Cap 24 - Deus Quer Pentecostalimo?

Igreja - Personagens Femininas na Liderânça

2.5.2.6.2. Personagens

Agora trataremos sobre personagens especificamente, tanto de um quanto do outro Testamento.

2.5.2.6.2.1. Miriã

De fato, ela foi líder em Israel, agora, deveria ser lembrado que, quando ela e Arão discutiram com Moisés, por causa da esposa dele, Deus os lembraram do lugar de cada um, dela, de Arão e de Moisés:

E falaram Miriã e Arão contra Moisés, por causa da mulher cusita, com quem casara; porquanto tinha casado com uma mulher cusita. E disseram: Porventura falou o Senhor somente por Moisés? Não falou também por nós? E o Senhor o ouviu. E era o homem Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra. E logo o Senhor disse a Moisés, a Arão e a Miriã: Vós três saí à tenda da congregação. E saíram eles três. Então o Senhor desceu da coluna de nuvem, e se pôs à porta da tenda; depois chamou Arão e Miriã e ambos saíram. E disse: Ouvi agora as minhas palavras; se entre vós houver profeta, eu, o Senhor, em visão a ele me farei conhecer, ou em sonhos falarei com ele. Não é assim com o meu servo Moisés que é fiel em toda a minha casa. Boca a boca falo com ele, claramente e não por enigmas; pois ele vê a semelhança do Senhor; porque, pois, não tivestes temor de falar contra o meu servo, contra Moisés? Assim a ira do Senhor contra eles se acendeu; e retirou-se. (Nn 12:1-9).

2.5.2.6.2.2. Débora

“E Débora, mulher profetisa, mulher de Lapidote, julgava a Israel naquele tempo.” (Jz 4:4).

A história de Débora está narrada em Jz 4;5, várias coisas precisam ser notadas quanto à Débora, primeiro grande detalhe, ela está no Velho Testamento e não no Novo, no Velho Testamento Deus permitiu algumas coisas que não permite hoje, tais permissões eram dadas, mas estavam fora do plano de Deus, de Sua vontade, a poligamia é um exemplo, e isso, é importante ter em mente, ao estudar algo no Velho Testamento, segundo, é interessante olhar o contexto, aquela era uma época de pecado em Israel: “naqueles dias não havia rei em Israel; cada um fazia o que parecia bem aos seus olhos.” (Jz 17:6), época tenebrosa, o último juiz falecera e o povo voltou a fazer o que era mal: “porém os filhos de Israel tornaram a fazer o que era mau aos olhos do Senhor, depois de falecer Eúde.” (Jz 4:1), daí ela se levantou como juíza e julgava em sua casa: “ela assentava-se debaixo das palmeiras de Débora, entre Ramá e Betel, nas montanhas de Efraim; e os filhos de Israel subiam a ela a juízo.” (Jz 4:5).

Outro detalhe era a covardia dos soldados, inclusive do capitão Baraque, que conversou assim com Débora:

Então lhe disse Baraque: Se fores comigo, irei; porém, se não fores comigo, não irei. E ela disse: certamente irei contigo, porém não será tua a honra da jornada que empreenderes; pois à mão de uma mulher o Senhor venderá a Sísera. E Débora se levantou, e partiu com Baraque para Quedes. (Jz 4:8,9).

Com este diálogo, fica claro que Débora entendia não ser natural a ida dela, de uma mulher, para a guerra, tanto que ela lembrou que a honra não seria de Baraque e sim de uma mulher, esta, na verdade, foi uma lição dada por Deus, Ele envergonhou a todos os homens na época, inclusive a Lapidote, esposo dela; essa não foi a única vez que Israel se acovardou diante do inimigo, anos depois, os filisteus vieram contra Israel, eles trouxeram Golias, o que aconteceu foi que os israelitas reagiram da seguinte forma: “porém todos os homens em Israel, vendo aquele homem, fugiram de diante dele, e temiam grandemente.” (I Sm 17:24), a ponto de um garoto ter de guerrear: “porém Saul disse a Davi: Contra este filisteu não poderás ir para pelejar com ele; pois tu ainda és moço, e ele homem de guerra desde a sua mocidade.” (I Sm 17:33), “e, olhando o filisteu, e vendo a Davi, o desprezou, porquanto era moço, ruivo, e de gentil aspecto.” (I Sm 17:42).

Como tudo o que foi escrito é para aprendizado do crente hoje (Rm 15:6), o ensinamento desta passagem é claro, quando o homem não quer fazer a vontade de Deus, Deus o expõe a ignomínia, exatamente os dois grupos de pessoas que não podem liderar, ou seja, crianças e mulheres, são os que lideram: “os opressores do meu povo são crianças, e mulheres dominam sobre ele; ah, povo meu! Os que te guiam te enganam, e destroem o caminho das tuas veredas.” (Is 3:12), no entanto, Deus não permite a liderança feminina na igreja, essa situação se deu no Velho Testamento, na nossa época, já não pode acontecer da mulher tomar a liderança pelos motivos já postos acima, as mulheres são importantes, mas têm sua esfera de atuação.

2.5.2.6.2.3. Ana

“E estava ali a profetisa Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Esta era já avançada em idade, e tinha vivido com o marido sete anos, desde a sua virgindade; e era viúva, de quase oitenta e quatro anos, e não se afastava do templo, servindo a Deus em jejuns e orações, de noite e de dia. E sobrevindo na mesma hora, ela dava graças a Deus, e falava dele a todos os que esperavam a redenção em Jerusalém.” (Lc 2:36-38).

Embora a descrição do ocorrido esteja no Novo Testamento, Ana é do Velho Testamento, daí, de um modo geral, o que já foi dito das anteriores se aplica a ela, depois, no caso específico dela, ela serviu a Deus como qualquer crente mulher pode fazer na atualidade, ela orava, jejuava e falava do Messias (o Senhor Jesus), observe só outros detalhes, ela não pregou numa igreja, que teria de ser no Novo Testamento, sequer há indícios suficientes que ela fez discurso no templo, o que tudo indica é que ela falava do Messias ao redor do templo, o que é plenamente permitido mesmo hoje a qualquer irmã.

2.5.2.6.2.4. A mulher samaritana

A história da mulher samaritana está em Jo 4, alguns pensam que ela começou a pregar, do Messias, nas sinagogas, mas isso certamente não foi assim, ademais, o Mestre tão somente disse a ela: “disse-lhe Jesus: Vai, chama o teu marido, e vem cá.” (Jo 4:16), o que ela fez a mais foi por conta dela, mas provavelmente tenha sido encontrar os amigos, vizinhos parentes e falar que ela encontrou o Messias, algo que qualquer irmã pode fazer hoje.

2.5.2.6.2.5. As mulheres que ajudaram ao evangelho

(Lc 8:2,3; At 18:2-18,26; Rm 16:1,2; Fp 4:3).

Das mulheres que ajudaram ao evangelho, em especial, ao ministério terreno do Mestre é dito que elas O serviam com a fazenda, em outras palavras, com dinheiro, as irmãs que ajudaram a Paulo, certamente fizeram o mesmo e o ajudaram possivelmente também com trabalhos pessoais a ele, o que qualquer irmã hoje pode fazer aos pregadores da Palavra.

2.5.2.6.2.6. As mulheres enviadas com uma mensagem para os apóstolos

(Mt 28:1-10; Mc 16:1-11; Lc 24:1-9; Jo 20:1-18).

Estas mulheres foram enviadas num recado ocasional; não foram comissionadas a fazer um discurso, tão somente transmitir o recado do Mestre, além do mais, não o fizeram na igreja, o que elas fizeram não há óbice algum.

2.5.2.6.2.7. As mulheres da igreja em Jerusalém no Pentecostes

Em atos 2, só Pedro fez um discurso, se teve alguma mulher, falou como Ana o fez ao redor do templo e não necessariamente a homens adultos, mas como não há relato nem há muito que falar.

2.5.2.6.2.8. As filhas de Filipe

“E no dia seguinte, partindo dali Paulo, e nós que com ele estávamos, chegamos a Cesaréia; e, entrando em casa de Filipe, o evangelista, que era um dos sete, ficamos com ele. E tinha este quatro filhas virgens, que profetizavam.” (At 21:8,9).

A primeira observação, que alguém fará aqui, é que haviam quatro profetisas, daí alguém concluirá que se elas eram profetizas então pregavam na igreja a homens, mas isso não é fato, primeiro, a Bíblia não relata elas descumprindo ao mandamento, dado pelo Senhor, não usurparam momento algum o lugar de homem, nem usaram da autoridade bíblica para algo, restando claro, que só porque elas tinham o dom de profecia não as faziam ter autoridade sobre a igreja, sendo que o mais provável é que elas nunca falaram à igreja, primeiro, por não haver relato, segundo, porque quando Deus quis trazer profecia a um homem, ou seja, falar com autoridade a um homem, Paulo, Ele trouxe outro homem, Ágabo, de outra cidade, distante cerca de 30 milhas, mas não usou nenhuma entre as quatro filhas de Filipe:

“E, demorando-nos ali por muitos dias, chegou da Judéia um profeta, por nome Ágabo; E, vindo ter conosco, tomou a cinta de Paulo, e ligando-se os seus próprios pés e mãos, disse: Isto diz o Espírito Santo: Assim ligarão os judeus em Jerusalém o homem de quem é esta cinta, e o entregarão nas mãos dos gentios.” (At 21:10,11).

Restando claro que Deus para falar a homens, seja para instruir, corrigir, Ele usará outro homem, não mulheres, pois caso contrário ela usaria da autoridade bíblica, que não tem.

2.5.2.6.2.9. Priscila e Áqüila

A narrativa deste casal está no capítulo 18 de Atos, a passagem argüida é que Priscila e Áqüila ensinaram a Apolo:

E chegou a Éfeso um certo judeu chamado Apolo, natural de Alexandria, homem eloqüente e poderoso nas Escrituras. Este era instruído no caminho do Senhor e, fervoroso de espírito, falava e ensinava diligentemente as coisas do Senhor, conhecendo somente o batismo de João. Ele começou a falar ousadamente na sinagoga; e, quando o ouviram Priscila e Áqüila, o levaram consigo e lhe declararam mais precisamente o caminho de Deus. (At 18:24-26).

O casal conheceu Apolo muito provavelmente na sinagoga, pois o Senhor Jesus, bem como os apóstolos ensinavam nas sinagogas: “e, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o seu costume, na sinagoga, e levantou-se para ler.” (Lc 4:16), “e logo nas sinagogas pregava a Cristo, que este é o Filho de Deus.” (At 9:20), daí eles compreenderam que o entendimento de Apolo era limitado, ele era conhecedor do Velho Testamento, conhecia só o batismo de João, portanto, ele ainda esperava o Messias aparecer, que, na mente dele, seria por aqueles dias, pois João pregava que o Messias estava prestes a chegar, então eles o convidaram para ir a casa deles e lá o ensinaram mostrando que o Messias é o Senhor Jesus, curioso aqui é o conhecimento, o casal ampliou o conhecimento de Cristo, pois estara antes com Paulo: “e Paulo, ficando ainda ali muitos dias, despediu-se dos irmãos, e dali navegou para a Síria, e com ele Priscila e Áqüila, tendo rapado a cabeça em Cencréia, porque tinha voto.” (At 18:18) e agora o transmitiam a Apolo. Agora abordando a questão do ensino feminino, primeiro, se deve notar que a iniciativa do convite, ou no ensino foi de Priscila, isso porque o nome dela vem antes do nome do marido, que foge aos costumes da época, e se foi escrito assim porque tem algum ensinamento aqui, mas tem um detalhe gigante, ela ensinou a Apolo, mas foi em conjunto com o marido dela, segundo, este é um testemunho privado, ou seja, não foi na (à) igreja, nem no culto, foi na casa dela, ação que não há óbice algum.

2.5.2.6.2.10. As mulheres profetisas em Corinto

“Mas toda a mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta, desonra a sua própria cabeça, porque é como se estivesse rapada. Portanto, se a mulher não se cobre com véu, tosquie-se também. Mas, se para a mulher é coisa indecente tosquiar-se ou rapar-se, que ponha o véu. O homem, pois, não deve cobrir a cabeça, porque é a imagem e glória de Deus, mas a mulher é a glória do homem.” (I Co 11:5-7).

O pensamento é uma conclusão natural, da leitura da passagem, que se a mulher estiver coberta ela poderia orar e profetizar, daí uma mulher poderia pregar mesmo na igreja, mas não é isso que a passagem ensina ou permite, mais adiante, em relação a essa discussão de poder ou não falar, a Bíblia estabelece: “as vossas mulheres estejam caladas nas igrejas; porque não lhes é permitido falar; mas estejam sujeitas, como também ordena a lei.” (I Co 14:34), alguém pode pensar que seria uma contradição entre as duas passagens, mas não é, está longe de ser, à luz desta passagem, e do ensino bíblico como um todo, o uso do véu era o sinal exterior do que acontecia no plano interior, espiritual, ou seja, a mulher orava e profetizava, mas não a homens, trazendo para a nossa realidade atual, a mulher pode orar, ensinar, inclusive pregar a Palavra, mesmo na igreja, mas não a homens, já que ela não tem autoridade bíblica para tanto, quando se tem homem então a aplicação é a dos dois versos acima, mas nada impede que faça a crianças, adolescentes e mulheres de qualquer idade. Já em I Co 14, que fala da ordem no culto, quando reunião mista a mulher deve guardar silêncio, o sinal do véu deixa isso ainda mais claro, ela deve se manter submissa, pode orar, profetizar, mas não sobre homens, aos quais ela não pode exercer autoridade:

Quando Paulo fala não permito a mulher ensinar, ele está falando como inspirado por Deus, isso não representa o preconceito pessoal de Paulo, como alguns dizem, é Deus Quem decreta que a mulher não pode ter um ministério público de ensino na igreja, a única exceção, à regra, é que elas são permitidas ensinarem crianças (II Tm 3:15) e a jovens mulheres (Tt 2:4). Nem é para a mulher ter autoridade sobre homem, isso significa que ela não pode ter domínio sobre um homem, mas é para estar em silêncio ou quietude... É o principio fundamental de Deus, no trato com a humanidade, que o homem foi dado como cabeça da mulher e a mulher está no lugar de submissão, isso não significa que ela seja inferior, o que certamente não é verdade, mas isso significa que é contrário à vontade de Deus que a mulher tenha domínio ou autoridade sobre o homem .

 

Autor: Robert Santos
Fonte: www.palavraprudente.com.br