Skip to content

Estudo sobre Gênesis 27

[Índice ou e-book (PDF gratuito) ou e-book (Amazon)]

INTRODUÇÃO

Este capítulo é rico em lições práticas para todos que dedicarem tempo na meditação destes eventos. Podemos aprender com a experiência adquirida através dos nossos próprios erros, ou por observarmos a vida de outros. Ao estudarmos a vida de outras pessoas, podemos aprender para onde certos caminhos levam, sem, no entanto ter que seguir os mesmos passos.

I. REBELIÃO – VERSÍCULOS 1-4.

Isaque agiu aqui em completa rebelião contra Deus. Mesmo sabendo que Deus havia escolhido Jacó [Gênesis 25:23], ainda assim ele buscou satisfazer suas próprias preferências. Talvez por ser um homem introvertido, ele admirasse a masculinidade e o estilo de vida rude de Esaú. Sem dúvida, ele se justificou de alguma maneira, mas deveria ser espiritualmente maduro para ver a carnalidade e a incapacidade espiritual de Esaú ser abençoado. Isaque simplesmente não se submeteu ao plano de Deus.

Não é significante o fato de que nem Rebeca e nem Jacó soubessem dos planos de Isaque? Normalmente, quando alguém era abençoado toda a família estava presente na celebração. O fato de Isaque querer ocultar o seu feito, mostra a rixa que existia na família. O comportamento de Rebeca também demonstra que ela sentia que Isaque não tinha uma mente aberta para a razão.

II. PRAGMATISMO – VERSÍCULOS 5-17.

O pragmatismo é a filosofia de que o fim justifica os meios. Atualmente, muitas pessoas sintam que contanto tentam fazer a vontade de Deus, todos os meios são válidos. Devemos aprender que a obra de Deus deve ser feita da Sua maneira. O propósito de Deus poderia ser realizado sem o comportamento pecaminoso de Rebeca e Jacó. Eles feriram a eles mesmos e a outros.

Considere como Rebeca e Jacó prejudicaram o testemunho deles. Eles eram pessoas que queriam fazer a vontade de Deus, enquanto Esaú era um rebelde profano. Qualquer que ler esta passagem sentirá dó de Esaú e desprezará as atitudes de Rebeca e Jacó. O mundo não se importa tanto com a carnalidade dos pecadores quanto com as falhas dos santos. Vamos servir a Cristo de maneira santa [Romanos 14:16]. Somos pessoalmente responsáveis a Deus. As dificuldades que estiverem fora de nosso controle, devem ser deixadas a cargo do poder de Deus, e não manipuladas pelos nossos métodos antibíblicos.

III. DECEPÇÃO – VERSÍCULOS 18-25.

Jacó era um crente, mas veja só a sua conduta: Ele até tomou o nome de Deus em vão enquanto executava seus astutos planos [vers.20]. A sua fé o levou a desejar as bênçãos, mas ele buscou isso de maneira carnal. Alguém observou esta situação da seguinte maneira:

A. Em Abraão, as doutrinas da eleição e chamada de Deus são muito bem ilustradas.

B. Em Isaque é ilustrada a doutrina do novo nascimento.

C. Em Jacó, apesar dos ideais de cima serem vistos, é a doutrina das duas naturezas do crente que é enfatizada. Jacó significa usurpador. A tendência de pensar e agir pela carne, parece ter sido o pecado que constantemente o afligia. Os Cristãos neste mundo ainda estão sujeitos as fraquezas da carne. Como Pedro, nós conhecemos muito pouco as nossas próprias fraquezas [Mateus 26:33-35].

IV. A BENÇÃO – VERSÍCULOS 26-29.

Esta benção não somente deu a Jacó benefícios materiais, mas a última parte do versículo 29 lhe assegura que as promessas feitas a Abraão se cumpririam através dele [Gênesis 12:1-3]. Jacó faria parte da linhagem do Messias.

A. Rebeca, ao invés de confiar que Deus realizaria Seus planos, usou de fraude e de sabedoria carnal. Por causa disso, Jacó teve que fugir, e ela não pôde ver mais o filho favorito. A ameaça de Esaú foi motivada pelo plano dela. Isso nos lembra dos problemas que Abraão e Sara causaram a eles mesmos com o esquema que envolvia Agar.

B. Jacó, em virtude de sua trapaça, teve que sair de casa e se sujeitar aos astutos intentos de Labão e de seus filhos [Gênesis 29; 31:41]. Ele também se viu forçado a assistir o seu caráter refletido na vida de suas esposas [Gênesis 31:19 e 34-35] e de seus filhos [Gênesis 34 e a história de José].

Finalizando, note que apesar de todos os esquemas e falhas dos homens, os decretos de Deus ainda são executados.

V. A SOBERANIA DE DEUS – VERSÍCULOS 30-38.

No versículo 29, vemos Isaque pensando que havia invertido o decreto de Deus. Aqui ele descobri que os propósitos de Deus são firmes [Provérbios 19:21]. As palavras finais do versículo 33 refletem a conscientização de Isaque de que não pode haver mudanças no plano de Deus. Ele parece estar dizendo: “ele será abençoado, a despeito do que você ou eu gostaríamos, porque esta é a vontade de Deus”.

Alguém pode sentir pena de Esaú, mas devemos lembrar que ele foi um homem ímpio que não somente foi indigno do direito de primogenitura e da benção, como também tinha conhecimento de que, pela vontade de Deus, estas coisas não pertenciam a ele. Hebreus 12:17 não é uma indicação de que Esaú estava arrependido de seu pecado, mas o desejo de que Isaque mudasse ou aniquilasse as bênçãos dadas a Jacó. Ele estava tentando aniquilar o plano de Deus. É triste o fato de que Esaú pudesse acusar Jacó de trapaça [vers. 36]. Como Jacó prejudicou o seu testemunho com tudo isso.

VI. A PROFECIA – VERSÍCULOS 39-40.

Esta profecia se cumpriu nos Edomitas que foram descendentes de Esaú como uma tribo. Eles nunca foram totalmente subjugados por Israel.

VII. PLANTANDO E COLHENDO – VERSÍCULOS 41-45.

Todos nesta família falharam diante de Deus e sofreram por isso:

A. Isaque se rebelou contra Deus e viu seus planos dar em nada. Seu filho favorito se deu mal e sua casa ficou cheia de intrigas.

B. Esaú perdeu as bênçãos e sua alma. Ele foi um homem que não amou a Deus, e nem o Seu povo. O seu intento de assassino para com Jacó é uma manifestação do caráter dele.

VIII. PAIS TRISTES – VERSÍCULO 46.

O casamento de Esaú com mulheres pagãs foi uma grande carga para Rebeca e Isaque [Gênesis 26:35]. Aqueles que amam a Deus não se sintam a vontade com a presença do mundanismo e a impiedade. Não há dúvidas de que os casamentos de Esaú acabaram produzindo muitas brigas e atritos no acampamento. Os Cristãos são orientados a se casarem com outros santos para o próprio conforto e edificação, como também para o bem estar espiritual dos seus filhos [II Coríntios 6:14; Malaquias 2:15]. Apesar de Esaú tomar conhecimento da viajem feita para encontrar uma noiva para Isaque [Gênesis 24], e do desgosto de seus pais a respeito de suas futuras noivas, ele não buscou uma mulher temente a Deus. Infelizmente, ele não tinha interesse em tais coisas.

Published inGuia de estudo para Gênesis