Cap 12 - Deus Quer Pentecostalimo?

A Salvação - Observações

2.3.2.3.5. Observações

(Rm 6:4-,6,8; 8:3,4,13; 12:1; 13:13,14; II Co 4:11; 5:15 7:1; Gl 5:24; 6:14; Ef 4:1,22; Cl 2:11-14; I Ts 4:3-7; II Tm 2:22; Tt 2:12; I Pd 3:16; 4:1; II Pd 1:3; 3:12-14; I Jo 2:15-17).

“Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim.” (Gl 2:20).

Existem grandes observações, a serem feitas, sobre o tema, pois jamais foi dito que o crente pudesse viver em pecado, numa vida amante dos prazeres do mundo, pelo contrário requer e espera-se dele algo inverso: “para que vos conduzísseis dignamente para com Deus, que vos chama para o seu reino e glória.” (I Ts 2:12), “porque não nos chamou Deus para a imundícia, mas para a santificação.” (I Ts 4:7), “para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis, no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo;” (Fp 2:15), “amados, peço-vos, como a peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências carnais que combatem contra a alma;” (I Pd 2:11). Requer que ele seja diferente: “nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado por instrumentos de iniqüidade; mas apresentai-vos a Deus, como vivos dentre mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça.” (Rm 6:13), “trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também nos nossos corpos;” (II Co 4:10), “para que, no tempo que vos resta na carne, não vivais mais segundo as concupiscências dos homens, mas segundo a vontade de Deus.” (I Pd 4:2), “digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne.” (Gl 5:16).

O crente está em terra estranha: “como cantaremos a canção do SENHOR em terra estranha?” (Sl 137:4), ele se tornou peregrino aqui: “amados, peço-vos, como a peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências carnais que combatem contra a alma;” (I Pd 2:11), por isso, não deve amar o mundo: “adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” (Tg 4:4) “não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele.” (I Jo 2:15), “porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo.” (I Jo 2:16). O crente, que está ligado às coisas terrenas, está mais exposto ao pecado: “de onde vêm as guerras e pelejas entre vós? Porventura não vêm disto, a saber, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam?” (Tg 4:1), “pois, quanto a ter morrido, de uma vez morreu para o pecado; mas, quanto a viver, vive para Deus.” (Rm 6:10), por isso: “já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim.” (Gl 2:20), “e os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências.” (Gl 5:24).

É necessário também falar de quem tem a segurança eterna, para que ninguém se ache seguro enquanto é um perdido, e das advertências por não seguir aos ensinos, o que será tratado nesta seção e das bênçãos de servir a Deus.

2.3.2.3.5.1. Danos

“Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia como pelo fogo.” (I Co 3:15).

Com a desobediência, o crente sofre vários danos, tanto no plano material, físico, quanto espiritual, sendo que ainda perde na comunhão com Deus, daí a razão desta seção estar para mostrar que o crente, que vive pecando, sofrerá severos danos. Como já visto, o crente, que prefere o pecado, não está suscetível da perda da salvação, mas o que ele perde então, quais os danos que sofrerá? Com certeza ele receberá, em si mesmo, a paga de seus atos, e as perdas são imensuráveis, pois ele perde em comunhão com o Senhor Jesus e os demais crentes (I Jo 1:3-7), perdendo oportunidade de servir melhor a Deus e dar frutos (Ef 5:14-17; Mt 9:36-38; I Ts 5:4-10), conseqüentemente é castigado por Deus (Hb 12:5-11), além de sofrer os danos dos tópicos seguintes. Ainda é importante nos atentarmos para a expressão como pelo fogo, do verso texto, a expressão significa que o fogo não é real, mas o sofrimento é como se passasse pelo fogo, a explicação é clara: “mas a que produz espinhos e abrolhos, é reprovada, e perto está da maldição; o seu fim é ser queimada.” (Hb 6:8), ou mais especificamente: “se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem.” (Jo 15:6), aos crentes é reservado julgamento, e um deve advertir ao outro para evitar maior sofrimento do conservo: “e salvai alguns com temor, arrebatando-os do fogo, odiando até a túnica manchada da carne.” (Jd 1:23).

2.3.2.3.5.1.1. Perda de galardões

(I Co 3:11-15; II Co 5:10; I Tm 6:17-19; I Jo 2:28).

“Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.” (Ap 3:11).

Os fiéis até a morte receberão a coroa da vida Ap 2:10, que nada mais é que um nome para galardão, que pode ser perdido: “olhai por vós mesmos, para que não percamos o que temos ganho. Antes recebamos o inteiro galardão.” (II Jo 1:8), (2.3.2.3.5.1. Danos), então o crente, em pecado, perderá galardões, quando o Senhor Jesus aparecer: “e, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa da glória.” (I Pd 5:4). Ao comentar a questão Burke fala:

Pode-se inferir, desta passagem, que os crentes podem perder galardões, não podemos perder nossa salvação eterna, pois a salvação não é galardão, salvação, amado, não é um pagamento por um debito, Romanos 4 nos ensina, a salvação não pode ser ganha por trabalho e nenhum outro meio, portanto, João não está falando da salvação, nesta passagem... Enganos podem causar a perda de galardões, falsos ensinos nos tirarão do caminho da verdade, amado, se não crermos corretamente, não poderemos nem iremos servir ao Senhor corretamente, como resultado, perderemos galardões, podemos também perder galardões que já ganhamos no passado e podemos ser impedidos de ganhar novos galardões no futuro .

2.3.2.3.5.1.2. A morte

“Porque, quando estávamos na carne, as paixões dos pecados, que são pela lei, operavam em nossos membros para darem fruto para a morte.” (Rm 7:5).

O primeiro aspecto, que permite Deus cobrar a obediência dos crentes, ignorando que Ele é Soberano, Senhor, Deus, Altíssimo, é que Ele comprou o crente: “porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus.” (I Co 6:20), o preço é o sangue de Cristo: “mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado,” (I Pd 1:19), fazendo assim que o corpo do crente seja o templo dEle: “ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?” (I Co 6:19), por isso: “se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o templo de Deus, que sois vós, é santo.” (I Co 3:17). O verso mostra a causa da morte de vários crentes, ou seja, não se portaram condignamente com a obra do Senhor, ou parte dela como a Ceia: “por causa disto há entre vós muitos fracos e doentes, e muitos que dormem.” (I Co 11:30), a destruição, não se trata da perda da salvação e sim a morte física: “seja entregue a Satanás para destruição da carne, para que o espírito seja salvo no dia do Senhor Jesus.” (I Co 5:5), ser entregue ao inimigo certamente significa a exclusão de tal membro da comunhão e entregá-lo ao mundo, reino do inimigo: “sabemos que somos de Deus, e que todo o mundo está no maligno.” (I Jo 5:19), “agora é o juízo deste mundo; agora será expulso o príncipe deste mundo.” (Jo 12:31).

A Bíblia adverte quanto à santidade na vida do crente: “porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis.” (Rm 8:13), o salvo não é inclinado para a carne, que é da natureza do incrédulo, mas o princípio é o mesmo, a vida em pecado o levará à morte: “porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz.” (Rm 8:6), “e que fruto tínheis então das coisas de que agora vos envergonhais? Porque o fim delas é a morte.” (Rm 6:21), “porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna.” (Gl 6:8). De certa forma, todo o pecado leva à morte, pois a conseqüência do pecado é a morte, ou seja, o que paga o pecado é a morte: “porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.” (Rm 6:23), mas há pecados, em específicos, que levam à morte: “se alguém vir pecar seu irmão, pecado que não é para morte, orará, e Deus dará a vida àqueles que não pecarem para morte. Há pecado para morte, e por esse não digo que ore. Toda a iniqüidade é pecado, e há pecado que não é para morte.” (I Jo 5:16,17).

2.3.2.3.5.1.3. A contínua correção de Deus

“E já vos esquecestes da exortação que argumenta convosco como filhos: Filho meu, não desprezes a correção do Senhor, E não desmaies quando por ele fores repreendido; porque o Senhor corrige o que ama, E açoita a qualquer que recebe por filho. Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, e não filhos. Além do que, tivemos nossos pais segundo a carne, para nos corrigirem, e nós os reverenciamos; não nos sujeitaremos muito mais ao Pai dos espíritos, para vivermos? Porque aqueles, na verdade, por um pouco de tempo, nos corrigiam como bem lhes parecia; mas este, para nosso proveito, para sermos participantes da sua santidade. E, na verdade, toda a correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas depois produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela.” (Hb 12:5-11).

O tópico anterior tratou da penalidade na correção de Deus culminando com a morte do crente, já este tópico fala de outras correções de Deus, a Palavra fala que: “portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito.” (Rm 8:1), o fim deste verso precisa ser considerado: que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito, daí se o crente não trilha no Espírito ele é reprovável sim, e, mesmo não sofrendo a punição eterna, sofrerá outros danos, por fazer as mesmas obras dos não salvos, pois: “pelas quais coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência;” (Cl 3:6), a necessidade da correção ocorre por causa do pecado na vida do crente, como todos pecaram (Rm 3:23), o que inclui os crentes: “se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. (I Jo 1:8), então todos precisam de correção. Então Deus, o Pai adotivo do crente, o corrige: “sabes, pois, no teu coração que, como um homem castiga a seu filho, assim te castiga o SENHOR teu Deus.” (Dt 8:5), “o que não faz uso da vara odeia seu filho, mas o que o ama, desde cedo o castiga.” (Pv 13:24), “Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho; e, se vier a transgredir, castigá-lo-ei com vara de homens, e com açoites de filhos de homens.” (II Sm 7:14), o homem geralmente não gosta de ser corrigido, na atualidade, mais ainda, é impopular a correção, mas a Bíblia exorta: “eis que bem-aventurado é o homem a quem Deus repreende; não desprezes, pois, a correção do Todo-Poderoso.” (Jó 5:17), “filho meu, não rejeites a correção do SENHOR, nem te enojes da sua repreensão. Porque o SENHOR repreende aquele a quem ama, assim como o pai ao filho a quem quer bem.” (Pv 3:11,12).

A base da correção é o amor: “Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê pois zeloso, e arrepende-te.” (Ap 3:19) e o objetivo é o crescimento do crente: “foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse os teus estatutos.” (Sl 119:71), “bem sei eu, ó SENHOR, que os teus juízos são justos, e que segundo a tua fidelidade me afligiste.” (Sl 119:75), “mas, quando somos julgados, somos repreendidos pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo.” (I Co 11:32). O crente não pode ser como alguns israelitas, no Velho Testamento: “em vão castiguei os vossos filhos; eles não aceitaram a correção; a vossa espada devorou os vossos profetas como um leão destruidor.” (Jr 2:30), “não obedeceu à sua voz, não aceitou o castigo; não confiou no SENHOR; nem se aproximou do seu Deus.” (Sf 3:2), deve aceitar a correção do Senhor, até porque, cada vez mais, ela aumenta: “correção severa há para o que deixa a vereda, e o que odeia a repreensão morrerá.” (Pv 15:10). Há uma lição, que é óbvia, à medida que o crente aprende uma lição ele não precisa reaprendê-la, de tal modo naquele ponto ele não será mais corrigido, o crente, que quer viver no pecado, sofrerá a correção de Deus continuamente, do mesmo jeito que um cavaleiro usa a espora para fazer um cavalo seguir na direção desejada, e quanto mais ele desobedecer pior será: “e ele disse: Quem és, Senhor? E disse o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Duro é para ti recalcitrar contra os aguilhões.” (At 9:5), a pergunta para você crente, Deus precisará corrigir você no mesmo ponto a todo instante? Então aprenda, pois duro é recalcitrar contra os aguilhões do Senhor.

2.3.2.3.5.1.4. Perda no serviço

“Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado.” (I Co 9:27).

Em conseqüência, da vida em pecado, além da correção de Deus, e da eventual punição com a morte, tem algo duro, que é ser reprovado para atuar na obra de Deus, significa não ter passado no teste, daí o crente será igual a um objeto não usado por Deus, a Bíblia fala disso usando o exemplo de dois vasos:

Ora, numa grande casa não somente há vasos de ouro e de prata, mas também de pau e de barro; uns para honra, outros, porém, para desonra. De sorte que, se alguém se purificar destas coisas, será vaso para honra, santificado e idôneo para uso do Senhor, e preparado para toda a boa obra. (II Tm 2:20,21).

A Palavra exorta que cada um crente deve ser aprovado, portando, deixando de lado o pecado: “ora, eu rogo a Deus que não façais mal algum, não para que sejamos achados aprovados, mas para que vós façais o bem, embora nós sejamos como reprovados.” (II Co 13:7), “confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis, e desobedientes, e reprovados para toda a boa obra.” (Tito 1:16). A conseqüência da vida em pecado do crente é fazer com que o nome de Deus seja blasfemado: “porque, como está escrito, o nome de Deus é blasfemado entre os gentios por causa de vós.” (Rm 2:24), “todos os servos que estão debaixo do jugo estimem a seus senhores por dignos de toda a honra, para que o nome de Deus e a doutrina não sejam blasfemados.” (I Tm 6:1), de tal modo que tal crente é pisado pelos homens: “vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens.” (Mt 5:13).

 

Autor: Robert Santos
Fonte: www.palavraprudente.com.br