O Primeiro Batista Por Stanley E. Anderson

CAPÍTULO 2—CLARAMENTE PROFETIZADO

O PRIMEIRO BATISTA

Stanley E. Anderson

CAPÍTULO 2—CLARAMENTE PROFETIZADO

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"Eis que eu vos enviarei o profeta Elias ..." Malaquias 4:5

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João o Batista, entre as personalidades do Novo Testamento, é apenas o segundo, depois de Cristo, em proeminência nas profecias do Antigo Testamento. João foi prefigurado por Elias, profetizado por Isaías e prometido por Malaquias.

Jesus disse sobre João: “E, se quereis dar crédito, é este o Elias que havia de vir”. (Mateus 11:14).

O Espírito Santo disse sobre João: “E irá adiante dele [Cristo] no espírito e virtude de Elias” (Lucas 1:17). João de fato não foi Elias, ele admitiu isso para a comitiva de sacerdotes e levitas que vieram de Jerusalém. (João 1:21).

Mas o espírito e o poder de Elias eram tão evidentes na vida de João que Cristo disse dele: “Mas digo-vos que Elias já veio, e não o conheceram, mas fizeram-lhe tudo o que quiseram. Assim farão eles também padecer o Filho do homem. Então entenderam os discípulos que lhes falara de João o Batista”. (Mateus 17:12,13).

Elias prefigurou João o Batista de vários modos.

Elias foi “um homem peludo, e com os lombos cingidos de um cinto de couro”. (2 Reis 1:8). João foi um nazireu e sua roupa era de pelo de camelo “e com um cinto de couro em redor de seus lombos” (Mateus 3:4; Marcos 1:6).

Elias tinha discípulos, “os filhos dos profetas” (2 Reis 2:3-15), João também tinha discípulos (Lucas 11:1; João 1:35).

Elias pregou para o perverso rei Acabe (1 Reis 17:1), João também testemunhou para o perverso rei Herodes. Tanto Elias quanto João foram alimentados no deserto, na região do rio Jordão (1 Reis 17:3-6; Mateus 3:4, 5). Elias foi reconhecido como um homem de Deus incomum (1 Reis 17:24) João o Batista cujos antagonistas testificaram: “todos consideram João como profeta”. (Mateus 21:26).

Elias foi um evangelista destacado no Antigo Testamento.

Seu claro desafio: “Até quando coxeareis entre dois pensamentos?” (1 Reis 18:21) tem sido usado efetivamente por incontáveis evangelistas desde aquela época. Do mesmo modo, João o Batista chamou para uma verdadeira conversão, uma mudança de vida em sua pregação evangelística: “Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus”. (Mateus 3:2).

Elias derrotou 450 profetas de Baal. “O que vendo todo o povo, caíram sobre os seus rostos, e disseram: Só o SENHOR é Deus! Só o SENHOR é Deus!” (1 Reis 18:39). O êxito de João foi tão extraordinário, pelas imensas multidões que vinham para vê-lo e ouvi-lo: “E eram por ele batizados no rio Jordão, confessando os seus pecados”. (Mateus 3:6).

Elias tinha coragem suficiente para repreender o perverso rei Acabe e sua maligna esposa Jezabel (1 Reis 21:19-23), João sem medo algum falou para Herodes que não era lícito possuir Herodias, “mulher de seu irmão Filipe” (Mateus 14:3, 4).

Elias teve seus momentos de depressão e falta de coragem, debaixo de um zimbro (1 Reis 19:1-4). João o Batista, na prisão, parecia estar duvidoso sobre a autenticidade de Jesus Cristo (Mateus 11:3). F. B. Meyer, em seu “John the Baptist” (p. 112) escreveu: “A Bíblia não hesita em nos falar das falhas destes nobres homens: Abraão, Elias, Tomé”. (Usado com permissão da Zondervan Publishing House, Grand Rapids). João o Batista foi claramente profetizado por Isaías 40:3-5.

Esta profecia é citada em cada um dos quatro Evangelhos e todos menos Marcos nomeiam Isaías como a fonte. Estes três testemunhos, incluindo João 12:37-44, estabelecem a união em torno da autenticidade do livro de Isaías. (Alguns eruditos argumentam que um “segundo Isaías” escreveu os capítulos 40 a 66 e ainda outros sugerem até a existência de “três Isaías”).

“Voz do que clama no deserto” (Isaías 40:3). Assim começa uma nova expressão de consolo, como no versículo um: “Consolai, consolai o meu povo, diz o vosso Deus”. Quando João o Batista começou a pregar, Israel tinha “... já recebeu em dobro da mão do SENHOR, por todos os seus pecados”. (Isaías 40:2), e por esta razão que muitos ouvintes de João foram preparados para a consolação que ele trouxera. Olhando mais atentamente para esta profecia e seu cumprimento, deve-se observar que João foi uma voz; ele não foi um mero eco.

Ele não foi um pregador do tipo crítico literário, somente tendo conhecimento de fofoca sobre Deus; ele falou com autoridade porque conhecia a Deus e Sua Palavra intimamente. Sua pregação não foi mera oratória; foi uma mensagem vital do Senhor.

Ele não dependeu da sabedoria deste mundo que pode ou não ser correta; ele tinha uma revelação direta do céu (Lucas 7:29-30). Ele declarou a preciosa Palavra de Deus. Arthur W. Pink, em sua exposição do Evangelho de João (pág. 54, usada com permissão da Zondervan Publishing House, Grand Rapids, Michigan), disse: “Em primeiro lugar, a palavra existe (na mente) antes da voz articulá-la”. Assim Cristo existia antes da “voz” falar dELE. “Segundo, a voz é simplesmente um veículo ou meio pelo qual a palavra se torna conhecida”.

Assim João veio a ser testemunha da “Palavra“. “Novamente, a voz é simplesmente ouvida, mas não vista. João não estava buscando mostrar a si mesmo. Sua obra era para alcançar os homens para que eles ouvissem sua mensagem vinda da parte de Deus para que pudessem contemplar o Cordeiro. Finalmente podemos acrescentar que a Palavra perdura depois que a voz é silenciada”.

No deserto – que lugar para se começar a pregar! Ele não pregou no Templo judaico em Jerusalém, nem nas suas sinagogas, ou nas feiras abertas, pelas ruas. Ele pregou em áreas esparsamente ocupadas; então somente os que realmente estavam interessados iriam ouvi-lo. Grandes esforços, tempo e gastos seriam necessários para ver e ouvir este estranho pregador.

Como sempre, a curiosidade levou as multidões e neste caso elas não foram desapontadas. Elas estavam ouvindo um profeta verdadeiro, o primeiro desde Malaquias, depois de quatro séculos de silêncio. "Preparai o caminho do Senhor," era a sua missão e mensagem. João preparou o caminho para o ministério do Messias. Se ele não tivesse feito bem o seu trabalho como um agente avançado então Cristo provavelmente não teria tido um longo e desimpedido ministério como teve de fato.

Mas João ganhou uma multidão para Cristo, o que causou nos antagonistas homicidas de Cristo hesitar. Em uma ocasião eles disseram: “Não durante a festa, para que não haja alvoroço entre o povo”. (Mateus 26:5). João preparou o caminho do Senhor pregando doutrinas cristãs, ética cristã e retidão.

Ele declarou a deidade de Cristo tão bem que os que creram nele seguiram a Cristo incondicionalmente (João 1:35-49). O anúncio de Cristo através da pregação de João o Batista era tão digna de crédito que “… muitos iam ter com ele, e diziam: Na verdade João não fez sinal algum, mas tudo quanto João disse deste era verdade”. (João 10:41).Pastores do século 20 fariam bem se fizessem o mesmo, mas suas vidas e obras devem externar a verdade.

Pais que tenham filhos ainda no lar devem viver tão bem; eles devem caminhar em um caminho reto e seu relacionamento deve apontar para Cristo tão consistentemente que quando seus filhos seguirem seus exemplos, eles irão ir direto para Cristo. Quando isto ocorre – em incontáveis igrejas e lares felizes – então pastores e pais podem dizer como o apóstolo João: “Não tenho maior gozo do que este, o de ouvir que os meus filhos andam na verdade”. (3 João 4). “... endireitai no ermo vereda a nosso Deus. (Isaías 40:3c). João o Batista incendiou um rastro no deserto do mundo das religiões que existia como a mais plana existente, feita porém, pelo homem mortal.

Este construtor de estradas preparou o caminho que conduziu diretamente a Deus e o céu. Então quando Cristo veio para executar a sua obra na terra, Ele caminhou por esta mesma Estrada, levando Seus seguidores a salvação e para a casa do Pai onde há muitas mansões. Afortunados são todos os que tem exemplos vivos para seguir, cujos caminhos são tão planos e retos que não há perigo de errar ao seguir neles. A mãe do presidente Harry S. Truman, demonstrando o orgulho que sentia pelo seu filho, disse certa vez: “ninguém poderia abrir sulcos na terra tão retos quanto Harry”. Ela se referia a sua habilidade com os cavalos e um arado; o quanto é grandioso trilhar o reto e estreito caminho da retidão.

João o Batista não somente preparou uma estrada reta para o seu Senhor; ele também estabeleceu um exemplo para todo pregador seguir. Este texto de Isaías é também uma ordem para todo cristão. Obediência é obrigatório, não é uma opção. O doutor C.W. Koller fala de um pai que falhou nisto e acabou tendo a dolorosa experiência de perder seu filho. Junto ao seu túmulo ele ficou repetindo com lágrimas: “ele nunca ouviu seu pai orar, ele nunca ouviu seu pai orar”. Este fértil texto em Isaías diz mais. Declara com referência aos Evangelhos da divindade de Cristo. “Preparai o caminho do SENHOR; endireitai no ermo vereda a nosso Deus”. O texto se refere a Cristo. Ele é o nosso Deus e Salvador, não obstante todas as falsas e espalhafatosas “testemunhas” que há no mundo.

“Todo o vale será exaltado” (Isaías 40:4). O costume dos povos do oriente exige fazer uma preparação para a vinda de um rei que irá visitar uma cidade. Estradas tem que ser construídas e preparadas para o conforto do rei. A cidade ou província anfitriã empreende grandes gastos para causar uma boa impressão ao monarca. Esta é a imagem que Isaías concede em relação à obra do precursor do Senhor Jesus Cristo, o Rei dos reis e Senhor dos senhores. A construção de estradas modernas é um empreendimento que custa bilhões em dinheiro. As famosas auto-estradas da Alemanha construídas na época de Hitler com o fim de ter uma melhor eficiência logística militar durante a segunda guerra mundial são copiadas por muitos países a custos altíssimos. Estas super estradas são sempre planas, entrecortando vales e montes, tal como Isaías as descreveu milhares de anos antes. Certamente estas grandes estradas carregam lições morais! As que João construiu foram carregadas com a Verdade Eterna. “Os vales” que são exaltados podem se referir ao pobre e ao necessitado, os que são ignorados ou desprezados pelos poderosos deste mundo.

Jesus disse: “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus;... Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;”. O interesse pelos pobres é uma marca distinta do cristianismo. Quando João o Batista estava na prisão e necessitava de encorajamento, Jesus fez alusão aos Seus milagres de cura e então acrescentou: “... e aos pobres é anunciado o evangelho”.

O cântico de Maria fala do mesmo assunto belamente: “Depôs dos tronos os poderosos, E elevou os humildes. Encheu de bens os famintos, E despediu vazios os ricos”. A amável voz de Maria se harmoniza perfeitamente com o tom rude daquele primeiro Batista. O mesmo Espírito pode trazer música para todos os homens de boa vontade. Quando Cristo selecionou doze homens para treiná-los Ele não chamou os proeminentes saduceus ou fariseus ou os escribas, ao invés disso, Ele escolheu entre outros um pescador e um coletor de impostos. Nenhum dos doze era conhecido por ter sido erudito. Pedro e João eram “homens sem letras e indoutos” (Atos 4:13), porém se tornaram capacitados após serem treinados por Cristo e de serem cheios do Espírito Santo. E Paulo, conhecido por ser erudito, escreveu em ICo 1:26-29: “... não são muitos os sábios segundo a carne, nem muitos os poderosos, nem muitos os nobres que são chamados. Para que nenhuma carne se glorie perante ele”. Observe que Paulo disse “não são muitos”; ele não disse que “nenhum erudito é chamado”.

“Todo o vale será exaltado, e todo o monte e todo o outeiro será abatido;” (Isaías 40:4). Isto pode ser referir a pessoas orgulhosas, arrogantes hipócritas que Cristo expôs tão perfeitamente em Mateus 23 e em outras passagens. Pode se referir também a fariseus religiosos em todas as épocas. Mas deixe o homem examinar a si mesmo para ver se o orgulho o tem infectado. “Sonda-me, ó Deus... E vê se há em mim algum caminho mau” (Salmos 139:23-24).

Com cuidado alguém pode considerar a ânsia de alguns estudantes e seus igualmente ambiciosos professores que parecem estar enamorados e cativados por críticos que tem uma reputação por aprender muito. Como eles são fascinados por essa palavra “erudição”! Ser considerado erudito é seu mais estimado sonho; ser chamado de iletrado é um grande insulto. Alguns dariam seus braços direitos e até arriscariam suas almas eternas por este fogo-fátuo. Estranho ainda parece ser que estes buscadores de status prefiram orbitar em volta dos críticos da Bíblia mais prontamente do que em volta dos que acreditam na verdade bíblica. “Aprender pouco é algo perigoso”, especialmente para os que igualam erudição com ceticismo. Os que tentaram desprezar a divina revelação em favor de um moderno racionalismo, devem se lembrar que Eva caiu pela isca de satanás quando viu que o fruto era “desejável para dar entendimento” (Gn 3:6).

O Doutor T. A. Patterson escreveu no Baptist Standard (16 de Maio de 1962): o que está acontecendo hoje é que os homens estão enfatuados com os escritos de alguns teólogos alemães cujas visões em algumas circunstâncias não podem ser conciliadas com as Escrituras. Vá que eles possam ser excitados sobre a teologia no Novo Testamento! Isto pode acontecer também se os teólogos forem ler na luz da linguagem simples do Novo Testamento ao invés do fosforescente rubor da alta crítica teológica.

Isto pode ser permissível, até mesmo sensato, para estudantes que se tornam familiarizados com o pensamento de homens tais como Bultman, Tillich, Niebuhr, Barth e Brunner; mas a mensagem para o mundo deve ser: “Assim diz o Senhor”.

“... o que é torcido se endireitará,...” é a próxima parte da profecia concernente a João o Batista. Pessoas desonestas, tanto como pobres, estão sempre conosco. Zaqueu era da mesma forma um coletor de impostos desonesto até sua repentina conversão (Lucas 19:1-10). Ele foi rápido em corrigir todos os seus negócios. Mateus pode também ter sido um funcionário corrupto antes de sua conversão. Ele tinha sido ganho para o Senhor por João o Batista que também o batizou. (Atos 1:21-22 indica que os doze apóstolos, mais outros, tinham estado com o Senhor Jesus, "começando desde o batismo de João". Isto é notado mais detalhadamente depois, mas é importante lembrar que João o Batista VERDADEIRAMENTE preparou os doze para o Seu Senhor). Quando Jesus chamou Mateus ele se tornou um publicano honesto, sentando na coletoria de impostos, sendo justo com romanos e judeus (Mateus 9:9).

Sua prévia conversão o capacitou a seguir a Cristo imediatamente. “E ele, deixando tudo, levantou-se e o seguiu”. (Lucas 5:28). Ele deve ter “deixado tudo para trás”, nas mãos de algum ajudante que havia treinado e o alertara que tal chamado poderia acontecer a qualquer momento. Esta suposição responde por todos os fatos envolvidos.

Então Mateus fez “um grande banquete em sua casa” e convidou a muitos publicanos para ouvir Jesus”.

Convidar não salvos para uma refeição, com o plano de falar sobre Cristo, é ainda um dos mais efetivos métodos usados para ganhar as pessoas para o Senhor.

“... e o que é áspero se aplanairá”. (Isaías 40:4).

Lucas traduz isto: “… os caminhos escabrosos se aplanarão;...” (Lucas 3:5).

Nossas ruas e estradas tem bastante trabalho de manutenção para prover uma boa circulação de veículos. No campo religioso, atapetamos o chão de nossas igrejas, colocamos almofada nos bancos, ar condicionado e iluminação macia e indireta, porteiros meticulosamente treinados, coros e pregadores - tudo para o conforto. Mais corretamente, o Evangelho de João e de Cristo removem a aspereza das tristezas, doenças, mortes, julgamentos e tentações.

O que segue toda esta preparação descrita por Isaías? Ele nos diz no versículo seguinte: “E a glória do SENHOR se manifestará, e toda a carne juntamente a verá, pois a boca do SENHOR o disse”. (Isaías 40:5).

Lucas diz: E toda a carne verá a salvação de Deus. (Lucas 3:6).

Toda vez que o Espírito Santo direciona os sermões, como Ele fez nas pregações de João o Batista, então a glória do Senhor será manifestada. Mas nenhum homem pode exaltar a si próprio e ao Senhor ao mesmo tempo. Se um pregador tiver propósito de ser conhecido por sua sabedoria, eloquência ou popularidade, o Senhor será minimizado na mesma medida. Um ministro que busca sua própria satisfação não é um ganhador de almas. Por outro lado, quem honra a Deus irá ser por Ele honrado. “... aos que me honram honrarei” disse o Senhor na 1 Samuel 2:30. E Davi falou sabiamente em Salmos 34:2: “A minha alma se gloriará no SENHOR; os mansos o ouvirão e se alegrarão".

“E toda a carne juntamente a verá”, Isaías escreveu isto muito antes da televisão mostrar milhares de convertidos respondendo ao apelo de Graham assistido ao redor do mundo. E a Palavra de Deus, pelo menos em parte, pode agora ser lida pelas pessoas de mais de cento e quatorze diferentes idiomas e dialetos. Certamente, "a profecia é o molde da história", agradecemos a Isaías por esta profecia do primeiro cristão do Novo Testamento.

A majestosa mensagem de Malaquias, o último profeta do Antigo Testamento, prediz a João o Batista e faz menção de sua missão. “Eis que eu envio o meu mensageiro, que preparará o caminho diante de mim; e de repente virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais; e o mensageiro da aliança, a quem vós desejais, eis que ele vem, diz o SENHOR dos Exércitos”. (Malaquias 3:1). As duas primeiras frases deste versículo são citadas de João o Batista (Mateus 11:10; Marcos 1:2; Lucas 7:27). Portanto, Malaquias reforça a profecia de Isaías. E João estava satisfeito em ser um mensageiro de Seu Senhor.

O Antigo Testamento fecha com uma profecia predizendo João o Batista, corroborada por Lucas 1:17. “Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia do SENHOR; E ele converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha, e fira a terra com maldição”. (Malaquias 4:5-6).

Esta passagem sugere uma grande melhora na vida nos lares. As altas taxas de divórcio na América, lares infelizes, delinquência juvenil e terríveis índices de crimes, tudo isso clama pela receita feita por Malaquias e cumprida por João o Batista. Por cristianismo verdadeiro se entende lares felizes, cheios de amor mútuo.

Em Gênesis 37, os irmãos mais velhos de José foram muito cruéis com ele; eles o teriam assassinado se não fosse a intercessão de Rubem. Anos mais tarde quando tiveram seus próprios filhos, eles se tornaram "homens de verdade": seus próprios filhos tinham abrandado os seus corações. Assim, quando Deus procurou volver os corações dos pais, Ele enviou Seu Filho como uma criança para Israel. Mas mesmo antes de Cristo nascer em Belém, o Senhor enviou o pequeno João, nascido de Zacarias e Isabel. “E terás prazer e alegria, e muitos se alegrarão no seu nascimento,”(Lucas 1:14).

"The Luck of Roaring Camp" [A Sorte do Acampamento Roaring], uma história sobre a fronteira oeste americana mostra um relato feito por Bret Harte, apoiando o fato de que duros corações são amolecidos por crianças desamparadas. Um bebê nasceu de uma mulher (uma índia Cherokee); ela morreu durante o parto quando morava entre mineiros rudes. Os homens tinham designado alguém para cuidar da criança e em tudo eram solícitos em relação ao seu bem-estar. Os homens escolhidos eram pessoas brutas, cujas brigas e duelos de morte eram rotina, mas agora estavam ligados em amor a um pequeno menino. Esta característica da natureza humana explica a do primogênito de Maria. Mas um Herodes, um Hitler ou um Eichmann, quem pode resistir a um doce sorriso de um bebê? “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu...” (Isaías 9:6).

Antes desta criança nascer, antes do Filho de Deus ter vindo ao mundo em Belém, outra criança havia nascido. Um anjo do Senhor disse a seu pai: “... lhe porás o nome de João”. (Lucas 1:13).

A criança da profecia, tendo até mesmo seu nome predito, foi rica em promessas até antes de nascer. Em seu nascimento as pessoas diziam dele: Quem será, pois, este menino? (Lucas 1:66).

  Tradução com autorização do PBMinistries: Edmilson de Deus Teixeira
Revisores: Glailson Braga, Luiz Haroldo Araújo Cardoso e Calvin G. Gardner – 02/2010
Usado com permissão: www.pbministries.org
Fonte: www.palavraprudente.com.br