Artigo 20

O MUNDO VINDOURO

Cremos que o fim do mundo está se aproximando1; que no Último Dia, Cristo descerá dos céus2, e ressuscitará os mortos dos túmulos para a retribuição final3; e que uma separação solene acontecerá4; que os ímpios serão julgados à punição eterna, e os justos à glória eterna5; e que este julgamento será permanente no inferno ou no céu baseado nos princípios de justiça 6.

Referências:

1. I Pedro 4:7, “E já está próximo o fim de todas as coisas; portanto, sede sóbrios e vigiai em oração”; I Coríntios 7:29-31; Hebreus 1:10-12; Mateus 24:35; I João 2:17; Mateus 28:20; 13:39, 40; II Pedro 3:3-13;

2. Atos 1:11, “Os quais lhes disseram: Homens galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir.”; Apocalipse 1:7; Hebreus 9:28; Atos 3:21; I Tessalonicenses 4:13-18; 5:1-11;

3. Atos 24:15, “Tendo esperança em Deus, como estes mesmos também esperam, de que há de haver ressurreição de mortos, assim dos justos como dos injustos.”; I Coríntios 15:12-58; Lucas 14:14; Daniel 12:2; João 5:28, 29; 6:40; 11:25, 26; II Timóteo 1:10; Atos 10:42;

4. Mateus 13:49, “Assim será na consumação dos séculos: virão os anjos, e separarão os maus de entre os justos,”; Mateus 13:37-46; 25:31-33;

5. Mateus 25:35-41, “Porque tive fome, e destes-Me de comer; tive sede, e destes-Me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-Me;

36 Estava nu, e vestistes-Me; adoeci, e visitastes-Me; estive na prisão, e fostes ver-Me.

37 Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando Te vimos com fome, e Te demos de comer? ou com sede, e Te demos de beber?

38 E quando Te vimos estrangeiro, e Te hospedamos? ou nu, e Te vestimos?

39 E quando Te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-Te?

40 E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes Meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes.

41 Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de Mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos”; Apocalipse 22:11; I Coríntios 6:9, 10; Marcos 9:43-48; II Pedro 2:9; Judas 1:7; Filipenses 3:19; Romanos 6:22; II Coríntios 5:10, 11; João 4:36; II Coríntios 4:18;

6. Romanos 3:5, 6, “E, se a nossa injustiça for causa da justiça de Deus, que diremos? Porventura será Deus injusto, trazendo ira sobre nós? (Falo como homem.) 6 De maneira nenhuma; de outro modo, como julgará Deus o mundo?”; II Tessalonicenses 1:6-12; Hebreus 6:1-2; I Cor. 4:5; Atos 17:31; Romanos 2:2-16; Apocalipse 20:11, 12; I João 2:28; 4:17; II Pedro 3:11, 12.

O Julgamento - Parte I

Pr. Calvin G Gardner

Texto para a Leitura: Ex 18.4-17

Texto para a Memorização: Rm 5.12, “Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram.”

Introdução – Algum fato de um julgamento final, geralmente, é conhecido por todo homem. A ideia de uma consequência desagradável resultante dos erros cometidos é bem aceita pela sociedade em geral. Também a maioria das pessoas que fazem parte da sociedade crêem que passará ileso dessas consequências desagradáveis. Crêem que serão isentos do julgamento futuro por terem sofrido enquanto aqui neste mundo. É verdade que sofremos aqui na terra. É verdade que esse sofrimento é consequência do pecado do homem. Todavia, sofrer no mundo não diminui nem elimina o julgamento vindouro. Ninguém escapa: “E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo”, Hb. 9.27.

Desde o começo da humanidade, no jardim de Éden, antes mesmo de pecar, o homem convivia com a realidade de uma consequência no caso dele desobedecer às regras de Deus. Deus deixou clara a Sua regra: “Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.”, Gn. 2.17. A existência de qualquer lei pressupõe um julgamento.

Ninguém estranha essa ideia. A sociedade em geral concorda que o governo deve manter cadeias e penitenciárias. Ninguém estranha a necessidade de ter leis e uma força policial para manter a ordem pública. Talvez nem todos entendam como funcionam os tribunais mas são poucos os que negam a sua utilidade. Até a existência de regras e a devida punição nos jogos esportivos é aceitável pelos homens de bom senso. Se houver alguma discordância sobre essas necessidades tal discórdia não é sobre a existência de um julgamento, mas no grau da punição dado.

A responsabilidade de cada um receber as justas consequências pelas suas ações pessoais é uma verdade que deve ser inculcada em todo lar. A ordem pacífica da sociedade depende disso. Se desde o berço cada membro da comunidade fosse estabelecido no fato de que o desvio é inaceitável e resulta numa punição justa e imediata, o nosso convívio uns com os outros seria muito mais satisfatório (Ec. 8.11, “Porquanto não se executa logo o juízo sobre a má obra, por isso o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para fazer o mal.”). Quando Deus deu a Sua lei moral que exige castigo pelo erro, além dEle fazer isso para a Sua glória, o fez para o nosso bem.

Julgamento na Bíblia – O que Significa “julgamento”?

O Pastor Davis W. Huckabee observa que existem várias palavras gregas traduzidas para a palavra ‘julgamento’. Apenas duas dessas são destacadas como mais importantes para o nosso estudo. Krisis (#2920, Strong’s, 47 vezes): uma separação seguida por uma decisão. Krima (#2917, Strong’s, 28 vezes): a ação resultante (condenação, julgamento, juízo) do verbo Krino (#2919, Strong’s, 98 vezes): julgar.

Existe um julgamento, ou seja, uma separação que será seguida por uma decisão judicial, que acontece, imediatamente, quando qualquer um morre. Essa separação é para um destino eterno que corresponde à condição do coração do homem na hora da morte. Estes versículos referem-se a este tipo de julgamento: Ec. 12.7, “E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu.”; Hb. 9.27, “E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo”.

Jesus ensinou que a condição do coração do homem na hora da morte determina o seu destino (Lucas 16.19-25). Os salvos por Cristo vão para aquele lugar reservado para o povo de Deus e todos os outros se encontram, imediatamente, nos tormentos do inferno (hades). Aqui ficam até o julgamento (decisão divina) final, ou seja, do Trono Branco.

O Julgamento Divino – A Sua Natureza

Num julgamento não há apenas uma determinação da culpa do transgressor mas a justiça é declarada, ou seja, a da punição devida é declarada. O homem, em geral, já entende que é culpado (Rm. 2.14-16; 5.12; Hb. 10.26-27). Deus é ciente disso também (Hb. 4.13; Jo. 3.19).

O julgamento divino tem o que os julgamentos entre homens não têm, ou seja, a “manifestação do juízo de Deus” (Rm. 2.5). Para os pecadores não arrependidos o julgamento divino manifestará a indignação justa de Deus contra o pecado. Na ocasião do julgamento divino Deus também revelará a punição devida para cada transgressão.

O julgamento dos salvos manifestará o prazer divino pela justiça imputada por Cristo e determinará o galardão para cada obediência, II Co. 5.10, “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal.”

Você se sente culpado pelo seu pecado? Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o Justo pelos injustos para levar os que se arrependem e creem nEle, pela fé, a Deus (I Pe. 3.18). A salvação eterna está em Cristo. O futuro julgamento manifestará o juízo de Deus e cada pecado será justamente punido. Essa punição eterna já foi levada por Cristo Jesus para os que entrem pela fé nEle! Há salvação hoje!

Os Julgamentos da Bíblia

Os estudiosos contam sete julgamentos mencionados na Bíblia: O Julgamento na Cruz – I Pe. 3.18; O Auto-Julgamento do Salvo – I Co. 11.31-32; O Julgamento das Obras do Salvo – Rm. 14.10; II Co. 5.10; O Julgamento de Israel – Is. 1.27; Jl. 2.31-32; O Julgamento das Nações – Mt. 25.31-33; Ap. 20.8-9; O Julgamento dos Anjos – I Co. 6.3; II Pe. 2.4; Jd. 6; O Grande Trono Branco ou O Julgamento dos Ímpios que Morreram – Ap. 20.11-15.

Outros categorizam os julgamentos em três períodos distintos: Antes da Segunda Vinda de Cristo – A Cruz, O Tribunal de Cristo, ou O Julgamento das Obras do Salvo; Os Julgamentos Associados com A Segunda Vinda de Cristo – O Julgamento das Nações, de Israel, dos Mártires da Tribulação, e os Julgamentos que Acontecem Depois de Cristo voltar à terra – O Julgamento de Satanás e os Seus Anjos Ímpios, O Grande Trono Branco, ou, O Julgamento dos Ímpios que Morreram.

Você está pronto para esse julgamento? A única salvação é estar com os benefícios do primeiro julgamento, ou seja, o de Jesus na cruz – Jo. 3.14-16, 36. Seja salvo hoje se arrependendo dos seus pecados e confiando em Cristo Jesus, o Salvador!

O Julgamento – Parte II – O Julgamento do Grande Trono Branco

Pr. Calvin G Gardner

Texto para a Leitura: Ap. 20.11-15

Texto para a Memorização: Jo. 5.28-29, “Todos que estão nos sepulcros ouvirão a Sua voz. Os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação.”

O Julgamento Final - O Julgamento do Grande Trono Branco

Na cronologia da escatologia, logo depois da guerra de Gogue e Magogue, o juízo final acontece. Esse julgamento é o último e o pior julgamento que qualquer ser humano passará. “A fortíssima espada da justiça Divina será desembainhada neste dia para atingir cada pecador não arrependido pelas suas transgressões” (T. Ross, pg. 219).

O Juiz Assentado Sobre O Trono é Deus Filho – Ap. 20.11-12

Todos diante desse trono encararão “Deus” (v. 12). A Sua presença é terrível (v. 11, “de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles.”). O Substituto e Salvador dos pecadores arrependidos (I Pe. 3.18;II Co. 5.21); O Evangelho pregado pelos apóstolos (I Co. 15.1-8; At. 26.20); O Fundador e Cabeça das Suas igrejas (Mt. 16.18; Ef. 5.23) e O Exaltado com todo poder, que as comissionou a pregarem Ele mesmo a toda criatura (Mt. 28.20; Fp. 2.8-10), é Quem está neste trono. Ele será manifestado como Juiz. O Salvador dos arrependidos e o Advogado dos salvos é grande em misericórdia (At. 16.31; I Jo. 2.1). Porém, como Juiz, Ele é terrível. Da Sua presença fogem a terra e o céu (Ap. 20.11). Jesus está terrível no Seu direito e na Sua majestade como Juiz.

Jesus tem o direito de ser o Juiz neste trono. Essa qualificação de juiz, o Pai Lhe deu: Jo. 5.22-23, 27, “E também o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo; Para que todos honrem o Filho, como honram o Pai. Quem não honra o Filho, não honra o Pai que O enviou. 27 E deu-Lhe o poder de exercer o juízo, porque é o Filho do homem.”; At. 10.42, “... testificar que Ele é o que por Deus foi constituído Juiz dos vivos e dos mortos.”; 17.31; Rm. 2.16, “No dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens, por Jesus Cristo, segundo o meu evangelho.” A Jesus foi dado todo o poder no céu e na terra e foi exaltado soberanamente com um nome sobre todo o nome. Portanto, senão por direito de Criador ou Salvador, Jesus tem o direito de ser o Juiz neste julgamento final por autoridade do Seu Pai (Mt. 28.18; Fp. 2.9). Nunca pense que pode evitar Quem Deus Pai estabeleceu como Juiz no julgamento final a não ser quem está confiando na obra de Cristo Jesus na cruz. Jesus é terrível no Seu direito e na Sua majestade como Juiz.

Jesus tem o direito de ser o Juiz neste trono. Pela Sua vida como homem, Jesus venceu todo e qualquer pecado (Hb 9.14, “Quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno Se ofereceu a Si mesmo imaculado a Deus, purificará as vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?”; I Pe. 1.19, “Mas com o precioso sangue de Cristo, como de um Cordeiro imaculado e incontaminado”) Pela Sua morte Jesus aniquilou “o que tinha o império da morte, isto é o diabo” (Hb. 2.14-18). Pela Sua ressurreição Cristo Jesus foi manifestado como o Juiz destinado por Deus (At. 17.31, “Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do Homem que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-O dentre os mortos.”). Jesus tem todo direito de ser o Juiz.

Por direito, Jesus é o Juiz neste trono. Jesus tem essa qualificação por conhecer pessoalmente todo tipo de tentação e por vencer a condenação do pecado (Hb. 4.15, “Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-Se das nossas fraquezas; porém, Um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.”). Assim é inteligível a Sua sentença no julgamento sobre os que transgrediram a lei do Seu Pai. Foi Jesus Quem os pecadores diante deste trono rejeitaram. Nada mais justo do que eles encararem Quem rejeitaram. “Para os que odiaram a misericórdia e rejeitaram o amor e graça do Senhor Jesus Cristo, este julgamento será a manifestação da retribuição perfeita para cada pecado. O homem tem uma escolha. Ele deve escolher encarar Cristo como Salvador ou como Juiz. O Salvador rejeitado será o Justo Juiz” (Huckabee, pg. 64, Seven Judgments, tradução livre). Será terrível encarar Jesus como Juiz!

Jesus é o majestoso Juiz. Jesus é o resplendor da glória de Deus e a expressa imagem da própria pessoa de Deus (Hb. 1.3). A majestade de Jesus é revelada como a Palavra de Deus pela qual Deus criou tudo (Hb. 11.3; 1.2; Jo. 1.1-3; Sl. 33.6). Sua majestade é manifestada pela Sua vida imaculada quando cumpriu a lei, cancelando, assim, totalmente, a força do pecado (Mt. 5.17; Jo. 19.30). Pela Sua ressurreição, Jesus derrubou o pecado e a condenação do pecado que é o aguilhão da morte (Rm. 6.9; I Co. 15.55-57). Agora, Ele vivifica os que se arrependem dos seus pecados e pela fé confiam nEle. Estes têm a vida eterna e não entrarão em condenação (Jo. 5.24, “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a Minha palavra, e crê nAquele que Me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.”).

Você está em Cristo Jesus? Se você negar ver Jesus como Salvador, vê-Lo-á como seu Juiz neste julgamento final. Será terrível encarar Jesus como Juiz!

Os Julgados – Quais São?- Jo. 5.28-29, “Todos que estão nos sepulcros ouvirão a Sua voz. Os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação.”

Os que ouvirão a Sua voz são os que fizeram o bem. Estes participarão da ressurreição da vida. Essa ressurreição começa no arrebatamento e termina com os mártires durante a Tribulação (I Ts. 4.13-17; Ap. 20.4-6). Estes estarão sempre com o Senhor Jesus e não entrarão em condenação, pois os seus pecados já estão julgados nEle (Rm. 8.1, 31-39).

Os que não quiseram ouvir a Sua voz enquanto estavam na terra, ou seja, não quiseram ter o Seu jugo sobre eles (Sl. 2.2-3), não ouvirão a Sua voz para participar na primeira ressurreição que é para a vida (Ap. 20.4-5). Todavia ouvirão a Sua voz para serem ressurretos na ressurreição que leva para a segunda morte (Ap. 20.12-14). Essa ressurreição é para os que fizeram o mal. É chamada a “ressurreição da condenação” por levar para esse fim. A “ressurreição da condenação” é o julgamento do Grande Trono Branco. Aqui os não salvos estarão presentes corporalmente, pois o cemitério (os corpos dos não salvos, a “morte”) e o inferno (as almas dos não salvos) darão o que neles havia (Ap. 20.13).

Os que rejeitam a vitória do Senhor Jesus Cristo, sejam grandes ou pequenos, responderão, pessoalmente, diante dEle, nessa ocasião. Terão oportunidade para responder por qual razão desprezaram Jesus, a Quem o Pai exaltou sobre todo e qualquer nome (Fp. 2.8-11).

Jesus determinou que os que “fizeram o bem” terão vida e os que “fizeram o mal” terão a condenação. Se não tivéssemos nenhuma outra instrução sobre a salvação na Bíblia concluíramos que somos salvos ou condenados apenas pelas nossas obras. E muitos religiosos assim concluem. Todavia, existe uma abundância de instrução sobre a salvação na Bíblia para os que desejam saber. Examinando toda a Bíblia concluímos que a salvação não é obtida nem mantida pelas obras do homem.

Tito nos diz que não somos salvos pelas obras (Tt. 3.5). O profeta Isaías ensina que as nossas justiças são como trapos de imundícia (Is. 64.6). Jó pergunta: “Quem do imundo tirará o puro?” Ele mesmo responde: “Ninguém” (Jó 14.4). Jesus e os apóstolos enfatizam que a salvação é pela graça (At. 15.11; Rm. 3.24; Ef. 2.8-9). Sendo pela graça, não pode de nenhuma forma ser pelas obras do homem (Rm. 11.6). A carne para nada aproveita (Jo. 6.63).

Então, o que devemos concluir quando Jesus ensinou que o tipo de ressurreição depende do que os homens fizeram? Devemos concluir que as obras de qualquer homem testificam do que ele é, ou seja, as obras anunciam a todos quem somos (Mt. 7.17-20; Jo. 10.25).

Os que fazem o bem são os que têm a justiça de Jesus imputada neles, têm uma nova natureza e deleitam-se em fazer a lei de Deus (II Co. 5.21; Rm. 7.22; Jo. 14.12). Os que fazem o mal são os que produzem somente as obras da carne (Gl. 5.19-21; I Co. 2.14; Rm. 8.6-8).

Tendo somente as suas obras para declarar o que você é, você será participante de qual ressurreição?

Os Livros Abertos neste Julgamento – Ap. 20.12, “E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras.”

Os livros que formarão a base do julgamento dos que estarão presentes diante deste trono são a Palavra de Deus, o “outro livro” – o Livro de Vida, e “os livros” contendo as obras de todos os que estarão diante deste trono.

Jesus prometeu que a Palavra de Deus estará presente neste julgamento: “Quem Me rejeitar a Mim, e não receber as Minhas palavras, já tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último dia.”, Jo. 12.48. Todos os que agora negam se submeter à Verdade da salvação apresentada pela pregação das Escrituras asseguram a sua própria condenação.

O Livro da Vida contém os nomes de todos os eleitos de Deus. É chamado o “livro da vida do Cordeiro” por ser pelo Cordeiro que estes são salvos (Ap. 21.27; 5.5-10). Os nomes dos eleitos foram escritos neste livro desde a fundação do mundo (Ap. 17.8; Ef. 1.4; II Tm. 1.8-9). Antes deste evento não temos evidência de que este livro foi aberto. Seu nome está escrito neste livro? Mais importante do que ser listado num rol de igreja, numa biografia de heróis da fé, ou ter sofrido grandes privações pela religião é ter o seu nome neste livro. Terrível será se faltar o seu nome neste livro!

Você pode saber se o seu nome está escrito nesse livro se você tem certeza de que se arrependeu e creu pela fé em Cristo Jesus como seu Salvador. Se o seu desejo é agradar a Deus pela sua obediência à Sua palavra, pode saber que tem as marcas de um eleito de Deus (Rm. 7.22; Mt. 7.24-27). Se, porém, deseja cumprir os desejos da carne, ser dominado pela carne e caso a submissão à Palavra de Deus não é um alvo da sua vida, pode saber que, se morrer nessa condição, o seu nome não constará neste livro. Arrependei-vos e crede no Senhor Jesus Cristo!

Os “Outros Livros” contêm todas as obras e pensamentos de cada ímpio e transgressor da lei de Deus que não tem o sangue de Cristo entre ele e o Juiz. Estes livros serão abertos diante deste trono (Ec. 12.14; Mt. 12.36; Rm. 2.16; Hb. 4.13; Ap. 20.12, “segundo as suas obras”). Entendemos que assim o julgamento será justo, pois não admite falsas acusações de outros, maquiagem dos fatos ou apelos emocionantes. A verdadeira relação das suas obras, fielmente, registradas para que a punição seja justa dos que não estão em Cristo.

As Consequências

O lago de fogo é o destino de todos que não têm os seus nomes escritos no livro da vida do Cordeiro, ou seja, os que não têm o sangue de Jesus nos seus corações. Serão lançados o corpo e a alma neste lago de sofrimento (Ap. 20.14-15). Estes podem somente culpar a si mesmos pela condenação deles neste lago de fogo. São as suas próprias obras que foram julgadas e não as de Cristo ou de outros.

Pode alguém pensar que Deus é culpado por não eleger todos para a vida eterna? Deus teria culpa se Ele fosse obrigado a fazer algo e não fez. Mas, desde que a salvação é pela graça, a eleição também é (Rm. 11.5). Os não eleitos não buscaram a salvação fazendo, alegremente, tudo que, eventualmente, os condenam, ou seja, as obras da carne (Rm. 1.28-32; Gl. 5.19-21; I Jo. 2.16). Para ser salvo é necessária a graça de Deus. Para ser condenado são necessárias as obras da carne. Se desejar ser salvo dos seus pecados, arrependa-se deles e clame a Deus pela Sua misericórdia. “Ninguém deve se preocupar se Deus lhe salvará ou não. Todos que desejam ser salvos, podem fazer da maneira bíblica. Humanamente falando, a sua fé em Cristo é o que faz a diferença entre estar presente diante deste trono ou não.” (G. Smith, pg. 171)

O lago de fogo é um lugar onde a segunda morte acontece para os perdidos “receber o dano” (Ap. 2.11). Este verbo traduzido “receber o dano” indica sofrimento e prova que a segunda morte não é cessação de existência; é uma separação eterna de Deus (pg. 31, Watterson).

Você está pronto para esse julgamento? A única salvação é estar com os benefícios do primeiro julgamento, ou seja, o de Jesus na cruz – Jo. 3.14-16, 36. Seja salvo, hoje, se arrependendo dos seus pecados e confiando em Cristo Jesus, o Salvador!

 

Compilado pelo Calvin Gardner
Correção gramatical: Edson Elias Basílio, 04/2008;
Valdenira Nunes de Menezes Silva 11/2014
Fonte: www.palavraprudente.com.br
Bibliografia deste estudo está no capítulo 24
A Declaração Completa está no capítulo 25