Cap 34 - Deus Quer Pentecostalimo?

Culto - Inflexibilidade do Culto

2.6.3. Inflexibilidade do culto

Com inflexibilidade se quer abordar as impossibilidades adicionar novos elementos ao culto a Deus, os abordados, palmas, danças e músicas dançantes, eles serão abordados em conjunto, várias são as razões, abordaremos primeiro de modo genérico, primeira, é que mesmo que no Velho Testamento fossem permitidos, no Novo não o são, o Novo Testamento aperfeiçoou o culto a Deus, por isso mesmo eles foram deixados para trás as sombras, os acessórios, ficou o principal, então o que era necessário na lei não é necessário na graça; segunda, a Bíblia estabeleceu o conteúdo do culto e não inclui nenhum dos três elementos, terceira, o culto é racional: “rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.” (Rm 12:1) e isso conseqüentemente exclui a emoção e desejos humanos, é a razão que deve adorar a Deus, além disso, significa que o culto agora está acima das necessidades de usar acessórios, tipos, nada mais é necessário, quarta, tem o princípio bíblico de não conformação com o mundo: “e não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” (Rm 12:2), o culto a Deus é diferente das atividades seculares, esta é uma das suas identificações: “como, pois, se saberá agora que tenho achado graça aos teus olhos, eu e o teu povo? Acaso não é por andares tu conosco, de modo a sermos separados, eu e o teu povo, de todos os povos que há sobre a face da terra?” (Ex 33:16).

Quinta, mesmo se pudesse usá-los o crente deveria renunciar o uso, pois poder dar aparência do mal: “abstende-vos de toda a aparência do mal.” (I Ts 5:22), (cf Rm 12:17), podem servir de tropeço a algum irmão: “portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à igreja de Deus.” (I Co 10:32), (cf Rm 14:13; I Co 8:13; II Co 6:3 Fp 1:10), não é certo que com eles eu glorifique só a Deus: “portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus.” (I Co 10:31), (Cl 3:17,23; I Pd 4:11), que edifique ao meu próximo: “sigamos, pois, as coisas que servem para a paz e para a edificação de uns para com os outros.” (Rm 14:19), “portanto cada um de nós agrade ao seu próximo no que é bom para edificação.” (Rm 15:2), (cf I Co 14:12; Ef 4:29; I Ts 5:11), que eu edifique a mim mesmo: “todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam.” (I Co 10:23), (cf I Co 6:12), com risco deu buscar o meu proveito, o que me agrada: “ninguém busque o proveito próprio; antes cada um o que é de outrem.” (I Co 10:24), “porque também Cristo não agradou a si mesmo, mas, como está escrito: Sobre mim caíram as injúrias dos que te injuriavam.” (Rm 15:3), assim nutrindo minha carne: “porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis.” (Rm 8:13), “porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna.” (Gl 6:8).

Sexta, no culto só deveria ser admitido, aprovado algo excelente: “para que aproveis as coisas excelentes, para que sejais sinceros, e sem escândalo algum até ao dia de Cristo;” (Fp 1:10), “aprovando o que é agradável ao Senhor.” (Ef 5:10), “os lábios do justo sabem o que agrada, mas a boca dos perversos, só perversidades.” (Pv 10:32). Agora abordando de modo específico, as palmas jamais foram usadas no culto a Deus, nunca foram em toda a Bíblia! Isso deveria ser o suficiente para mostrar que não deveriam ser introduzidas no culto; em relação á música ai sim ainda é mais gritante, já que a música no culto é para ser espiritual, “pois Deus é o Rei de toda a terra, cantai louvores com inteligência.” (Sl 47:7), algo que apele ao emocional, então não pode ser usada, se não for espiritual também, por fim, Deus não quer ouvir a nossa música, Ele quer ouvir a música dEle: “com eles, pois, estavam Hemã e Jedutum, com trombetas e címbalos, para os que haviam de tocar, e com outros instrumentos de música de Deus; porém os filhos de Jedutum estavam à porta.” (I Cr 16:42); já a dança não poderia ser usada também, me refiro a música sem conotação sensual, sem contato físico homens e mulheres, sem requebro, sem nada disso, pois a essas a Bíblia diretamente proíbe em um vasto número de passagens, a referência aqui é a qualquer tipo de dança, mesmo as mais amenas, pois, além das razões já postas, há:

(1) O fracasso em provar que a dança realmente era um componente da adoração divina no Templo, na sinagoga, e na igreja primitiva. (2) O fracasso em reconhecer que das vinte e oito referências a dançar ou danças no Velho Testamento, apenas quatro se referem sem contestação à dança religiosa, e nenhuma destas está relacionada à adoração na Casa de Deus...

Fora isso há a omissão de dança nos culto do Novo Testamento, no Velho Também, mas como estamos falando da igreja, que é do Novo Pacto, por qual motivo ela não aparece, se ela fosse um elemento do culto a Deus? Esquecimento não foi, pois os crentes eram diligentes e eles sabiam que o culto atual é o culto racional e em verdade, os símbolos, tipos, sombras ficaram para trás e mesmo que se a dança fosse um deles, o que não é, teria ficado para trás também, alguns defensores da dança mencionam o rei Davi, ai eles se complicam ainda mais:

É importante notar que Davi, que é considerado por muitos como o exemplo principal para a dança religiosa na Bíblia, nunca deu instruções aos levitas com respeito a quando e como dançariam no Templo. Se Davi cresse que a dança deveria ser um componente na adoração divina, sem dúvida teria dado instruções relativas a ela aos músicos levitas que designou para se apresentarem no templo. Acima de tudo, Davi foi o fundador do ministério de música no Templo. Vimos que ele deu claras instruções aos 4.000 músicos levitas pertinentes a quando cantarem e que instrumentos usarem para acompanharem seu coral. Sua omissão da dança na adoração divina dificilmente pode ser considerada como um lapso. Ao contrário, ela nos fala da distinção que Davi fez entre a música sacra, executada na Casa de Deus e a música secular tocada fora do Templo para o entretenimento .

2.6.5. Reflexões

Deus é a Quem devemos adorar: “vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo.” (I Pd 2:5), (cf Rm 15:16; Hb 13:15), Ele é digno de todo louvor (II Sm 22:4; I Cr 16:25; Sl 18:3; 48:1; 96:4; 143:3), Ele vê diferente do homem, Ele olha o coração do adorador: “porém o SENHOR disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a grandeza da sua estatura, porque o tenho rejeitado; porque o SENHOR não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o SENHOR olha para o coração.” (I Sm 16:7), com isso Deus pode não receber o culto (Jó 27:9; Sl 18:41; 66:18; Pv 1:28; Is 1:11-15; 48:1,2; Jr 11:11; Jr 14:12; Ez 8:18; Mq 3:4; Zc 7:13; Jo 9:31; Tg 4:3), isso parece atualmente algo incrível dizer que Deus não aceita qualquer tipo de culto, mas é fato. Ele também pode receber a adoração (I Cr 29:17; Sl 17:1; 32:2; 50:23; 51:6,17; 147:11; Is 10:20; 57:15; Jr 3:10; 4:2), Ele quer servos que tremam diante da Palavra dEle: “porque a minha mão fez todas estas coisas, e assim todas elas foram feitas, diz o SENHOR; mas para esse olharei, para o pobre e abatido de espírito, e que treme da minha palavra.” (Is 66:2) assim O sirva de todo coração: “tão-somente temei ao SENHOR, e servi-o fielmente com todo o vosso coração; porque vede quão grandiosas coisas vos fez.” (I Sm 12:24), pois assim o crente saberá como Ele quer ser adorado e o fará como estabelecido, assim não incorrerá no erro de alguns do passado e presente.

O erro deles é achar que Deus é obrigado a receber o culto, daí a pergunta se o culto está errado, se Deus não irá receber porque não consertar? Porque continuar no erro? Que adianta ensaiar tanto, ter muita gente se o seu culto não será aceito? Caim pensou que o culto dele seria aceito, mesmo entregando frutos da terra (Gn 4:3), alguns israelitas também: “e o SENHOR feriu os homens de Bete-Semes, porquanto olharam para dentro da arca do SENHOR; feriu do povo cinqüenta mil e setenta homens; então o povo se entristeceu, porquanto o SENHOR fizera tão grande estrago entre o povo.” (I Sm 6:19), de igual forma Uzá: “então se acendeu a ira do SENHOR contra Uzá, e o feriu, por ter estendido a sua mão à arca; e morreu ali perante Deus.” (I Cr 13:10). Sabedores disso, façamos tudo correto, não sejamos como os judeus na época de Jeremias: “ah SENHOR, porventura não atentam os teus olhos para a verdade? Feriste-os, e não lhes doeu; consumiste-os, e não quiseram receber a correção; endureceram as suas faces mais do que uma rocha; não quiseram voltar.” (Jr 5:3), “mas não escutaram, nem inclinaram os seus ouvidos; antes endureceram a sua cerviz, para não ouvirem, e para não receberem correção.” (Jr 17:23), “e viraram-me as costas, e não o rosto; ainda que eu os ensinava, madrugando e ensinando-os, contudo eles não deram ouvidos, para receberem o ensino.” (Jr 32:33), pelo contrário, nos corrijamos.

 

Autor: Robert Santos
Fonte: www.palavraprudente.com.br