada e santa; mas assinar é uma coisa e colocá-la em prática é outra completamente diferente. Por isso, se não praticamos o que pregamos, não iremos escapar de sermos taxados de hipócritas.

Precisamos deste desafio. Precisamos de alguma coisa que nos acorde. Precisamos de algo que nos faça praticar o que pregamos. Precisamos ter firmeza em nossa profissão ou ela não ficará de pé.

Precisamos dar sentido à nossa religião. A maneira como muitos de nós vivemos não faz sentido. Dizemos que confiamos em Cristo para nos salvar, mas não temos a fé que opera o amor. Dizemos que O amamos e passamos o tempo todo provando o contrário.

Deixa-me fazer-lhe um desafio. Há alguma coisa em você que possa ser desafiada? Gostaria de desafiá-lo pelas misericórdias de Deus, você as aprecia? Eu o desafio pela ordem divina de procurar primeiro o reino de Deus, não quer ouvir as ordens de Deus? Eu o desafio pela lógica fria do incrédulo, se houver alguma coisa que professe, então mostre-a! Eu o desafio pela crítica do homem de negócio, não tem medo de dar-lhe oportunidade de blasfemar da religião de Cristo? Eu o desafio pelas necessidades do mundo perdido, será que não faria tudo ao seu alcance, para salvar pelo menos alguns? Eu o desafio pelo valor de sua própria alma, “Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma.”


Mensagem oferecida pela
1ª Igreja Batista do Jardim das Oliveiras
Fortaleza, CE

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