Cap 22 - Deus Quer Pentecostalimo?

Igreja - Participação Feminina

2.5.2.4. Participação Feminina

“Os opressores do meu povo são crianças, e mulheres dominam sobre ele; ah, povo meu! Os que te guiam te enganam, e destroem o caminho das tuas veredas.” (Is 3:12).

A mulher pode e deve ajudar nos trabalhos eclesiásticos, é necessário o empenho de cada membro da igreja nas tarefas da igreja, tanto de lutar pela fé quanto de pregar o evangelho, mas na direção da igreja, que, portanto, envolve liderança, autoridade sobre homens, mulheres e crianças, isto é, um público misto, neste caso a Bíblia restringe a atuação feminina e é justamente isso que veremos.

2.5.2.4.1. Limitações bíblicas

A Bíblia seriamente impõe restrições à mulher no culto e na igreja de Deus, restrições que hoje muitas irmãs não querem entender ou admitir que valem para elas hoje, também não é incomum achar crentes que entendam que as mulheres não deveriam sofrer limitações, mas o grande detalhe é que quem pensa assim está em rota de colisão com a Bíblia, pois ela, ou seja, o próprio Deus, o Autor da Bíblia, impõe. Antes de prosseguirmos, façamos o conceito de limitação bíblica feminina, para depois demonstrar, à luz da Bíblia, a razão delas, a mulher, na igreja, não pode ter autoridade bíblica sobre homem, ou seja, não pode ensinar, nem pregar a ele, isso enquanto na igreja, nem sequer orar pela congregação havendo um homem, as razões serão mostradas a seguir.

Podemos ver de várias maneiras, mas olhemos pelo aspecto cronológico, Deus criou o homem, depois criou a mulher, para quê, e quem, Deus a criou? O Senhor a criou para o homem e o objetivo foi para que ela o ajudasse, isso está claro na Palavra, o homem estava só, daí Deus disse: “e Adão pôs os nomes a todo o gado, e às aves dos céus, e a todo o animal do campo; mas para o homem não se achava ajudadora idônea.” (Gn 2:20), “e disse o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea para ele.” (Gn 2:18), a Escritura complementa: “porque primeiro foi formado Adão, depois Eva.” (I Tm 2:13), “porque o homem não provém da mulher, mas a mulher do homem.” (I Co 11:8), observe, o próprio Deus disse que faria uma ajudadora idônea para ele (Adão), a Bíblia ainda sustenta que a mulher provêm do homem, pois veio da costela dele, deixando claro o objetivo para a qual a mulher foi criada.

Alguém pode se perguntar qual a relevância disso, a resposta é muita, Deus tinha poder parar criar simultaneamente o homem e a mulher, mas preferiu criar o homem primeiro e só depois criar a mulher, da costela do homem: “e da costela que o SENHOR Deus tomou do homem, formou uma mulher, e trouxe-a a Adão.” (Gn 2:22), e isso tem muito a dizer, a cada um de nós, em especial, uma verdade posta de lado: “porque também o homem não foi criado por causa da mulher, mas a mulher por causa do homem.” (I Co 11:9), com este verso o objetivo da criação da mulher é declarado, e estabelecido, na Palavra, se alguém quiser brigar, ou entender isso um erro, então terá de falar que o próprio Espírito Santo está errado. A primeira mulher se chamava Eva, veio justamente de Deus ver que o homem precisava de uma ajudadora idônea, expressão, que em hebraico é “?e^zer”, que foi traduzida por ajudadora, significa ajudante, auxiliadora, quem está por perto (Gn 2:18,20) do homem, ajudar é a razão básica de a mulher existir, Deus a criou para que fosse idônea, ou seja, tivesse possibilidades plenas de ajudar ao homem, por isso, que quando o Senhor a criou falou que faria uma ajudadora idônea, ajudar é o cerne da função feminina.

Ainda no conceito da ajuda, significa quem está ao lado para ajudar, ao lado, não à frente, à mulher foi vedada a direção desde a criação, e sim dada ao homem, foi assim que Deus fez, ele deu ao homem: “e tomou o SENHOR Deus o homem, e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar.” (Gn 2:15), guardar era também a tarefa dele. Antes da queda, ou seja, ainda no paraíso, Deus falava diariamente com a humanidade, que na época correspondia a duas pessoas, Adão e Eva, mas Ele sempre falava com Adão e não com Eva, Ele procurava por Adão: “e ouviram a voz do SENHOR Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; e esconderam-se Adão e sua mulher da presença do SENHOR Deus, entre as árvores do jardim. E chamou o SENHOR Deus a Adão, e disse-lhe: Onde estás?” (Gn 3:8,9), a quem foi o chamado do SENHOR? A resposta é chamou o SENHOR Deus a Adão; só em uma ocasião, que o Senhor falou diretamente a Eva, isso é facilmente explicado pelo fato de ser Adão a cabeça de Eva (sua esposa) e de Deus sempre estabelecer a liderança masculina.

A ocasião que Ele falou à Eva foi quando Ele impôs o castigo a ela: “e à mulher disse: Multiplicarei grandemente a tua dor, e a tua conceição; com dor darás à luz filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará.” (Gn 3:16), curiosamente estão duas palavras, que requerem atenção ao leitor, a primeira é desejo, a segunda é dominará, que desejo é esse? O desejo dela de ser a líder, de poder fazer as coisas sem esperar a decisão do homem, Deus assim estabelece que o desejo dela será para o marido dela, que deve dominá-la. Basicamente, o Senhor, em todos os castigos, que deu à humanidade, só aumentou o que já existia, aumentou o esforço físico exigido para o trabalho, aumentou a dor feminina no parto e aumentou a submissão feminina ao esposo e por ela usurpar o lugar indevido a ela, ou seja, o se autoridade lhe foi aumentada ainda mais o seu dever de submissão, evidentemente que cada aumento, dado por Ele, implica em penalidades aos humanos.

Para o homem, Deus corrige no mesmo sentido, Ele fala: “e a Adão disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher, e comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás dela, maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida.” (Gn 3:17), observe a frase deste ouvidos à voz de tua mulher, no caso ter ouvido e obedecido, mudado a ordem estabelecida, sair da ordem de Deus é estar fraco e sujeito a queda, isso tanto faz ter sido ontem, hoje ou amanhã, sair do que Deus falou, que era para fazer, é queda certeira. Continuando com as limitações tem uma passagem importante a analisar:

Mas quero que saibais que Cristo é a cabeça de todo o homem, e o homem a cabeça da mulher; e Deus a cabeça de Cristo. Todo o homem que ora ou profetiza, tendo a cabeça coberta, desonra a sua própria cabeça. Mas toda a mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta, desonra a sua própria cabeça, porque é como se estivesse rapada. Portanto, se a mulher não se cobre com véu, tosquie-se também. Mas, se para a mulher é coisa indecente tosquiar-se ou rapar-se, que ponha o véu. O homem, pois, não deve cobrir a cabeça, porque é a imagem e glória de Deus, mas a mulher é a glória do homem. Porque o homem não provém da mulher, mas a mulher do homem. Porque também o homem não foi criado por causa da mulher, mas a mulher por causa do homem. Portanto, a mulher deve ter sobre a cabeça sinal de poderio, por causa dos anjos. (I Co 11:3-11).

Observando o Texto, aprendemos que o homem é a cabeça da mulher, esta é uma lição ignorada, mas é fato, o homem é a cabeça da mulher, como Cristo O é do homem e como o Pai é de Cristo, se este ensinamento fosse aplicado cessariam quase todos os problemas neste assunto, sobre as limitações femininas, a Palavra ainda diz que a mulher é a glória do homem enquanto o homem é a imagem e glória de Deus, motivo que o homem não deve ter a cabeça coberta, mas a mulher sim, deve fazê-lo, enquanto ora ou profetiza, estas duas palavras, quanto à mulher orar e profetizar, serão tratadas adiante, alguns têm discutido se é correto as mulheres usarem o véu hoje, as crentes quando fossem ao culto, na igreja, a resposta é que embora o véu seja o símbolo físico da submissão feminina, o que ela deve se ornamentar sempre, ou seja, com a submissão, não será necessário usar o véu por duas razões dadas no mesmo capítulo, que será proveitoso ser lido por completo, primeira, porque ter cabelo comprido é em lugar do véu: “mas ter a mulher cabelo crescido lhe é honroso, porque o cabelo lhe foi dado em lugar de véu.” (I Co 11:15), ou seja, se já tem cabelo comprido será desnecessário usar o véu, pois aquele é em lugar deste, a preposição “anti”, ou seja no lugar, é a mesma preposição de substituição, usada, por exemplo, no sacrifício de Cristo pelo crente, daí o crente não precisa morrer, já que Ele morreu em seu lugar; segunda, pelo fato do uso do véu ser um costume, isso está escrito: “mas, se alguém quiser ser contencioso, nós não temos tal costume, nem as igrejas de Deus.” (I Co 11:16), costume passa de tempos em tempos e vai de sociedade em sociedade, mesmo numa sociedade costumes são trocados por outros e eles não representam ensino que outra sociedade deva seguir.

Continuando a Escritura diz:

As vossas mulheres estejam caladas nas igrejas; porque não lhes é permitido falar; mas estejam sujeitas, como também ordena a lei. E, se querem aprender alguma coisa, interroguem em casa a seus próprios maridos; porque é vergonhoso que as mulheres falem na igreja. (I Co 14:34,35).

Estes versos podem ser duros, mas é o que a Bíblia diz, daí fica clara a limitação feminina; antes de continuar a leitura, destes dois versos, observe que eles aparentemente se chocam com o que foi dito no capítulo 11, no qual a mulher que ora ou profetiza deveria usar o véu, (para esta aparente contradição cf 2.5.2.6.2.11. As mulheres profetisas em Corinto). Voltando à leitura dos dois versos, tem a ordem de estar sujeita, novamente aparece esta expressão, que é importante para a mulher, estar sujeita. Este mandamento é para ser cumprido hoje e enquanto houver a igreja de Cristo, pois este mandamento é para todas as igrejas, no capítulo 14 de I Co, onde têm os versos 34 e 35, que ordenam o silêncio feminino, o verso 33 diz: “porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos.” (I Co 14:33), no início da epístola, o verso 2, diz: “à igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados santos, com todos os que em todo o lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso:” (I Co 1:2), o que deve ressaltar, nestes dois versos, são as expressões: como em todas as igrejas dos santos, com todos os que em todo o lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, ainda a Palavra continua dizendo: “que guardes este mandamento sem mácula e repreensão, até à aparição de nosso Senhor Jesus Cristo;” (I Tm 6:14).

A mulher usurpar a autoridade do homem não é novo, já aconteceu, na Bíblia, ocasião em que o Senhor Jesus falou:

Mas tenho contra ti que toleras Jezabel, mulher que se diz profetisa, ensinar e enganar os meus servos, para que se prostituam e comam dos sacrifícios da idolatria. E dei-lhe tempo para que se arrependesse da sua prostituição; e não se arrependeu. Eis que a porei numa cama, e sobre os que adulteram com ela virá grande tribulação, se não se arrependerem das suas obras. E ferirei de morte a seus filhos, e todas as igrejas saberão que eu sou aquele que sonda os rins e os corações. E darei a cada um de vós segundo as vossas obras. (Ap 2:20-23).

Esta passagem é importante para demonstrar o que o Senhor Jesus tem a falar sobre mulher na direção, Ele falou que não tolera a doutrina de Jezabel, o importante é definir que doutrina é essa, para começo, façamos uma retrospectiva sobre Jezabel, ela foi uma mulher terrível, perseguia os profetas de Deus (I Rs 18:4,13,19; II Rs 3:2,13; 9:7,22), promovia a idolatria (I Rs 18:19), era assassina (I Rs 21:5-13), incitava ao marido para o mal (I Rs 21:25), a filha dela, Atalia, seguiu o exemplo da mãe e foi ímpia o quanto pôde ser (II Rs 8:26; 11:1,16; II Cr 23:21), sendo que em II Cr ela é chamada novamente de ímpia, diz a Palavra: “porque, sendo Atalia ímpia, seus filhos arruinaram a casa de Deus, e até todas as coisas sagradas da casa do SENHOR empregaram em Baalins.” (II Cr 24:7). Voltando a Jezabel, ela é o tipo do pior caráter bíblico, naturalmente é dela ensinar, com isso ter autoridade sobre o homem, o verso diz ensinar e enganar, além de usar o engano para ensinar, ela ensinava com engano, usava o engano para ensinar, pois a mulher não tem autoridade bíblica para ensinar a homens adultos, a não ser que use de engano, torça a Bíblia, além disso, usava este ensino para introduzir heresias, e é infelizmente este ensino que vem se popularizando cada vez mais, cada vez mais as mulheres vem querendo usurpar o lugar do homem.

É importante ainda dizer que têm mais passagens, mas que serão estudadas mais adiante, nos tópicos seguintes, para concluir as limitações, tem o verso, que diz: “e Adão não foi enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão.” (I Tm 2:14), a mulher foi enganada, pelo inimigo, e caiu, o homem preferiu cair junto com ela, mas ele não foi enganado, sabia exatamente o que estava fazendo e tinha consciência dos efeitos da ação dele. É importante salientar uma lição importantíssima: “todavia, nem o homem é sem a mulher, nem a mulher sem o homem, no Senhor.” (I Co 11:11), apesar das diferenças, de funções, diante de Deus nem o homem é melhor que a mulher, nem o inverso, Cristo morreu para salvar tanto homem, quanto mulher, o fato da mulher não ter a direção não lhe faz jamais inferior ao homem, por várias razões, primeira, como falado, não se trata de valor e sim de função, por exemplo, no ônibus tem o motorista e o cobrador, qual a função é melhor? A resposta é nenhuma, tanto é necessária uma quanto a outra, o motorista para dirigir e levar os passageiros ao destino, como o cobrador para receber, senão a empresa vai à falência, segunda, quem dirige é servo do dirigido, pois deve fazer a direção em benefício do dirigido.

Terceira, a função, com suas prerrogativas de realizar algo no serviço de Deus, não faz as outras menores, por exemplo, vemos no Velho Testamento, que entre 12 tribos Deus escolheu somente uma para oficiar como sacerdotes, que era a tribo de Levi, se um rubenita, quisesse ser sacerdote não poderia ser, mas isso não o fazia menos importante que um levita, mas Deus escolheu somente os levitas, só a eles era permitido o ofício sacerdotal, como a tribo de Judá passou a ser a da realeza, as demais não eram e nem por isso eram menores, pelo contrário, somente se refere à função, isso é tão curioso, que Deus, em Sua imensa sabedoria, sempre soube contrabalancear, por exemplo, não haveria nenhuma levita milionário, pois não tinha direito a herança, vivia de parte da oferta: “porém não desampararás o levita que está dentro das tuas portas; pois não tem parte nem herança contigo.” (Dt 14:27), “os sacerdotes levitas, toda a tribo de Levi, não terão parte nem herança com Israel; das ofertas queimadas do SENHOR e da sua herança comerão.” (Dt 18:1), “porquanto os levitas não têm parte no meio de vós, porque o sacerdócio do SENHOR é a sua parte; e Gade, e Rúben, e a meia tribo de Manassés, receberam a sua herança além do Jordão para o oriente, a qual lhes deu Moisés, o servo do SENHOR.” (Js 18:7), mas os membros das demais tribos podiam ser.

Ainda sobre contrabalancear, partindo da criação, Deus criou o homem e ele ficou por algum tempo sozinho, no planeta, era o único exemplar da espécie, mas qual o motivo disso? Creio, à luz das Escrituras, que foi para que ele soubesse que não estaria completo sem uma esposa, para que ficasse claro, para ele, a importância da sua esposa, para que, quando ela viesse, ele a valorizasse; no lar, Deus manda a mulher ser submissa ao marido, mas manda ao marido amar a esposa, e não é qualquer tipo de amor, é para seguir o exemplo do Mestre, que amou tanto, a tal ponto de morrer por ela: “vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela,” (Ef 5:25), “assim devem os maridos amar as suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo.” (Ef 5:28), tratá-la como se trata da sua própria carne, a nutri-la: “porque nunca ninguém odiou a sua própria carne; antes a alimenta e sustenta, como também o Senhor à igreja;” (Ef 5:29), em outras palavras, Deus contrabalanceou os deveres.

Voltando a falar em função a prova de que todos são importantes para Deus, tanto no Velho quanto no Novo Testamente é que Ele não faz acepção de pessoas: “pois o SENHOR vosso Deus é o Deus dos deuses, e o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e terrível, que não faz acepção de pessoas, nem aceita recompensas;” (Dt 10:17), “não torcerás o juízo, não farás acepção de pessoas, nem receberás peitas; porquanto a peita cega os olhos dos sábios, e perverte as palavras dos justos.” (Dt 16:19), “agora, pois, seja o temor do SENHOR convosco; guardai-o, e fazei-o; porque não há no SENHOR nosso Deus iniqüidade nem acepção de pessoas, nem aceitação de suborno.” (II Cr 19:7), “e vós, senhores, fazei o mesmo para com eles, deixando as ameaças, sabendo também que o SENHOR deles e vosso está no céu, e que para com ele não há acepção de pessoas.” (Ef 6:9), “mas quem fizer agravo receberá o agravo que fizer; pois não há acepção de pessoas.” (Cl 3:25), “mas, se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado, e sois redargüidos pela lei como transgressores.” (Tg 2:9).

Voltando à Eva, e assim encerrando este tópico, a derradeira observação é a da questão proposta pela serpente: “ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o SENHOR Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim?” (Gn 3:1), a pergunta foi é assim que Deus disse?, e é justamente o problema atual, o da autoridade bíblica, entender, ou querer fazer diferente do que Deus estabeleceu é propor esta pergunta, trazendo, ao menos, tentando trazer dúvidas sobre os ensinamentos de Deus, e fazer o mesmo que a serpente fez levando a alguns fazerem o que Eva fez, subestimar a Palavra de Deus.

2.5.2.4.1.1. Pregação

“Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina.” (II Tm 4:2).

O termo pregar aqui é usado tecnicamente, daí a pergunta mulher pode pregar? A resposta é um enfático não, a não ser se for para mulheres e crianças, devemos recordar que estamos falando tendo em consideração um público misto, esta seção inteira se refere a público misto, ou seja, quando tem “aner”, homem adulto, junto, neste caso definitivamente a mulher não pode pregar, pois, além das provas já mencionadas acima, bem como os oficiais da igreja necessariamente serem do sexo masculino, a pregação feminina é vedada, pois a pregação, no sentido técnico envolve autoridade, que ela não tem, a palavra pregar em grego é “ke¯russo¯”, ela aparece em (Mt 3:1; 4:17; 9:35; 10:7; 11:1; 24:14; Mc 1:4,7,38,39,45; 5:20; 13:10; 16:20; Lc 4:18,19; 8:1,39; 12:3; 24:47; At 9:20; 10:37; 15:21; 19:13; 28:31; Rm 2:21; 10:8; I Co 1:23; 9:27; II Co 1:19; 11:4; Gl 2:2; 5:11; Fp 1:15; Cl 1:23; I Ts 2:9; I Tm 3:16; II Tm 4:2; I Pd 3:19; Ap 5:2), Strong a define assim:

1) ser um arauto, oficiar como um arauto, 1a) proclamar como um arauto, 1b) sempre com sugestão de formalismo, gravidade, e uma autoridade que deve ser escutada e obedecida, 2) publicar, proclamar abertamente: algo que foi feito, 3) usado da proclamação pública do evangelho e assuntos que pertencem a ele, realizados por João Batista, por Jesus, pelos apóstolos, e outros mestres cristãos .

Ou seja, é necessário que o pregador tenha autoridade para que ninguém o despreze: “fala disto, e exorta e repreende com toda a autoridade. Ninguém te despreze.” (Tt 2:15), esta palavra pregar jamais é usada como descrevendo uma ação feminina, isso não é de surpreender alguém, pois, salvo raríssimas exceções, sempre foram os homens que estiveram a frente do trabalho de Deus; voltando à falta de autoridade feminina, ela é para ser sujeita ao marido: “semelhantemente, vós, mulheres, sede sujeitas aos vossos próprios maridos; para que também, se alguns não obedecem à palavra, pelo porte de suas mulheres sejam ganhos sem palavra;” (I Pd 3:1), se ela é para ser sujeita ao marido como pode usar de autoridade sobre ele, repreendê-lo? Não há como, daí ela não pode aplicar o verso: “fala disto, e exorta e repreende com toda a autoridade. Ninguém te despreze.” (Tt 2:15), (cf próximos tópicos).

2.5.2.4.1.2. Ensino

“A mulher aprenda em silêncio, com toda a sujeição. Não permito, porém, que a mulher ensine, nem use de autoridade sobre o marido, mas que esteja em silêncio. Porque primeiro foi formado Adão, depois Eva. E Adão não foi enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão. Salvar-se-á, porém, dando à luz filhos, se permanecer com modéstia na fé, no amor e na santificação.” (I Tm 2:11-15).

A mulher deve aprender com toda sujeição, isso quer dizer que não pode retrucar, rebater, desafiar o professor, etc., lembre-se que quando Deus quis falar algo a um homem (Paulo) Ele usou outro homem (Ágabo), (cf 2.5.2.6.2.9. As filhas de Filipe), pois assim não estaria sujeita, deve ficar claro que até mesmo o aprendizado deve ser com submissão, a palavra grega para aprender com silencio é “sigao¯”, que é justamente guardar silêncio, ela aparece outras vezes e é bom olhar para comparação (Lc 9:36; 18:39; 20:26; At 12:17; 15:12,13; Rm 16:25; I Co 14:28,30,34), “tão longe vá a participação feminina em encontros públicos da igreja, a mulher é para aprender em silêncio com toda submissão, isso está se acordo com o resto da Escritura neste assunto (I Co 11:3-15; 14:34,35) ”, conseqüentemente ela não pode ser professora de homem, “aner”:

homem, normalmente um adulto (I Co 13:11), varão (At 8:3,12). Sentidos especializados: marido Mc 10:2,12; noivo Ap 21:2; em conversas: senhor At 27:10; 21, 25; ??d?e? ade?f?? irmãos At 15:7,13. Pleonasticamente ???? aµa?t???? = simplesmente pecador Lc 5:8. Raramente pessoa = ?????p??, ?. Lc 11:31; Tg 1:12; cf At 17:34. [André, andrógino] .

Pelo contrário, aprender em silêncio:

A mulher aprenda em silêncio,... O apóstolo continua a dar algumas outras instruções para as mulheres, como elas devem se comportar no culto público, na igreja de Deus, que elas devem ser alunas, não professoras, sentar e ouvir e aprender mais de Cristo e da verdade do evangelho, e se manter em boas obras, aprender em silêncio, não se oferecer para levantar e falar, sob a pretensão de ter uma palavra do Senhor ou estar sob o impulso do Espírito do Senhor como algumas mulheres frenéticas faziam... elas enao eram para falar em público, mas perguntar em casa a seus próprios maridos, veja I Co 14:34, e assim era para elas se comportarem.

Com toda sujeição. Tanto aos ministros da Palavra e em casa aos maridos delas, obedecer com o coração a forma da doutrina entregue a elas e submeteram alegremente as ordens de Cristo, todo que professam sujeição ao evangelho professam piedade.

Não permito, porém, que a mulher ensine, Elas podem ensinar em privado, nas próprias casas e famílias, elas são para serem professoras de boas obras, Tt 2:3, elas são para criarem os filhos com cuidado e admoestação do Senhor, nem a lei, nem doutrina da mãe é para ser esquecida, muito menos a instrução do pai, veja Pv 1:8. Timóteo, sem dúvidas, recebeu muito avanço, do ensino privado e instrução da sua mãe Eunice e de sua avó Lóide, então a mulher não é para ensinar na igreja, pois isso é um ato de poder e autoridade...

Nem use de autoridade sobre o homem,... não só nas coisas eclesiásticas, ou que tenham relação com a igreja e o governo dela, pois uma parte da regra é alimentar a igreja com conhecimento e entendimento e a mulher tomar sobre si esse ofício é usurpar a autoridade sobre o homem, que é algo que ela não pode fazer,

Mas que esteja em silêncio. Sentar e ouvir quieta e silenciosamente e aprender e não ensinar como I Co 2:11. O contexto aqui tem a ver com a ordem da igreja e a posição do homem e da mulher no culto e trabalho da igreja, o tipo de professor que Paulo tem em mente é falado em At 13:1; I Co 12:28,29; Ef 4:11, professores chamados e equipados por Deus, reconhecidos pela igreja como tendo autoridade na igreja em matéria de doutrina e interpretação, esta proibição da mulher ser professora não inclui o ensino na classe de mulheres, garotas ou crianças, na Escola Bíblica Dominical, por exemplo, mas proíbe a mulher de ser um pastor, ou professor de doutrina na escola, de igual forma não pode a mulher ensinar uma classe mista de adultos .

O verso 12 fala que não deve usar de autoridade, visto que ela não tem, sobre o marido, este conceito deve ser alargado a todos os homens, o verso 8 fala em homens orar em todo lugar, depois o da submissão dela e demais motivos já expostos acima. Hendriksen, ao comentar esta passagem, ensina que:

Todas estas palavras, e seus paralelos em I Co 14:34,35, podem parecer um tanto hostil, na realidade, elas são o oposto, de fato, eles são expressão do sentimento de ternura e simpatia e entendimento básico, elas querem dizer não entre a mulher na esfera de atividade, que por força de sua criação, ela não está apropriada, não é permitido ao pássaro tentar viver debaixo d’água, não é permitido ao peixe viver na terra, não é permitido a mulher ansiar por exercer autoridade sobre o homem, por instruí-lo em culto público, por amor a ela, quanto do bem estar espiritual da igreja, é proibido tal temperamento não santo com autoridade divina.

No serviço da Palavra, no dia do Senhor, a mulher deve aprender, não ensinar, ela deve estar em silêncio, permanecer calada (veja NTC em I Ts 4:11 e em II Ts 3:12), ela não deve fazer sua voz ser ouvida, além do que, este aprendizado, em silêncio, não deve ser com atitude de rebelião no coração, mas “com completa submissão” (cf II Co 9:13; Gl 2:5; I Tm 3:4), ela deve alegremente se ajeitar à lei de Deus para a vida dela, sua espiritualidade total com o homem como compartilhadora de todas as bênçãos da salvação (Gl 3:28: não há homem nem mulher) não implica em nenhuma básica mudança na natureza dela como mulheres ou na tarefa correspondente, que ela, como uma mulher, é chamada para desempenhar; toda mulher permaneça mulher! Mais do que isso Paulo não permite. Paulo não permite isso porque a santa lei de Deus não permite (I Co 14:34), esta santa lei é Sua vontade como expressada no Pentateuco, particularmente no relato da criação da mulher e da sua queda (veja especialmente Gn 2:18-25; 3:16), de agora em diante, ensinar, que é pregar de modo oficial, e pelos meios da proclamação da Palavra, em culto público para exercer autoridade sobre um homem, para dominá-lo, está errado para a mulher, ela não pode assumir a posição de mestre .

2.5.2.4.1.3. Oração

“Quero, pois, que os homens orem em todo o lugar, levantando mãos santas, sem ira nem contenda. Que do mesmo modo as mulheres se ataviem em traje honesto, com pudor e modéstia, não com tranças, ou com ouro, ou pérolas, ou vestidos preciosos, mas (como convém a mulheres que fazem profissão de servir a Deus) com boas obras.” (I Tm 2:8-10).

A mulher não pode representar uma congregação mista, portanto, de homens e mulheres diante de Deus, ou seja, fazer aquelas orações no culto, em nome dos demais, se houver homem, para exemplificar, a oração de consagração do templo como fez Salomão, que orou por si e por todo o povo, o primeiro argumento é histórico, como já falado, Deus escolhe os meios aos quais Ele quer usar, a decisão é dEle e é sempre soberana, quando a humanidade se resumia em duas pessoas, Ele só falava com Adão e foi de Adão, o homem, que Ele requereu e indagou, isso porque Ele escolheu que o homem, fosse quem representasse a mulher diante dEle, posteriormente Ele escolheu a tribo de Levi, por isso, só levita podia representar todas as demais tribos diante dEle, ainda há o exemplo de Maria, a mãe do Senhor Jesus, enquanto ela era solteira Deus falava diretamente a ela, posteriormente só falou a José, esposo e cabeça dela.

Alguns não entendem que orar seja exercer autoridade, mas o é para tanto é interessante ver a história de Israel, que os líderes eram quem representam o povo diante de Deus, com orações, no culto público são os líderes, por exemplo, Moisés, Josué, Salomão, portanto, isso não é novo, antecede inclusive a queda do homem, chegamos então ao verso 8, que diz: “quero, pois, que os homens orem em todo o lugar, levantando mãos santas, sem ira nem contenda.” (I Tm 2:8), todo lugar aqui é onde a igreja se reunir, isso está claro, pois, agora resta uma palavrinha, homem, o mandamento aqui é que homens orem em todo lugar, se esta expressão se referisse a raça humana então animais, ou objetos, poderiam orar e a limitação seriam a eles permitindo a oração só a humanos, obviamente não se trata disso, a palavra para homens é “aner”, ela é propositadamente escrita assim para diferençar o homem adulto do adolescente, menino, a Bíblia diz que é somente homem que deve orar, pela congregação, exclui os demais, os mesmo homem, mas adolescente ou menino, e as mulheres de qualquer idade, por que é assim que Deus quer:

O assunto da oração pública é agora resumido, e desta vez nossa atenção é dirigida àqueles que devem dirigir o povo de Deus em oração. A palavra introdutória “quero” expressa o ativo e inspirado desejo de Paulo nesta questão. Na língua original, do Novo Testamento, tem duas palavras que podem ser traduzidas por homens, uma que significa a humanidade, em geral, e a outra significa homem em contraste com mulher, e esta segunda palavra é a que é usada aqui, a instrução do apóstolo é que a oração pública deve ser dirigida pelos homens em vez de pelas mulheres, e isso significa todos homens, não somente anciãos. A expressão em todo lugar pode ser tomada para significar qualquer cristão individual pode orar em qualquer hora, não importa onde ele estiver, mas desde que o assunto aqui é o da oração pública, é melhor entender que este verso como dizendo que onde um grupo misto de cristãos estiver reunido para orar, são os homens e não as mulheres quem devem dirigir neste exercício .

Ainda sobre o tema:

Quero, pois, que os homens orem em todo o lugar,... Nesta declaração de vontade, do apóstolo, concernente a oração, ele somente toma conhecimento “dos homens”, não que não seja dever e privilégio de ambos homens e mulheres orar em suas casas e quartos, mas como ele está falando da oração pública na igreja, que pertence somente aos homens, ele está falando somente a eles, e a vontade dele é que a oração seja feita por eles em todos lugar ou local, em qualquer parte do mundo, que eles vivam, agora foi o cumprimento da profecia em Ml 1:11 e agora chegou o tempo em que nosso Senhor Se referiu Jo 4:21, isso é dito em oposição da noção judaica que o templo, em Jerusalém, era o único local para orar e que a oração, feita em qualquer lugar, deveria ser direcionada para lá .

O motivo desse mandamento é devido à função, e esfera de atuação, do homem e da mulher:

A direção dada aqui é que os homens devem orar em distinção dos deveres da mulher, especificados no verso seguinte, é para ser entendido que implica que os homens devem conduzir o exercício da adoração pública, os deveres das mulheres pertencem a diferente esfera, compare I Tm 2:11,12 .

Ainda sobre função e esfera de atuação, Davidson assim comenta:

Em todas as congregações são os homens que devem geralmente dirigir orações e os que o fazem devem ter o cuidado de fazê-lo dignamente. Semelhantemente nas congregações as mulheres devem abster-se de adornos excessivos e procurar recomendar-se por suas boas obras. Precisam apresentar-se com modéstia e discrição estando prontas com calma e submissão para aprender e não com desejo agressivo de ensinar. O lugar próprio da mulher, com relação ao homem, está indicado pela ordem original da criação; e sua incapacidade para atuar como guia do homem demonstra-se pelo modo como Eva foi enganada e como transgrediu o mandamento de Deus. A vocação especial da mulher é a maternidade; e embora atualmente dê à luz filhos com sofrimento e em perigo de vida (ver Gn 3:16), aquelas que correspondem plenamente às exigências do evangelho passarão indenes por essa experiência... Nos cultos públicos convêm à mulher estar silenciosa e submissa, isto faz parte de sua verdadeira dignidade e não procurar arrebatar as rédeas do controle e dirigir o homem (vs 11,12). Paulo não tolera, ou não permite isto; fazê-lo seria incentivar algo mau para ambos os sexos e violar a ordem da criação. Este apelo à mente e propósito do Criador mostra claro que Paulo não baseia o que diz simplesmente na posição atribuída à mulher na sociedade dos seus dias. Antes apela a um princípio, cuja orientação é de aplicação universal e permanente (ver I Co 11.2-16)... (Note-se, entretanto, que é privilégio da mulher ensinar crianças e mulheres mais jovens; veja-se II Tm 1:5; 3:14,15; Tt 2:3,4) .

Daí alguém pode pensar a mulher, na igreja, na reunião mista, não pode orar, a resposta é, pode, desde que seja uma oração que ao lidere, e sim uma pessoal, silenciosa:

Paulo, exercendo sua autoridade como apóstolo de Jesus Cristo, continua a dar direcionamentos... de agora em diante as orações devem ser oferecidas não pelas mulheres, mas pelos homens (v 8), está claro que o verbo oferecer orações ou simplesmente orar é tomada aqui no sentido amplo incluindo toda forma de invocação mencionada em I Tm 2:1 (veja a passagem)... A presença da mulher, na assembléia religiosa, é obviamente assumida, o ponto de Paulo é que a mulher deve orar como Ana fez, movendo somente os lábios, mas a voz não era ouvida: “porquanto Ana no seu coração falava; só se moviam os seus lábios, porém não se ouvia a sua voz; pelo que Eli a teve por embriagada.” (I Sm 1:13) .

 

Autor: Robert Santos
Fonte: www.palavraprudente.com.br