Artigo 11

A PERSEVERANÇA DOS SANTOS

Cremos que as Escrituras ensinam que os, verdadeiramente, regenerados são os que perseveram até o fim 1; que seu apego perseverante a Cristo é o grande sinal que os distingue dos professos superficiais 2; que uma providência especial vela por seu bem-estar 3; e que eles são guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação 4.

1. Cremos que as Escrituras ensinam que os, verdadeiramente, regenerados são os que perseveram até o fim 1; que seu apego perseverante a Cristo é o grande sinal que os distingue dos professos superficiais 2; que uma providência especial vela por seu bem-estar 3; e que eles são guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação 4.

Referências: João 8.31, “Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nEle. Se vós permanecerdes na Minha palavra, verdadeiramente sereis Meus discípulos”; I João 2.27-28; 3.9; 5.18; Rm 11.29; Ef 2.8

A doutrina da perseverança dos santos não quer dizer que nenhum cristão cairá na transgressão, ou não pode ferir a sua própria alma e as dos seus colegas e prejudicar as igrejas pelo pecado por causa das aflições, tentações e poderosas oposições contra as quais o cristão luta, espiritualmente. Mas essa doutrina importante quer ensinar que Deus dará graça suficiente aos Seus para que nenhum caia e continue no pecado ao ponto de perecer no fogo eterno.

2. Cremos que as Escrituras ensinam que os, verdadeiramente, regenerados são os que perseveram até o fim 1; que seu apego perseverante a Cristo é o grande sinal que os distingue dos professos superficiais 2; que uma providência especial vela por seu bem-estar 3; e que são guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação 4.

Referências: I João 2.19, “Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós.”; João 13.18; Mateus 13.19-23; João 6.66-69; Jó 17.9

Os professos superficiais e falsos podem estar juntos com os verdadeiros ao “encontro do esposo” como as virgens tolas (Mt 25.1-13), mas esses não podem perseverar suficientemente pois falta o “Principal”.

Os falsos podem ter uma parentela física com Abraão e assim ser “em Cristo” de uma maneira que não salva do pecado, mas são como ‘as varas que não deram fruto’ (perseverança) de Jo 15.1-7, cujo fim não é a salvação, mas a destruição pelo fogo eterno.

Podem existir os que uma vez eram um pouco iluminados e que provaram com experiências extraordinárias um dom celestial ou até ouviram a Palavra com alegria como os que receberam a semente em pedregais (Mt 13.1-23; Hb 6.4-8, como Herodes que ouvia João “de boa mente”), mas, por estes não perseverarem mostram que não têm um coração preparado por Deus, e portanto não devem esperar as bênçãos da salvação.

Existem no Novo Testamento os que abraçaram as doutrinas do Evangelho, comumente chamada “da Fé” (Félix e Drusila - At 24.24), os que regozijaram em ver Jesus triunfante (muitíssima gente - Mt 21.7-11), os que tinham o dom de profecia (Balaão – Ne 13.2; “muitos” Mt 7.22), os que eram batizados, e os que andaram com Jesus e saborearam do poder do ser apóstolo (Judas Iscariotes – Mt 10.2,4; Jo 13.21,30; Hb 6.5) mas não manifestaram que eram regenerados mas manifestaram ser réprobos justamente por não perseverarem com a fé (como Himeneu e Alexandre “fizeram naufrágio na fé” – I Tm 1.18-20). Quando alguém não persevera na graça, revela que nunca tinha a tal graça que salva. I João 2.19, “Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós.”

Os versículos que mencionam que o que perseverar até o fim, ou ao que vencer, será salvo ou será concedido uma benção, manifestam quais são os atributos e galardões dos que são verdadeiramente salvos. Mateus 10.22 (32); 23.13; Apocalipse 2.7, 10, 17, 26; 3.5, 12, 21; 21.7.

Quando o verdadeiro Filho de Deus, por Cristo, peca, por ser verdadeiramente adotado na família de Deus pelos méritos de Cristo, sofrerá correção que o levará à humilhação e ao arrependimento para uma obediência melhor. Muitas vezes, esta correção pode levar o cristão errante à morte física para não mais viver com tão mau testemunho (Sl 89.30-34; Hb 12.7, 8; I Co 5.1-5; 11.32; Tg 5.19, 20).

3. Cremos que as Escrituras ensinam que os verdadeiramente regenerados são os que perseveram até o fim 1; que seu apego perseverante a Cristo é o grande sinal que os distingue dos professos superficiais 2; que uma providência especial vela por seu bem-estar 3; e que eles são guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação 4.

Referências: Romanos 8.28, “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o Seu propósito.”; Mateus 6.30-33; Jeremias 32.40; Salmos 37.25; 121.3-8; 91.9-12; Hebreus 1.14

A doutrina da perseverança dos santos é acoplada à doutrina da preservação dos santos. A primeira é responsabilidade dos santos e a última é a providência especial de Deus pela qual Ele vela pelo bem dos Seus. Perseveram os santos por serem preservados por Deus. Muitas vezes, a responsabilidade dos santos a perseverarem é mencionada no mesmo contexto da preservação de Deus dos Seus.

Judas 1.21, “Conservai-vos a vós mesmos no amor de Deus”; Judas 1.24, “Ora, Àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante a Sua glória”

I Jo 5.18, “Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não peca [preservação]; mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo [perseverança], e o maligno não lhe toca”.

II Ts 3.1-3, “No demais, irmãos, rogai por nós [responsabilidade do homem na perseverança], para que a palavra do Senhor tenha livre curso e seja glorificada, como também o é entre vós; 2 E para que sejamos livres de homens dissolutos e maus; [perseverança] porque a fé não é de todos. 3 Mas fiel é o Senhor, que vos confirmará, e guardará do maligno [preservação].”

Rm 8.24-25, “Porque em esperança fomos salvos. Ora a esperança que se vê não é esperança; porque o que alguém vê como o esperará? 25 Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o esperamos [perseverança]”; Rm 8.26, “E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas [preservação]; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis”.

II Tm 4.7, 17-18, “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé [perseverança]”, 17-18, “17 Mas o Senhor assistiu-me e fortaleceu-me [preservação], para que por mim fosse cumprida a pregação, e todos os gentios a ouvissem; e fiquei livre da boca do leão. 18 E o Senhor me livrará de toda a má obra, e guardar-me-á para o Seu reino celestial; a quem seja glória para todo o sempre. Amém”.

Hb 13.1-19 lista várias responsabilidades do cristão nas quais deve perseverar. Junto nesse contexto é dito que Deus, v. 21, “Vos aperfeiçoe em toda a boa obra, para fazerdes a Sua vontade [perseverança], operando em vós o que perante Ele é agradável por Cristo Jesus (preservação), ao Qual seja glória para todo o sempre. Amém”.

I Co 1.8-10, “O Qual vos confirmará também até ao fim [preservação, obra de Deus], para serdes irrepreensíveis no dia de nosso Senhor Jesus Cristo. 9 Fiel é Deus, pelo Qual fostes chamados para a comunhão de Seu Filho Jesus Cristo nosso Senhor. 10 Rogo-vos, porém, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que digais todos uma mesma coisa, e que não haja entre vós dissensões; antes sejais unidos em um mesmo pensamento e em um mesmo parecer [perseverança, responsabilidade do homem]”.

4. Cremos que as Escrituras ensinam que os, verdadeiramente, regenerados são os que perseveram até o fim 1; que seu apego perseverante a Cristo é o grande sinal que os distingue dos professos superficiais 2; que uma providência especial vela por seu bem-estar 3; e que são eles guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação 4.

Referências: Filipenses 1.6, “Tendo por certo isto mesmo, que Aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo”; 2.12,13; Judas 1.24,25; Hebreus 1.14; II Reis 6.16; Hebreus 13.5; I João 4.4.

O que manifesta o seu andar? A sua perseverança na obediência da fé manifesta a obra da preservação do Senhor pela Sua graça que redunda para a Sua glória? O seu andar na sua fé manifesta o ingrediente pecaminoso de confiança nas suas obras, ou você confia nas ordenanças de qualquer religião que redunda glória pelo esforço de algum homem? Não seja enganado por ter experimentado um sentimento profundo que é isento do “Principal”. Não esteja contente até que tenha a nova natureza, e seja um possuidor da fé genuína operada por Deus que, pela obra de Cristo, o levará à Sua presença eterna.

A Perseverança dos Santos Essa doutrina...

- não leva ninguém a uma vida licenciosa mas à santidade – Tt 2.11-15

- indica que o cristão tem uma nova natureza – II Co 5.17; Gl 5.17

- leva ao auto-exame para não ser um falso professante da fé – II Pd 2.22

- não ensina perfeição completa para o cristão ainda na carne – Gl 5.17

- não ensina que o homem termina o que Deus começou – Fp 1.6; 3.3; Gl 3.3

- não ensina que a fé do cristão é temporária – Hb 7.25; I Pe 1.5

- não exclui a responsabilidade do cristão de vigiar – Hb 10.26; Mt 26.41

- coloca a fé em Cristo e não nos sentimentos como a base da salvação – Ef 2.8-10; II Tm 1.12

(D. W. Huckabee, Studies in Strong Doctrine, pgs. 371-383)

A doutrina da segurança do Crente é mal-entendida:

- Aplicando aos salvos passagens endereçadas a outros;

- Interpretando passagens aparte dos seus contextos;

- Mal interpretando passagens difíceis;

- Empregando passagens figurativas para formular uma doutrina.

(Shall Never Perish, pg.190. American Bible Conference Association, Philadelphia, 1936)

 

Compilado pelo Calvin Gardner
Correção gramatical: Edson Elias Basílio, 04/2008;
Valdenira Nunes de Menezes Silva 11/2014
Fonte: www.palavraprudente.com.br
Bibliografia deste estudo está no capítulo 24
A Declaração Completa está no capítulo 25