Verdades Eclesiásticas

Capitulo 5 - O QUE É O BATISMO COM ESPÍRITO SANTO?

O QUE É O BATISMO COM ESPÍRITO SANTO?

Esta é uma indagação que tornou um assunto de especial interesse no último século e meio. Começando há pouco mais de cento e cinquenta anos algumas pessoas ignorantes e equivocadas iniciaram uma tentativa de “restaurar o Cristianismo primitivo” reintroduzindo o que eles consideraram ser as práticas normais do Cristianismo dos tempos apostólicos. Isto é, eles pensavam que os milagres, que o falar em línguas e que qualquer outro dos dons extraordinários, pelos quais o Cristianismo foi autenticado em seu começo - Marcos 16:17-20, deveriam ser práticas contínuas e constantes do Cristianismo. O moderno Movimento Pentecostal (Carismático para alguns, Renovação para outros – nota do revisor) que é tão difundido é o resultado desta ignorância.

Dadas as circunstâncias, um milagre, pela sua própria natureza, não é uma coisa ordinária, e se eles se tornassem coisas habituais deixariam imediatamente de ser milagres. Não somente isto, mas o dom de falar numa língua estrangeira sem um conhecimento natural dessa língua, e é isto mesmo que o dom de línguas Bíblicas exclusivamente são, era para cessar, 1 Coríntios 13:8, sem qualquer promessa dele ser “restaurado.” Este, juntamente com o dom de falar profecias pela inspiração e o dom de revelar conhecimento novo e inspirado, era para deixar de existir, e certamente deixou de existir com o fim do primeiro século no qual o Canon da Bíblia foi encerrado. Quando foi dada a perfeita e infalível palavra de Deus em sua totalidade, não haveria mais necessidade destes sinais confirmativos, 1 Coríntios 13:10. Certamente, mesmo durante Seu ministério terrestre o Nosso Senhor sempre rejeitou a busca por sinais como uma evidência de incredulidade, e por isso igual de adultério espiritual, Mateus 12:39; 16:4; João 4:48. Os que buscam sinais precisam meditar nisso intimamente, pois a busca por sinais e maravilhas não é evidência de espiritualidade, mas antes ela evidencia a incredulidade e uma fome por aquilo que se afeta emocionalmente, e isso relaciona-se somente com a carne. Isto não é viver pela fé que é o dever declarado para as pessoas salvas, Romanos 1:17; Gálatas 3:11; Hebreus 10:38, mas é totalmente uma tentativa de viver por vista. Viver pela fé exige obediência à Bíblia, pois ela é única fundação da fé.

Na mente de muitas pessoas estes dons extraordinários estão associados com o batismo do Espírito Santo, e eles supunham equivocadamente que toda vez que estes dons fossem exercitados que era evidência que a pessoa que os executou “tinha sido batizado pelo Espírito Santo.” Esta idéia envolve múltiplos erros, alguns baseados em suposições injustificáveis, alguns em teologia herética, alguns em traduções pobres das Escrituras e alguns simplesmente no desejo do homem de glorificar-se a si mesmo. Quase sem exceção, quando se encontra alguém que se gaba de ter estes dons extraordinários como resultado supostamente tendo sido “batizado pelo Espírito Santo,” encontra-se uma pessoa que está tentando fazer um nome para si mesmo em assuntos religiosos. Os tais têm o complexo do Mágico Simão, querendo ser conhecido como “o grande poder de Deus,” Atos 8:9-11, e esforçam-se para enfeitiçar pessoas a fim de alcançar este desejo orgulhoso, e, geralmente, fazer negócio delas.

Uma compreensão apropriada do batismo com o Espírito Santo, que é o termo consistente como ele é referido na Escritura, eliminará quase todos os erros associados com o esse moderno movimento chamado “Carismático” (ou da “Renovação” ou simplesmente “Renovado”), pois tais erros são quase totalmente baseados numa compreensão errada deste grande evento.

Mas a tragédia das tragédias é que muitos que carregam o nome do “Batista” estão igualmente em brutal erro a respeito do batismo no Espírito Santo, e alguém tem apenas que ler o que alguns “Batistas renomados” têm escrito a cerca disto, para ver qual confusão desesperada existe nesta área. É evidente que muitas pessoas não têm estudado cuidadosamente as Escrituras a cerca deste assunto, tendo antes consultado apenas sua própria imaginação (veja o dever particular disto em 2 Coríntios 10:5), ou então tomado sua opinião de escritos pervertidos daqueles do movimento Carismático, ou de outras pessoas igualmente equivocadas.

O fato que todos necessitam reconhecer é que o fator decisivo não é o que algum “nome famoso” acredita sobre um assunto Bíblico, mas antes “O que a Escritura diz?” Isto era o que Jesus enfatizava frequentemente em Seus ensinos, Mateus 21:42; 22:29; Lucas 10:26; João 5:39, etc. Talvez um dos métodos mais eficazes de Satanás para invalidar a autoridade da Escritura seja o velho truque de distrair o foco de alguém para alguma coisa secundária. Assim, o diabo conduz as pessoas por uma oblíqua distração negligenciando o que a Palavra de Deus diz pelo que o pregador acredita. Quantas vezes temos notado a declaração mais clara sobre a Escritura deixada e depois comentada: “Bem, isso é somente o que o pregador acredita!” Aquilo que um pregador acredita ou não acredita é totalmente irrelevante aos outros, sendo somente a ele mesmo. Nenhum pregador deve ter domínio sobre a fé de outras pessoas, 2 Coríntios 1:24. Entretanto, se o pregador está pregando fielmente a Palavra de Deus torna-se obrigatório a cada ouvinte, inquestionavelmente, submeter-se à Escritura. Sim, devemos “estar firmes na fé,” mas isso exige provas na Escritura, que é o único fundamento para uma fé verdadeira. Que nenhum pregador nunca admoeste seus ouvintes a “confiar na minha palavra apenas,” pois sua palavra não tem nenhuma autoridade. Toda a autoridade baseia-se unicamente na fidedigna pregação da Palavra de Deus. Tendo dito isso, deixe que seja dito igualmente a todos os rebeldes que fariam deste fato uma desculpa para desprezar o pregador, pois ele é um embaixador do Rei de toda a Criação, 2 Coríntios 5:20. Qualquer negligência das palavras do embaixador, é desprezar abertamente a autoridade representada pelo embaixador, Lucas 10:16. O desprezo de pregadores fiéis é um pecado solene, sendo rebelião contra Deus, e mostra a pior descortesia, Hebreus 13:17.

Tendo colocado estas coisas como um fundamento para a consideração da pergunta “O que é o Batismo do Espírito Santo?” prosseguiremos agora a um exame da Escritura concernente a este assunto, notando que–

O BATISMO COM ESPÍRITO SANTO ERA O ASSUNTO DA PROFECIA.

Fica entendido que o Batismo com o Espírito Santo não é algo que tem sido presente desde os primeiros tratados entre Deus e o homem. A importância deste fato será revelada em nossa segunda divisão. A primeira menção do Batismo com Espírito Santo foi através de João o Batista logo após ele ter começado seu ministério. “E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; cujas alparcas não sou digno de levar; ele vos batizará com o Espírito Santo, e com fogo,” Mateus 3: 11. O primeiro “batizar,” que trata do batismo com água, está conjugado no presente, mas o segundo, que trata do batismo com o Espírito Santo, está conjugado no futuro, pois o primeiro exemplo deste foi ainda a mais de três anos depois. Deste modo, a primeira menção dele, mostra que o mesmo não era então uma realidade presente, mas era somente uma expectativa.

Encontramos a mesma previsão profética disto em Marcos 1:8; Lucas 3:16; João 1:33 e Atos 1:5. Este último texto mostra que o batismo no Espírito Santo era por enquanto um evento futuro mesmo depois da crucificação do Salvador, contudo devia ser cumprido “não muito depois destes dias.” Não era para vir até depois da ascensão do Salvador para o Pai, quando o Espírito Santo seria enviado para uma capacitação especial não conhecida até aquela hora, João 14:16-17,26; 15:26; 16:7. O Espírito Santo tem sempre habitado em pessoas salvas, e ninguém pode ser salvo se não for assim, Romanos 8:9, e Ele habitava nos indivíduos mesmo nos tempos do Velho Testamento como diversas Escrituras mostram, Neemias 9:30; Jó 32:8; Salmo 51:11; Isaías 63:11; 1 Pedro 1:11, entre outras, contrariamente ao que alguns dispensacionalistas sustentam. Mas esta vinda prometida do Espírito Santo na qualidade de Consolador era uma coisa completamente diferente da habitação pessoal nos crentes por Ele, pois devia ser uma vinda, não sobre os indivíduos como tal, mas sobre grupos de crentes.

A consideração das referências bíblicas acerca da vinda futura do Espírito Santo em Sua qualidade como o Consolador mostra alguns fatos muito instrutivos. João 14:26 mostra que a vinda do Consolador seria para ensinar a igreja sobre Cristo e Sua doutrina, não para dar indivíduos alguma experiência emocional. Ela era para ser um evento didático no qual Cristo devia ser o principal, não o Espírito Santo. João 15:26 revela ainda a autoridade e a finalidade da Sua vinda. Nunca era a intenção para o Espírito Santo glorificar-Se a Si mesmo, o que é um de muitos erros do Movimento Pentecostal, mas Ele vem para glorificar Cristo. É o espírito do Anticristo que roubaria Cristo de Sua glória. Em João 16:7-15 é claro que: (1) Ele vem somente na ausência de Cristo, v. 7; (2) Ele vem para reprovar o mundo, v. 8-11, em três áreas e para três razões; (3) Ele guia a igreja em toda a verdade, v. 13; (4) Ele glorifica Cristo, v. 14. Veja João 7:37-39.

Em todas as declarações sobre a vinda do Espírito Santo nunca é para ser procurada como uma experiência individual. Os Carismáticos a fazem ser algo procurado como se fosse uma evidência de espiritualidade, contudo nas Escrituras ela é sempre determinada como o trabalho de Deus apenas, e assim sendo, dada sem ser buscada e incondicionalmente. Alguns reivindicam que ninguém pode ser salvo sem ela, e algumas pessoas ignorantes, fazendo-a ser relativo à salvação, tomam essencialmente esta posição também. Sem dúvida, isto é devido por confundir o batismo com o Espírito com a habitação ou enchimento do Espírito Santo, que são três coisas totalmente diferentes.

O batismo com o Espírito Santo é totalmente mal-entendido pela maioria da Cristandade. Foi um evento futuro antes de Atos 2, e por isso desconhecido antes disso e não poderia ter sido o que frequentemente é ensinado a ser. Também por ter a sua função precisamente limitada pela Escritura não poderia ser o que é reivindicado por muitos a ser.

Sendo uma profecia de um evento ainda vindouro que não aconteceu pela primeira vez antes de Atos 2, como poderia o batismo com o Espírito Santo ter a mínima associado com a salvação, a menos que se pensasse que a salvação de Deus muda de uma época para outra e de uma nação para outra? Desde que muitíssimos, incluindo muitos Batistas, associam isto de certa forma ou outra com a salvação, é necessário que nós consideremos ainda –

O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO NÃO É RELATIVO À SALVAÇÃO.

A salvação de Deus tem sempre sido a mesma em toda época e nação, e almas foram salvas graciosamente por milênios antes que o batismo com o Espírito Santo fosse previsto. Muitos textos referentes a salvação têm sua base em profecias e em promessas do Velho Testamento. Um texto como Atos 4:11-12 prova isto. “Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina. E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.” Essa referência aponta para Salmo 118:22 e Isaías 28:16, tendo possível referência também a Isaías 8:14, a qual outras citações do Novo Testamento dessas primeiras duas referências incluem frequentemente. Veja Romanos 9:33 e 1 Pedro 2:6-8. A referencia de 1 Coríntios 3:11 também refere-se a Isaías 28:16, como o faz Mateus 16:18 e outros textos.

Atos 10:43 não deixa nenhuma dúvida que a salvação é a mesma nesta dispensação como era nos tempos do Velho Testamento. “A este dão testemunho todos os profetas, de que todos os que nele crêem receberão o perdão dos pecados pelo seu nome.” Quantos profetas testificam da uniformidade da salvação outrora e agora? Todos eles. Contudo o batismo, tanto com água e com o Espírito Santo foram totalmente desconhecidos até que João primeiramente os anunciou. Então como poderia o batismo no Espírito Santo ter qualquer coisa a ver com a salvação a menos que alguém sustente contrariamente ao ensino de toda a Escritura, que Deus mudou Seu plano de salvação após a ressurreição de Seu Filho. Incidentalmente esta é a posição de muitos que sabem que seus ensinos sobre o batismo no Espírito Santo são totalmente contrários aos ensinos do Velho Testamento do método de salvação de Deus. Veja a que extremidades um falso ensino conduzirá seus adeptos!

A salvação tem sido sempre pela graça por meio da fé. Contudo nunca na Escritura o batismo no Espírito Santo é condicionado à fé, mesmo que muitos daqueles que sustentam-no como um dever, tentam firmar sua busca como um ato de fé. E não há nenhuma declaração ao respeito de Jesus batizando no Espírito Santo que “Ele poderia te batizar no Espírito Santo,” como se estivesse uma condição da fé ou algo mais no indivíduo. Não! Ao contrário é sempre uma declaração clara, incondicional que “Ele te batizará” etc., como em Mateus 3:11, Marcos 1:8, Lucas 3:16, Atos 1:5. Tal batismo não foi condicionado em outra qualquer coisa senão a vontade do Salvador.

Nas Escrituras o dever de todos é ser salvos por confiar no Senhor, e depois disso, viver pela fé, Habacuque 2:4, que é citado freqüentemente no Novo Testamento, Romanos 1:17, Gálatas 3:11, Hebreus 10:38. Invés de viver pela fé, aqueles que sustentam que a busca do batismo com o Espírito Santo é um dever atual preferem viver pelos sentimentos, algo que, conforme o pensar destes, fornece a evidência real de sua espiritualidade. Isto é o que a moderna experiência carismática envolve, e com frequência é totalmente separada de uma garantia real que tenha confiado em Cristo, pois os sentimentos experimentados substituem a fé. Mas isto é inverter a ordem Bíblica. A ordem apropriada é: (1) Fatos - a mensagem do Evangelho; (2) Fé no Messias de Deus; (3) Sentimentos manifestados no amor, na alegria, na esperança, etc.

Como prova que o batismo no Espírito Santo não estava relacionado com a salvação apenas é necessário considerar o primeiro acontecimento deste batismo em Atos 2. Todos aqueles reunidos juntamente eram os apóstolos e os discípulos quais eram salvos sob o ministério de João ou mais tarde sob o ministério de Jesus, João 4:1-2. Os incrédulos não entram em cena até que o rumor destas coisas começou a ser espalhado depois que tinha acontecido, Atos 2:5-7. E os próprios descrentes distinguiram aqueles que experimentaram isto de si mesmos. Portanto, nenhuns incrédulos jamais foram envolvidos quando estes batismos ocorreram. E isto estava em harmonia com as promessas que foram feitas sobre a vinda do batismo com o Espírito Santo, pois em cada caso a promessa foi feita a pessoas salvas, não a não-salvas. Nesta experiência do batismo com o Espírito Santo, notamos que somente ocorreu sobre pessoas já convertidas, não somente em Atos 2, mas também em Atos 8:12-17, e Atos 10:44-48. Neste último texto é confirmado por Atos 11:16-17 que Deus tinha dado a estes Gentios os dons do arrependimento e da fé. E em Atos 19:1-7, o último e o único caso com margem de dúvida, o Espírito Santo não veio sobre eles até que Paulo tivesse pregado a necessidade da salvação pela fé, e eles tinham sido batizados de acordo com sua profissão da fé no Senhor Jesus. Como então poderia o batismo com o Espírito Santo ser relativo à salvação?

Outro ponto que deve ser enfatizado é que a salvação é um assunto individual - o assunto mais pessoal do mundo - e nele Deus trata pessoalmente com as almas, uma de cada vez. As almas não são salvas aos cachos como bananas. Mas, o batismo com o Espírito Santo nunca ocorreu individualmente. Em cada uma dos seus três ou quatro acontecimentos, ocorreu num grupo reunido. Mas os da Renovação constantemente incentivam que os indivíduos buscassem aquilo que eles pensam ser o batismo com o Espírito Santo, e por razões não encontradas em parte alguma da Escritura. Assim, em vez de serem Escriturísticos em suas práticas, quase sempre estão contrários a Escritura.

O número limitado de vezes que o batismo com o Espírito Santo ocorreu vai também contra a teoria de que é relativo à salvação, pois, como perceberemos a seguir somente três ou possivelmente quatro vezes tal batismo ocorreu. Sendo assim o caso, se ele fosse reconhecido como relativo à salvação não somente “dis-salvaria” todos aqueles nos tempos do Velho Testamento que as Escrituras registram como salvos, mas igualmente limitaria o número dos salvos nos tempos do Novo Testamento a um número muito pequeno. Muitas pessoas presumem que tal batismo era um evento que regularmente ocorria, mas não há qualquer evidência disto. E quando compreendemos o verdadeiro propósito deste batismo, ver-se-á que não haveria razão alguma para que seja repetido além das três ou quatro vezes que está registrado.

O dever de viver pela fé é difícil para com a natureza carnal do homem, pois a carne não pode entender as coisas espirituais, 1 Coríntios 2:14, e assim ela exige “sentimentos” para uma confirmação, o que é diametralmente oposto a viver pela fé. A fé aceita o que Deus diz e age sem nenhuma confirmação. Os “sentimentos” podem vir mais tarde àqueles que são genuinamente salvos, mas não podem ser base de confirmação, e não podem ditar regras nos assuntos espirituais. Os sentimentos carnais variam de acordo com a saúde, as circunstâncias, o estado espiritual das pessoas e vários outros fatores, mas muito pouco sobre a Escritura. Por estas razões, os sentimentos humanos são facilmente manipulados, como vemos fazer qualquer pessoa que tem pouco conhecimento de psicologia. Pessoas inescrupulosas frequentemente manipulam outras de modo que possam lucrar com elas, e tristemente, este é frequentemente verdadeiro também na religião.

In this supposed "Holy Spirit baptism" that is currently the rage in many areas, there is a great emotional "feeling" produced, and this pleases the flesh, which is why this erroneous practice is so popular with worldly people that otherwise would have nothing to do with sound preaching and worship. But this is a purely emotional thing, wrought by worldly means and for worldly ends, and is generally rather a substitute for genuine salvation than an evidence of it. To try to make this baptism to be salvation related is closely akin to the ancient and modern heresy of baptismal regeneration that has cursed the professing Christian world for the last eighteen hundred years. It only appears less odious because it is claimed to be a spiritual baptism instead of a physical one, but it is just as unscriptural as the other, and deceives people into a false hope just as readily as does the teaching that water baptism saves.

Neste suposto “batismo com o Espírito Santo,” que é moda em muitas lugares, muito “sentimento emocional” é produzido, e isto satisfaz a carne, razão pela qual esta prática errônea é tão popular entre as pessoas mundanas que de outra maneira não teriam nada a fazer com a verdadeira pregação e adoração. Mas isto é uma coisa puramente emocional, forjada por meios e afins mundanos, e é realisticamente um substituto da salvação genuína do que uma evidência dela. Tentar fazer tal batismo relativo à salvação é aparecido a regeneração batismal, uma heresia antiga e moderna que tem amaldiçoado o cristianismo pelos últimos dezoito séculos. Ele somente parece menos odioso por reivindicar ser um batismo espiritual em vez de um físico, mas tal batismo é tão anti-bíblico quanto a outra heresia, e ilude com uma falsa esperança tanto quanto o ensino que o batismo com a água salva.

O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO AUTENTICACOU AS IGREJAS.

Jesus tinha prometido em Mateus 16:18 que Ele edificaria Sua igreja sobre Si mesmo como a “Rocha” constantemente tão mencionada no Velho Testamento. E desde que a igreja Neotestamentária suplantaria o Tabernáculo do Velho Testamento e o Templo como a Casa de Deus, era necessário então que ela fosse autenticada como tal. A profecia original que tratou disto demonstrou que Jesus mesmo faria o batismo, Mateus 3:11. O Espírito Santo nunca era para ser o Batizador, que é o erro comum de quase todos que sustentam isto como uma verdade atual. O ensino consistente da Escritura é que o Espírito Santo era sempre o elemento no qual as pessoas eram batizadas. Isto não aparece na versão Inglesa, pois todos os tradutores da versão de 1611 sem exceção tinham deixado a imersão exceto em casos excepcionais, e assim, traduziram a comum palavra Grega en por “com” onde quer que ela é usada em relação ao batismo. Desse modo eles estavam tentando justificar suas práticas de aspergir ou de derramar “com água,” mesmo que a Palavra de Deus diz sempre “na água.” Esta preposição Grega aparece mais que 2.250 vezes no Novo Testamento e quase 1.900 vezes é interpretada “em” e tem este significado na maioria, se não em todas, de suas ocorrências. Os tradutores eram mais consistentes na tradução do en Grego por “em” na maioria das outras circunstâncias. Alguns pensam que ela pode ser usada instrumentalmente, e assim que pode ser interpretada “por” ou “com,” mas isto é duvidoso, e esta ideia tem contribuído certamente para a confusão no presente assunto.

Para ver a tolice desta interpretação do “com,” as pessoas tem para apenas que recordar que o convertido, não a água, era o assunto do batismo. Portanto tente substituir em Mateus 3:6 e nas outras tais passagens, usando “aspergir” ou “derramar” no lugar de “batizar” (ou literalmente “imergir”) e assim lerá “eram por ele aspergidos no rio Jordão,” ou “eram por ele derramados no rio Jordão.” A preposição "sobre" nunca esteve no texto inspirado, pois a água não era batizada sobre eles, mas eles foram batizados na água. Se reconhecer que somente a imersão é batismo, a Escritura é coerente ao afirmar que “eram por ele imergidos no rio Jordão.”

Também é a mesma em relação ao profetizado batismo do Espírito. Jesus devia batizar no Espírito Santo, que é o uso consistente da Escritura. Na Escritura ninguém jamais foi batizado pelo Espírito, pois Jesus era sempre Aquele que efetuava o batismo, e o Espírito Santo era sempre o elemento no qual um grupo de pessoas era batizado. E o propósito disto era autenticar grupos de crentes como sendo a Casa das Testemunhas de Deus na presente época. Na Bíblia, onde os batizados deste batismo são mencionados, sempre encontra o pronome plural, Mateus 3:11, Marcos 1:8, Lucas 3:16, de modo que, como dito antes, tal batismo nunca foi um assunto individual. Sempre envolveu um grupo de pessoas que era, como um grupo, batizados no Espírito Santo.

Alguns podiam argumentar que este pronome plural não é significativo, mas a Escritura prova que é assim, pois frequentemente Jesus usa o pronome plural mesmo aplicando-o a algum substantivo singular usado como metáfora da Sua igreja. Este é percebido em Mateus 5:13-16 onde o plural “vós” representa um singular “sal da terra” e uma singular “luz do mundo.” O ensino nos versículos 14-16 trata da responsabilidade individual dos crentes pôr a luz de seu testemunho sobre o castiçal da igreja, pois os castiçais simbolizam igrejas, de acordo com Apocalipse 1:20. Também é usado em 1 Coríntios 3:16-17, onde o plural “vós” representa o singular “templo,” que é identificado sendo a igreja de Corinto. Não são estes os únicos casos, pois é um uso comum. O problema não é com a linguagem da Inspiração, mas com a relutância humana em reconhecer que Jesus já teve uma igreja verdadeira organizada muito antes daquele primeiro Pentecostes após Sua morte.

Pentecostes não era, como comumente chamado, “o aniversário da igreja,” a menos que fosse o segundo ou terceiro aniversário. Pentecostes era a autenticação e o ratificação da igreja já existente qual Jesus tinha trazido à existência no segundo ano de Seu ministério como determinada Lucas 6:12 e em passagens paralelas. Em parte alguma da Escritura Pentecostes é sugerido a ser o começo da igreja. Tal idéia existe somente nas mentes de dispensacionalistas como C.I. Scofield e outros, e tem sido perpetuada por outros do mesmo pensamento.

Este “Vós”, no plural, que é aplicado frequentemente a metáfora no singular apontando a igreja, foi prometido uma validação em Pentecostes, como nós lemos em Atos 1:8 “mas vós recebereis o poder quando o Espírito Santo vier sobre vós,” (interpretação literal). Este “Vós” não foi constituído aqui e agora como alguma coisa, mas foi o “Vós” que tinha acompanhado Jesus desde que os chamou à existência como igreja.

Esta autenticação da igreja de Jerusalém era necessária para os Judeus reconhecerem que a igreja era doravante a Casa do Testemunho Divino. Os Judeus já tinham visto algo igual na autenticação do Tabernáculo, Êxodo 40:33-38, e do Templo, 2 Crônicas 5:13-14, em ambos os quais Deus apareceu com esplendor visível para evidenciar Sua aprovação destes. Sem uma exposição parecida da Presença Divina, os Judeus nunca reconheceriam a igreja como a Casa de Testemunho Divino, mas diante dos eventos deste Pentecostes, mau poderiam negar isto. Assim, é fácil entender a importância do batismo no Espírito Santo para as igrejas do Senhor.

Mas uma autenticação similar foi necessária para os convertidos não-Judaicos também, pois a mentalidade dos Judeus - mesmo os Judeus convertidos - era que o povo de Israel tinha um relacionamento com Deus que nenhuma outra nacionalidade poderia ter. Mas quando o batismo com o Espírito Santo ocorreu sobre os convertidos dos desprezados samaritanos, os Judeus convertidos não poderiam negar que os Samaritanos convertidos constituíssem também uma Casa de Testemunho Divino. Este segundo batismo com o Espírito Santo é registrado em Atos 8:14-17, e ocorreu quando a igreja de Jerusalém enviou Pedro e João a ir e orar por estes convertidos para que puderam receber o Espírito Santo numa capacitação coletiva. Esta igreja cumpriu o seu dever neste momento.

Isto tem que ser reconhecido como uma coisa completamente diferente do recebimento pessoal do Espírito Santo, que sempre ocorre instantaneamente no momento do novo nascimento, Romanos 8:9-11 e Efésios 1:13-14, e nunca ocorre como resposta das orações de outros. Faz parte da própria salvação. Mas este batismo com o Espírito Santo, o qual sempre ocorre coletivamente, ou seja, é experimentado por um grupo, e nunca por indivíduos como tais, foi em cumprimento de uma das leis originais de Deus para com a reprodução. A mesmo espécie deve gerar outra igual, pois esta é uma das leis naturais que Deus tem instituído. Na semana da criação é repetidamente dito que cada gênero deu fruto cada um “segundo a sua espécie,” Gênesis 1:11. Dez vezes (o número associado com o governo Divino) neste capítulo isto é dito. Homem algum jamais pode inventar uma igreja neotestamentária, pois ela é um organismo - algo viva - e somente pode vir a existir sendo nascida de uma igreja já existente. Igrejas Escriturísticas devem provir de igrejas iguais. Isto é o que a igreja de Jerusalém fez nesta ocasião.

A terceira ocasião do batismo com o Espírito Santo é registrada em Atos 10:44-48, mas este apresentou uma situação mais difícil daquela que os crentes Samaritanos apresentaram. Pelos Samaritanos serem Judeus místicos, os Judeus legítimos poderiam aceitar a possibilidade de Deus trazê-los a fazer parte da Sua Casa de Testemunho, mas era duro demais para eles acreditar que os “cães ímpios” gentílicos poderiam fazer parte também. Por isso, Pedro foi intimado pela igreja em Jerusalém a responder por que ele foi ministrar aos Gentios. Só depois de ele lhes ter explicado que a mesma coisa que tinha acontecido à igreja Judaica em Pentecostes aconteceu aos Gentios crentes, poderiam aceitar-los como sendo uma Casa de Deus igual a igreja de Jerusalém, Atos 11:1-18.

Que existia uma semelhança acerca destes três eventos é evidente quando observamos que a palavra Grega epipipto - cair sobre, descer sobre - aparece referindo-se a estes eventos somente três vezes na Escritura, e estas somente em relação a estas três ocasiões. O tempo aoristo em cada uma destas ocasiões testemunha que foi uma ação efetuada numa única vez no passado, pois nunca se repetiu no mesmo grupo. Ver Atos 8:16; 10:44 e 11:15.

Outra verdade interessante é que estes três grupos envolvem as mesmas divisões às quais o Senhor tinha comissionado que a Sua verdade fosse levada em Atos 1:8. “Jerusalém como em toda a Judéia” englobou a Igreja de Jerusalém, que foi batizada com o Espírito Santo em Atos 2; “Em Samaria” englobou a Igreja dos Samaritana que foi batizada com o Espírito em Atos 8:14-17, e “até os confins da terra” englobou as Igrejas com os Gentios, a primeira das quais foi batizada com o Espírito em Atos 10:44-48.

Os eventos que ocorreram em Atos 19:1-7 quando uma igreja espúria foi reorganizada por Paulo parece ser semelhante a estas três vezes em que grupos foram batizados com o Espírito Santo. Por isso dissemos que havia somente três ou possivelmente quatro vezes em que o batismo com o Espírito ocorreu. Entretanto, contra isto, está o fato que, os eventos de Atos 19:1-7 nunca são determinados como sendo o batismo com o Espírito. Também o Espírito não é descrito como “caindo” sobre estes crentes. Ele “veio” sobre eles, mas esta é uma palavra Grega inteiramente diferente do que aquela usada especificamente nos três batismos com o Espírito.

Portanto é provável que Atos 19:1-7 não foi um batismo com o Espírito, mas é certamente uma clara evidência de que é o dever dos grupos que não tiveram sido organizados por uma autoridade apropriada. E Paulo, sendo enviado sob a autoridade da igreja de Antioquia, teria a autoridade para fazer isto, e o resultado era que a igreja em Éfeso teve a habitação do mesmo Consolador como se tivesse sido batizada com o Espírito. Todavia ela teve tudo isso, não como resultado de ter sido batizado com o Espírito, mas porque ela nasceu pela autoridade de uma igreja verdadeira em qual habitava o Consolador, o Ele foi repassado à nova igreja durante a sua devida organização.

Um princípio importante está envolvido na organização correta de uma igreja, e isto é: não somente a verdade é repassada organicamente nas organizações corretas das igrejas, mas o Espírito é repassado também. Sendo organismos vivos, as igrejas são como pessoas. Uma criança não nasce somente com as características físicas de seus pais, mas igualmente com o mesmo espírito que eles têm. Esta é a única maneira de explicar a verdade Bíblica de que todos têm herdado uma natureza depravada de seus pais. Isto é chamado teologicamente de traducianismo. Quando uma igreja é organizada apropriadamente de uma igreja Escriturística já existente, ela não tem somente uma conexão orgânica com a organização da igreja, mas o Espírito Santo, em Sua capacidade do Consolador, é repassado a ela também.

Isto é não somente muito importante, mas também explica porque tantas “igrejas” são tão falhas doutrinariamente. João 14:16-18,26; 15:26, e 16:7-14, prometem o Espírito Santo em Sua capacidade como o esperado Consolador às igrejas que são Escriturísticamente organizadas, Cujo ministério é conduzi-las em toda a verdade. As falsas igrejas, não tendo o Consolador, somente têm a sabedoria de mestres humanos, qual é falha frequentemente. As igrejas verdadeiras têm o ministério didático do Consolador, razão pelo qual cada uma em sua localidade é “a coluna e firmeza da verdade” 1 Timóteo 3:15, e elas geralmente enviam homens que são firmados na fé para ensinar os outros, 2 Timóteo 2:1-2.

O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO ERA UM FENÔMENO PARA POUCO TEMPO

Este batismo com o Espírito nunca foi uma experiência individual, mas sempre foi experimentada por um grupo, especificamente por uma igreja já em existência, ou por uma logo ser organizada. O propósito era autenticar tal como uma Casa de Deus, e por esta razão, sempre foi experimentado por um grupo de pessoas que já eram salvas e submissas à vontade de Deus. Esta autenticação era necessária porque Deus tinha autenticado as duas antigas Casas de Testemunhas depois que elas tinham sido preparadas para seu dado trabalho Divina, e sem isto, as igrejas seriam consideradas inferiores ao Tabernáculo e ao Templo, especialmente pelos Judeus. Esta autenticação foi experimentada três vezes por grupos de pessoas das três nacionalidades diferentes, e isto em conforme às divisões da comissão do Senhor em Atos 1:8, a cada qual o Espírito Santo foi prometido.

Mas com estas autenticações as igrejas do Senhor foram firmemente estabelecidas como testemunhas de Deus durante toda aquela época, e dentro de um curto período de tempo o Senhor assim abençoou o ministério de Suas igrejas que ninguém poderia duvidar da mão do Senhor em tudo isto. Mesmo os imperadores pagãos ficaram espantados pela propagação das igrejas mesmo em face às mais intensas perseguições, e assim o ditado veio a ser que “o sangue dos mártires é a semente das igrejas.”

Diante destas coisas, ninguém poderia duvidar que Deus tivesse estabelecido a Igreja Neotestamentária como Sua Casa de Testemunha, de modo que doravante buscar por um outro batismo com o Espírito é manifestar descaradamente a maior incredulidade. É isto ou é de entender mal completamente acerca do que o batismo com o Espírito Santo realmente era e procurar fazê-lo uma maneira de se glorificar a si mesmo. Este batismo no Espírito Santo não era uma coisa comum mesmo nos tempos Apostólicos, acontecendo comprovadamente somente três vezes, como registrado em Atos 2, Atos 8 e Atos 10. E por volta da metade do primeiro século já era reconhecido como uma coisa do passado, não uma coisa contínua, pois Efésios 4:5, que foi escrito por volta de 60-65 A.D., registra que existe apenas “um batismo.” Este era o batismo nas águas, qual pratica é registrada continuamente depois deste, e de fato, nunca deixou de ser praticado pelas igrejas fiéis e as falsas. Um batismo, NÃO DOIS, como teria que ser se o batismo com o Espírito Santo fosse ainda um privilégio ou um dever. O batismo com o Espírito Santo cumpriu o seu propósito como O Senhor Jesus decretou, e tinha que cessar por esta razão. E Ele, como o administrador original deste batismo, já não o administrava-a. Isto é evidente pelo silêncio a respeito deste tipo de batismo pelo próprio Filho de Deus quando Ele mesmo falou às sete igrejas representativas na Ásia nos capítulos dois e três de Apocalipse.

Temos examinado todas as referências que tratam do batismo com o Espírito Santo. Não temos examinamos 1 Coríntios 12:13 por que este versículo não concerne o batismo com o Espírito Santo, mas o batismo nas águas, e assim, foi examinado na seção que trata dos meios apropriados da entrada na igreja. Veja a seção “O que é o Corpo de Cristo?” E nenhum destas sugere a mínima que seria uma coisa contínua, ou que ainda ocorreu além de suas três primeiras ocasiões. A Escritura está totalmente silenciosa acerca deste batismo ocorrendo da metade do primeiro século e avante, de modo que qualquer tentativa de restabelecê-lo nestes últimos dias de apostasia é manifestamente um esforço contrariar a vontade revelada de Deus.

Levando em conta todos estes fatos da Escritura, que ninguém seja enganado que tem ou deve receber este batismo. Não existe e não tem existido desde os tempos apostólicos tanto na pratica ou subconscientemente na salvação. Qualquer coisa hoje que presuma ser o batismo com o Espírito Santo é no mínimo um erro, e talvez uma desilusão satânica. Cuide-se que você não seja iludido a ser conduzido a uma prática não Escriturística! A única coisa que pode resultar de uma tentativa para restabelecer um suposto batismo com o Espírito Santo é um ego carnal exaltado que é sempre uma abominação à Deus, como lemos em Provérbios 6:16-17; 8:13; 16:5, e outros vrsiculos.

 

Autor: Pr Davis W. Huckabee
Tradução e Correção gramatical: Hirialte Luis Fontoura dos Santos 08/2009
Revisão: Calvin Gardner, 09/2009
Fonte: www.PalavraPrudente.com.br