Artigo 19

A SEPARAÇÃO DO ERRO

Cremos que as Escrituras ensinam que todo salvo deve ter posição convicta, separando-se, totalmente, daqueles que, mesmo crentes, praticam ou não se separam daqueles que praticam, mesmo os mais sutis e disfarçados erros doutrinários 1; em particular, é bíblico abominar e ensinar todos a abominarem: os erros do modernismo teológico, do liberalismo, do ecumenismo, da nova-era, da renovação carismática-pentecostal 2, inclusive seu estilo de música, erradamente, chamada evangélica, mas que nem é, realmente, sagrada e nem espiritual, com os ritmos, os estilos ora intimistas-emocionalistas ora agitados, as palmas, os balanços de corpo, etc., tudo tendo o cheiro do mundo e agradando à carne e ao mundo 3.

Referências:

1. Amós 3:3, “Porventura andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?”; Romanos 16:17-19; II Coríntios 6:14-17; Gálatas 1:6-9; II Timóteo 3:6,14; I Timóteo 6:5; II Timóteo 2:15-19; 3:1-5; 4:1-5; Tito 3:10; II João 7-11

2. I Coríntios 14:21-22, “Está escrito na lei: Por gente de outras línguas, e por outros lábios, falarei a este povo; e ainda assim Me não ouvirão, diz o Senhor. 22 De sorte que as línguas são um sinal, não para os fiéis, mas para os infiéis; e a profecia não é sinal para os infiéis, mas para os fiéis.”; II Coríntios 12:7,12; II Timóteo 4:20

3. 1 Coríntios 14:26, “Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação.”; Efésios 5:18-19; Colossenses 3:16-17 // Romanos 8:5-8; Tiago 4:4 // Romanos 12:1-2; 8:5-8; 6:1-16; 13:14; 14:7,13,21; 1 Coríntios 6:12; 8:9,12-13; 10:23,31-33; 14:20; Gálatas l:7-9; Colossenses 3:1-2,5; I Tessalonicenses 5:22; Tiago 4:4.

A separação eclesiástica é outra área que é bem fácil de compreender. Precisamos adotar e manter uma barreira entre nós e aqueles que praticam uma variedade de "cristianismo" que não existe na Bíblia. Como disse Shakespeare, "Nem tudo o que reluz é ouro". E nem todo aquele que se diz convertido realmente é. Quando a doutrina for má, fique longe deles. O Movimento Ecumênico não é nada mais do que um repúdio em massa à doutrina bíblica da separação, disfarçada sob um estandarte de unidade e precisa ser rejeitado como falso. E, é essa precisa violação da doutrina que requer que vejamos Billy Graham e todos os outros de seu tipo com extrema cautela. Eles são conhecidos como "neo-evangélicos" e são famosos por rejeitarem a doutrina bíblica da separação. A posição deles é a da "infiltração" [um termo que eles mesmos adotaram] e é a antítese da separação, fazendo exatamente o contrário. Em outras palavras, a filosofia deles é parecer, falar e agir como o mundo, para então "ganhar o mundo para Cristo". Para maximizar as conversões, insistem no pragmatismo - fazer qualquer coisa que sirva para produzir números. Se os números "vierem à frente, atendendo ao apelo" então os métodos usados estão justificados. Isso, meus amigos, assemelha-se à moral jesuíta - o fim justifica os meios. Deus não apóia isso!!! Qualquer pessoa descarada o suficiente para insistir que a doutrina bíblica da separação está "fora de moda" e "não funciona mais" [talvez não sejam as citações exatas, mas bem próximas do sentido desejado pelo porta-voz neo-evangélico Harold Ockenga, em 1957] é um herético e após duas ou três admoestações deve ser rejeitado [Tito 3:10]. Vejamos o verso inteiro:

"Ao homem herege, depois de uma e outra admoestação, evita-o."

Billy Graham e outros neo-evangélicos foram admoestados, tantas vezes, pelos pastores fundamentalistas conservadores, que o número, sem dúvida, chega aos milhares! Todavia, eles se mantêm irredutíveis e se recusam a abandonar a estratégia original e a declaração de propósito, tentando, cegamente, fazer a obra de Deus da maneira do homem. Que Deus tenha misericórdia deles! Esperamos que com esta explicação do afastamento doutrinário deles, muitos mais percebam porque continuamos a apontar o erro deles, a despeito de incorrer na ira daqueles desinformados que pensam em colocá-los em pedestais de santidade. Não é uma questão do que pensamos, mas do que Deus diz em Sua Palavra!

Se você dirigir o carro para uma quadrilha que assaltou um banco, você é considerado tão culpado quanto aqueles que entraram no banco e perpetraram o assalto? Certamente que sim! A lei descreve isso como cumplicidade, um participante no crime. E, existem muitas aplicações jurídicas desse princípio. Existem também muitas aplicações na área da separação. Se voltarmos à nota de rodapé na Bíblia de Scofield, vemos que ela menciona contemporização e cumplicidade com o mal. O que isso está nos dizendo? Basicamente, indica que não precisamos ser aquele que está envolvido em um pecado específico para estarmos errados - simplesmente contemporizar ou estar em cumplicidade já é pecaminoso. Isso é grave e precisa ser encarado com seriedade pessoal. Deus nos considera responsáveis por nossas ações e, quando, conscientemente, flertamos com a multidão errada, somos tão culpados quanto ela. Isso tem grandes implicações e deve deixar muitos pastores nervosos no que se refere à prática doutrinária. Por exemplo, se um pastor sai por uma tangente doutrinária, como o neo-evangelicalismo e não é questionado pelos diáconos, então eles são tão culpados por não praticarem a separação quanto o pastor! Se a doutrina continua sendo desconsiderada e o pastor foi questionado da maneira bíblica correta pelos membros da congregação, então eles têm três escolhas: (1) Pedir a renúncia do pastor, ou (2) caladamente, deixar a igreja, ou (3) não fazer nada e ser cúmplices da doutrina errada. Esse pecado é o equivalente moral da AIDS e milhares de pastores já estão infectados ou apresentam resultado positivo no teste do vírus. São os resultados das "novas medidas para uma nova teologia" de Charles Finney - o fruto amargo de uma decisão deliberada e aberta de tentar fazer um melhor trabalho de evangelismo que Deus! O orgulho pecaminoso está no centro da matéria - um desejo intenso por resultados e de receber a aprovação dos homens - a velha mentalidade "minha igreja é maior do que a sua". E, a mentalidade é insidiosa e afeta os homens de maneiras estranhas - homens que negariam com veemência tê-la, mas que assim mesmo adotam atitudes de grandeza no que se refere aos números. Por exemplo, um certo pastor (que não será citado para proteger os símplices) pontifica em seu livro que existem pastores demais e que a maioria de nós deveria renunciar para que nossos rebanhos sejam adequadamente pastoreados por líderes comprovados, como ele e alguns outros pastores das mega igrejas. E, essa gema vem logo após ele ter condenado os pastores que se orgulham dos números. Sem brincadeira! Ele dedica páginas e páginas defendendo e exaltando seu ego e eu quase queimei o livro de tanta raiva que senti, mas depois decidi conservá-lo como um constante lembrete do que o orgulho pode fazer com a mente humana


Autor: Pr. Ron Riffe
Tradução: Jeremias R D P dos Santos
Font: A Espada do Espírito: http://www.espada.eti.br

 

Compilado pelo Calvin Gardner
Correção gramatical: Edson Elias Basílio, 04/2008;
Valdenira Nunes de Menezes Silva 11/2014
Fonte: www.palavraprudente.com.br
Bibliografia deste estudo está no capítulo 24
A Declaração Completa está no capítulo 25