Skip to content

Estudo sobre ÊXODO 3

INTRODUÇÃO

O capítulo 3 do livro de Êxodo nos traz a segunda etapa de 40 anos da vida de Moisés. O treinamento para torná-lo mais humilde estava completo, vindo assim a chamada para um serviço muito especial.

A Escola Divina ! versículo 1
Moisés apascentou rebanhos no deserto durante quarenta longos anos. Essa ocupação foi exatamente o oposto do qual ele foi ensinado no Egito a ver como grandeza (Gênesis 46:34). Durante este tempo ele cresceu em mansidão e humildade. Ele aprendeu a não confiar em sua própria capacidade. Devemos aprender com isso a não desprezar os métodos de treinamento de Deus. As aflições têm sentido se lembrarmo-nos que elas são lições dadas por Deus na Escola Divina (Tiago 1:2-4).

I.  A SARÇA ARDENTE ! VERSÍCULOS 1-6

Moisés conduzia, sob os seus cuidados, o rebanho á lugares bem distantes e amplos na procura de bons pastos. Ao se aproximar do monte aonde mais tarde ele receberia a lei de Deus, ele vê uma sarça queimando, mas não se consumindo. Ao se virar para ver esta cena de perto, ele encontra o Todo Poderoso (Deuteronômio 33:16). Várias coisas aqui merecem atenção especial:

A necessidade de reverência

Não devemos nos aproximar de Deus por mera curiosidade. Moisés teve que tirar os sapatos e manter certa distância. A verdadeira reverência é a primeira lição da piedade (Provérbios 1:7, Salmo 89:7). Não é a espirituosidade, mas a ignorância, que cria uma familiaridade indevida para com Deus e a irreverência. Fora da pessoa de Cristo, o Senhor não pode ser visto e nem tocado (João 1:18, Hebreus 12:29). Mesmo nos aproximando de Deus, como filhos, vamos observar a devida reverência em oração e adoração. Note como os santos consagrados falaram do Todo Poderoso (Habacuque 2:20, Salmo 93:1-5, I Timóteo 6:14-16, Romanos 11:33). Os verdadeiros habitantes do céu sabem da importância da reverencia. Os anjos cobrem sua faces quando estão diante de Deus (Isaías 6:1-2). Os falsos pregadores são conhecidos pela irreverência e pela crassa familiaridade com Deus.

A. A Aliança de Deus
Deus apresenta-se como o Deus de Abraão, Isaque e Jacó (versículo 6). Isto era para lembrar Moisés de que Deus tinha vindo para cumprir a aliança feita com estes homens. A redenção de Israel, assim como a nossa, está baseada na promessa do Senhor feita na aliança (Tito 1:1-2). O evangelho de Cristo vem de acordo com a prévia promessa (Romanos 1:1-2).

B. A ressurreição ! versículo 6
Deus não diz: “Eu era”, mas sim, “Eu sou” o Deus dos patriarcas. Isto não somente prova que eles ainda existiam em Sua presença (II Coríntios 5:8), mas também o fato de que um dia seus corpos serão ressuscitados (Marcos 12:26-27). Deus nunca deixa de ser o nosso Deus e nem mesmo os corpos do Seu povo estão perdidos à morte (Romanos 8:11).

C. O Simbolismo da Sarça Ardente
Nós sabemos que o fogo é um símbolo da presença de Deus (versículo 2, Deuteronômio 33:16) O “anjo do SENHOR” era a própria revelação de Deus. Os homens têm visto na sarça ardente, uma figura da escravidão de Israel. Eles estavam no fogo, mas não eram consumidos. Isto pode ser aplicado a todo o povo de Deus (II Coríntios 4:8-9).

II.  MOISÉS É COMISSIONADO ! VERSÍCULOS 7-10

Deus ouviu o clamor de Israel, no entanto, eles não sabiam disso. Ele viu o sofrimento deles e lembrou-se de Suas promessas. Que possamos aprender deste fato a não duvidar do interesse e do conhecimento que Deus tem da nossa situação. Seria mais correto dizer que nós é que nos esquecemos de Deus e não o inverso. Israel havia se esquecido do calendário de Deus (Gênesis 15:13-14) e de Suas promessas, mas Ele não.

Moisés, sem dúvida, havia abandonado a idéia de ser o libertador de Israel. Depois de quarenta anos ele deve ter ficado espantado quando ouviu Deus dizer que o enviaria á Faraó. Verdadeiramente, a fraqueza humana é a única caraterística humana pelo qual Deus exerce o Seu poder. “A limitação do homem é a oportunidade divina”.

III.  FALTA DE CONFIANÇA ! VERSÍCULOS 11-12

Quarenta anos tinham provocado grandes mudanças no modo de Moisés pensar. A maturidade espiritual enxerga as fraquezas da carne e as dificuldades que envolvem a obra de Deus (Jeremias 1:6). É a falta de experiência que causa no homem o falso sentimento de entusiasmo para o serviço de Deus (II Coríntios 3:5). Somente o divino “Eu serei contigo” é que mantém os verdadeiros servos de Deus. Esta é a resposta para cada toda e qualquer vontade de esquivar-se.

(Deus mantém Sua palavra para Moisés. A lei foi dada e mais tarde a adoração foi oferecida no monte Sinai).

IV. O NOME DE DEUS ! VERSÍCULOS 13-15

Na medida em que Deus progressivamente revela os Seus planos, e a Si mesmo, para o homem, Ele constantemente concede mais conhecimento a respeito dEle mesmo. Moisés sabia que ao receber esta grande revelação de misericórdia, que os filhos de Israel iriam desejar saber tanta a natureza divina quanto o nome de Deus que acompanhariam esta nova revelação. É dito a ele para informar Israel que “Eu Sou” ou “Jeová” é quem o havia enviado. Apesar deste nome já ser conhecido, a profundidade de seu significado só é explicado aqui. Notemos várias coisas importantes aqui:

A.  Jeová é o nome de Deus concernente a grande aliança.

B.  Os Judeus, por respeito, se recusam a pronunciar este nome em suas orações e leituras públicas e o substituíram por “Adonai”, que significa “Senhor”. Isto tem sido levado, de certa maneira, para a nossa versão da Bíblia. A palavra “SENHOR”, escrita em letras maiúsculas, é freqüentemente utilizada no Velho Testamento no lugar de “Jeová” (Salmo 23:1).

C  Este nome significa “Eu Sou”. Ela refere-se a natureza eterna, independente, auto-existente e auto-suficiente de Deus. Há muitos deuses, mas um único “Jeová”.

D.  Tudo depende dEle, mas Ele existe independente de quaisquer coisas ou pessoas. Assim como o próprio nome “Eu Sou” sugere, Deus nunca muda e nunca pode ser um “era” ou “serei”. Este nome é a base dos “títulos de Jeová” utilizados por Deus. Estes títulos revelam um Deus auto-existente que representa tudo o que nós necessitamos. Aqui temos dois destes títulos:

1. O SENHOR JUSTIÇA NOSSA – Jeremias 23:6
2. O SENHOR que te cura ! Êxodo 15:26

E.  Todas as três pessoas da Trindade são referidas como “Jeová”. Isaías 40:3 nos ensina que aquele que João Batista anunciou era “Jeová” (Mateus 3:1-3). Note como Cristo se refere a Si mesmo em João 8:58. Ao compararmos Hebreus 10:15-16 com Jeremias 31:31-34 aprendemos que o Espírito Santo é Jeová. Cuidado com os “Testemunhas de Jeová” que negam a divindade de Cristo e do Espírito Santo. Até mesmo as passagens das Escrituras que eles tiraram o seu próprio nome, provam a divindade de Cristo (Isaías 43:10-11). Jesus significa “Jeová salva”. Jesus Cristo é o nosso Salvador. No Salmo 23:1 Davi diz: “Jeová é o meu pastor”. Mesmo o estudante da escola dominical deveria saber que Jesus é o bom, o grande e o Sumo Pastor (João 10:14, Hebreus 13:20, I Pedro 5:4).

F. A razão deste nome não ter sido explicado até aqui é digno de nossa consideração. Os patriarcas conheciam o nome de Deus, mas ele não foi explicado até que Deus tivesse provado sua veracidade e plenitude. “Jeová” nos lembra que as promessas de Deus nunca mudam e que Ele é tudo o que nós necessitamos. Os anos não enfraquecem a determinação nem o poder de Deus para com Seu povo (Malaquias 3:6). Pense quantas vezes Cristo se referiu a Ele mesmo como “Eu Sou”. Ele é tudo o que necessitamos. (Pergunte aos irmãos quantos “Eu sou” de Cristo eles se lembram).

V. MAIS INSTRUÇÕES ! VERSÍCULOS 16-20

Que trabalho difícil foi dado a Moisés. Deus sempre nos dá forças e encorajamento para realizarmos Seu trabalho. Note como Deus é específico com Moisés:

A. Moisés recebe as palavras exatas que deveria falar com os anciãos de Israel. Ele deveria deixar claro que a sua vinda era um cumprimento das promessas feitas a Abraão, Isaque e Jacó.

B. É assegurado a Moisés de que Israel o ouviria. Os anos de sofrimento serviram para despertar neles o desejo de redenção.

C. É dito á Moisés o que falar para o Faraó.

D. Moisés é avisado de que Faraó não o ouviria. Deus nunca esconde dos seus filhos as dificuldades da obra.

E. Deus deixa claro que a redenção seria o resultado do poder divino. A teimosia do Faraó seria um meio para demonstrar o poder de Deus. As dez pragas deveriam ser lembradas por Israel para servir de encorajamento na sua confiança em Deus (Salmo 105:26-45).

F. É assegurado a Moisés que Israel seria finalmente redimido do Egito (versículo 20).

VI. A PROMESSA RELEMBRADA

A palavra de Deus é cumprida em seus mínimos detalhes. Quem poderia imaginar que os Egípcios dariam suas riquezas a um povo escravo. Isto foi o que realmente aconteceu. Até mesmo este detalhe faz parte da promessa feita a Abraão (Gênesis 15:14).

Published inUm guia de estudo para o livro do Êxodo