Cap 03

OS BATISTAS, OS PRESBITERIANOS E A LÓGICA

Dr. W. C. Taylor

Capítulo III

Nosso irmão dá a entender que os batistas não empregam, ou não querem que outros empreguem, a lógica em formular, pelos dados doutrinários da Bíblia, as doutrinas em que devemos crer. Engano dele. Só pedimos que haja dados. Não os há, na Bíblia, sobre batismo infantil. Manobrar lógica sem fatos é mistificar. Os frutos dessa mistificação são sempre sofismas.

Nenhuma objeção fazemos à sistematização das doutrinas bíblicas, ou aos nomes popularmente dados a estas doutrinas, se estes forem coerentes com as doutrinas, ou, sendo palavras bíblicas, forem empregadas no seu sentido bíblico. Não encontramos os termos teologia, cristologia, eclesiologia, soteriologia, escatologia, etc., na Bíblia. Mas tratam de inúmeras passagens bíblicas. Os termos nada tiram e nada acrescentam às verdades bíblicas que classificam. Apenas servem de rótulos de sistematização. Mas batismo infantil é rótulo de um frasco que está vazio de conteúdo bíblico. Não há uma sílaba na Bíblia a respeito deste assunto que se possa sistematizar. Então, para que o rótulo? Rótulo, frasco e remédio vem de Roma pagã e papal.

Não lemos na Bíblia a frase “Inspiração da Bíblia”, mas lemos a doutrina a que damos este título. Não lemos o vocábulo trindade. Mas lemos que há um só Deus, e que ao mesmo tempo o Pai é Deus, o Espírito Santo é Deus, e o Filho é Deus. Esta unidade trina é a doutrina da Trindade. O nome nada acrescenta aos dados. A lógica apenas organiza em forma sistemática o que é patente nas declarações categóricas do Novo Testamento. “Batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” é doutrina da Trindade. O fato ali está. Um Nome, mas três pessoas em cujo único nome se batiza. Mas qual é o nome de uma criança batizada na infância na época apostólica? Não há lugar para a lógica organizar os fatos e relações dos elementos associados numa doutrina quando esta doutrina não existe na Bíblia, como é o caso da teoria humana do batismo infantil.

O ilustre autor identifica duas coisas que são bem diferentes. Ele diz que: “nenhuma igreja, nem mesmo a batista, pode reduzir o seu credo às doutrinas expressamente formuladas na Bíblia”. Contestamos que haja na Bíblia doutrina alguma “expressamente formulada”. O Dicionário de Seguier define formular assim: “Reduzir a uma fórmula. Receitar. Expor com precisão.” Formula ele define assim: “Modelo, que indica os termos exatos em que um documento público deve ser redigido.” Nada disto existe na Bíblia, nem credos nem artigos de fé nem catecismo nem dogmas nem teologia sistematizados. Todas as tais coisas são invenções humanas, de relativa importância e exatidão, de efêmera utilidade e de absolutamente nenhuma autoridade sobre a consciência. As verdades que, porventura, encerrem tem autoridade, mas não as formulas em si por homens adotadas para expressar tais verdades.

Pois bem. Cedido isto, o autor, qual mago indiano que faz desaparecer no ar moedas preciosas e começa a tirar do mesmo ar tiras infindas de papel de seda, transforma esta premissa cedida em coisa radicalmente diferente – a hipótese de ser verdade cristã uma idéia ou prática que a Bíblia nem declara, implícita ou explicitamente, e de que não temos nem mandamento nem exemplo nem menção de espécie alguma. Assim fazendo, dá-se um escorpião a quem pede um ovo.

A linguagem do irmão é bem diferente do caso que procura amparar:

“Doutrinas como a da Trindade e a união teantrópica só estão na Bíblia como o minério precioso nas entranhas da terra: é mister o trabalho de extração. Sem esse trabalho, a revelação divina ficaria reduzida a um mínimo tal que a deixaria quase anulada.” (pág. 11).

Aqui não há nem lógica nem lealdade à Bíblia. Se o minério na mina não for extraído, pelo menos lá fica e não é reduzida a coisa nenhuma. Seus ricos veios apenas aguardam quem ainda os venha descobrir. Outrossim, minério na terra é mistura de mineral e cascalho. O irmão presbiteriano não ousará afirmar a existência de cascalho na Bíblia! O ouro na sua mais refinada pureza ali está. Mas nosso irmão dirá que não é cunhado. E nem o queremos. Os governos humanos quando cunham suas moedas usam uma parte de ouro e o resto de materiais inferiores, e tudo é fabricado com a efígie do pecador que é soberano no mesmo governo. Assim é com os dogmas, credos e catecismos. Levam a efígie de quem os cunhou. Os batistas preferem o ouro puro em barra ou pó às misturas lógicas que são 90% de lógica e 10% bíblicas. A dificuldade com a hipótese de aspersão infantil é a de que não tem minério. É moeda espúria, de chumbo grosso, estampado com a efígie de pontífice romano ou de reformador protestante. O autor poderia expulsar da linguagem humana o vocabulário Trindade e a lógica dos concílios eclesiásticos e ainda ficaria em ouro fino de absoluta pureza a verdade de que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são o único Deus vivo e verdadeiro. O irmão poderia banir do dicionário sua palavra ambiciosa “teantrópica” e ainda diante do homem Jesus nos ajoelharíamos, exclamando: “Senhor meu e Deus meu”. Mas onde está a mina e qual o minério bíblico do batismo infantil? Batismo encontro, e infante encontro, mas nunca os dois associados nem mencionados na mesma conexão! Ai do pobre sacramento! A mina da qual foi tirado em toda a sua impureza foi a mina do paganismo batizado dos séculos pós-apostólicos. O que não está na Bíblia por mandamento nem menção nem exemplo não está na Bíblia por inferência. Inferências muito podem, se tiverem ponto de apoio. Sem ele, são tão impotentes como âncoras perdidas no fundo do mar.

Vamos mais amiudadamente, neste terreno das funções da lógica em examinar e usar a Bíblia, para formular nossas convicções doutrinárias.

Nosso bom amigo da lógica fala várias vezes em indução e dedução. Vamos ver como ele as empregará na descoberta da doutrina bíblica.

Não escrevemos apenas para homens de escolas superiores, portanto, cumpre explicarmos o que é indução, pois escrevemos também para o elemento popular. É o método preferido da ciência hodierna que consiste em observar os fatos em inúmeros casos particulares até se chegar a uma conclusão geral. O valor do método depende do número de casos estudados, da fidelidade da observação e comparações, e do juízo com que se generaliza.

Um menino que observa os homens tirará logo a conclusão de que tem duas pernas. Não viu todos os homens no mundo, mas viu tanto que fez esta indução baseada nas suas observações e na comparação de inúmeros casos particulares.

Mas um caçula cuja mãe e irmã casada só tivessem um olho, poderia pensar que todas as mães fossem zarolhas. Seria uma indução falsa por insuficiente observação dos fatos.

Igualmente, um homem preto de uma tribo africana do contato com outros povos bem poderia pensar que todos os homens são pretos; um menino de alguma tribo nas florestas de Mato Grosso talvez tenha feito a indução de que todos os homens são caboclos; e na China houve milhões da raça humana que, ao ver os primeiros missionários, não gostaram nem da cor nem do cheiro do homem branco. Negaram que fosse homem e se convenceram que era “diabo branco”! Induções falham quando são baseadas em limitadas observações dos fatos ou no preconceito do observador.

Ora, nosso irmão, que, não tendo Escritura, se refugia na lógica, todavia, viola a lógica da maneira mais extraordinária. Veremos adiante que ele tem tanto preconceito contra a imersão que nem quer admitir que os personagens da Bíblia mergulhassem as mãos na água para lavá-las. Tem de ser ou por aspersão ou por afusão. E sabeis a prova que se apresenta? É Elias e Eliseu. Eliseu derramou água sobre as mãos de Elias. Agora vamos usar a indução e, com apenas dois homens rústicos como base da comparação, tiramos a conclusão maravilhosa de que nunca os israelitas lavaram as mãos por imersão até aos dias de hoje.

“O que se dava no tempo de Elias,, deu-se também no de Cristo, porque os judeus são tenacíssimos na conservação de seus hábitos e, até hoje, dizem viajantes, é esse o modo pelo qual os habitantes da Palestina lavam as mãos.”

Notai essa indução. Só se olha para dois judeus da antiguidade e tira-se uma conclusão sobre os hábitos de centenas de milhões de judeus através de quarenta séculos! É lógica isso, ou é o preconceito de uma idéia fixa? E sem observação alguma, pelo simples boato de viajantes, cujos nomes não são declinados, se inclui que os judeus antigos, herdeiros de todas as mais ricas civilizações da antiguidade, e também os imigrados para a Terra Santa, hoje em dia, dos países mais adiantados no mundo, em todo este prazo de 30 séculos não mergulharam as mãos numa bacia. A prova antiga é dois homens rústicos. A prova moderna sobre os costumes dos judeus é que viajantes anônimos afirmam que os árabes seguem o mesmo costume de Elias. É preciso possuir generoso otimismo para julgar que semelhante raciocínio é lógico.

Outro exemplo de como o autor usa a indução como método de raciocínio é sua instância sobre a presença de criancinhas nas famílias batizadas no tempo apostólico. Vejamos como nosso irmão pedobatista emprega este método predileto da ciência.

Primeiro, ele procura reduzir a nove o número de casos e observar, arbitrariamente, distinguindo entre

“grupos anônimos registrados em bloco, o de pessoas cujos nomes se declinam... Consta esta penas de nove casos, cinco dos quais (Cornélio, Lídia, o carcereiro de Filipos, Crispo e a família de Sóstenes) foram batismos de famílias.”

Notem o processo da indução falaz. Logo no princípio, se esforça em fechar os olhos a todos os casos, menos sete, salientar que cinco dos sete eram batismos de famílias, e por inferência supor a probabilidade da existência de criancinhas nessas famílias, embora a Bíblia esclareça indubitavelmente que não as havia.

Contestamos primeiro que tivesse havido só nove batizados cujos nomes sabemos. Sabemos os nomes dos doze apóstolos e Pedro categoricamente afirma que para ser apóstolo era preciso ter participado do movimento cristão, “começando desde o batismo de João” (Atos 1:22). São doze batizados e a esses se acrescentam mais dois, igualmente qualificados – Barsabás e Matias. São quatorze. Temos Apolo que só conhecia o batismo de João (Atos 18:25), (mas não foi batizado; logo, seu batismo era reconhecido como batismo cristão). São quinze. Temos em Rom. 16 os nomes de Prisca, Áquila, Epêneto, Maria, Andrônico, Júnia, Amplias, Urbano, Estáquis, Apeles, Herodião, “os que estão na casa de Narciso que estão no Senhor”, Trifena e Trifosa, Pérside, Rufo, Asíncrito, Filegonte, Hermes, Pátrobas, Filólogo, Júlia, Nereu e sua irmã, Olímpia. A todos estes vinte e quatro cujos nomes são declinados, Paulo escreve: “Fomos, pois, Sepultados com ele na morte pelo batismo.” Quinze e vinte e quatro são trinta e nove. Paulo afirma que os colossenses foram “sepultados juntamente com ele no batismo, também ressucitados” e enumera Onésimo e Epafras como pertencendo aquela igreja, embora estando ausente, e Arquipo como estando presente. Mais três, são quarenta e dois. Paulo pergunta a todos os coríntios cristãos, que recebiam suas cartas: “fostes batizados no nome de Paulo?” Ele não poderia dizer “fostes batizados” se não foram os membros da igreja batizados, não é? Pois bem. Entre esses batizados sabemos os nomes de Crispo, Gaio, a família de Estáfanas, Febe, Fortunato, Acaico, os da casa de Cloé, Erasto e Quarto. Cinco nomes por nosso irmão omitidos. Já montam a quarenta e sete, além dos nove por ele mencionados, cujo batismo é declarado pelo Novo Testamento – cinqüenta e seis ao todo. Mas a indução presbiteriana fecha os olhos à existência de quarenta e sete desses casos e logo consegue afirmar: Só sabemos por nome de nove casos de batismo: dois são de homens sem família: logo, temos a maioria, cinco em sete que são batismo de família. Está provado o batismo de crianças!!!

É um lado dessa indução falaz – eliminar de consideração todos os casos conhecidos, exceto os que têm probabilidade de provar o que se determinou provar, sejam quais forem os fatos.

Outro lado é deturpar os poucos fatos estudados, forçando-os a dar teoria desejada, embora haja ampla evidência na vizinhança de cada caso estudado para contradizer a teoria que se ambiciona fazer vingar. Vejamos os cinco casos. Logo encontramos um fenômeno maravilhoso. Um pedobatista admite a existência de uma família batizada sem que haja criancinhas na família. Tomem nota todos. É uma generosidade nunca vista. O reitor do Seminário Unido admite na página 36 da obra “Controvérsia Batista” que houve no Novo Testamento uma família batizada sem haver crianças na família. O autor infere que era uma família de adultos. Outra idéia fixa. Mas não importa. É uma família batizada e nela não havia crianças, pois todos creram. O reitor presbiteriano não acompanha Lutero em supor que uma criancinha pode crer. Logo, se creu, foi adulto! Uma família de “adultos” batizada. Já é concedido 20% do terreno. Convém ceder logo todo, pois iguais declarações esclarecem que as demais famílias não tinham crianças, como a de Crispo não as tinha.

Da família de Cornélio, Pedro afirmou categoricamente: “Deus, que conhece os corações, apresentou testemunho a favor deles, dando-lhes o Espírito Santo, como também a nós, e não fez distinção alguma entre nós e eles, purificando os seus corações pela fé.” O irmão presbiteriano aceitará este testemunho do próprio Deus, não é? Deus o fez valer em todos aqueles crentes da família de Cornélio pelo batismo no Espírito Santo, verificado pelo dom de línguas, antes do batismo na água (Atos 10:44). Ainda temos a profecia do anjo a Cornélio de que ele e toda sua casa seriam salvos – não ele por ouvir e crer no evangelho e as crianças por essa primeira salvação inata da teoria presbiteriana – mas ele, pai, mãe e filhos, todos seriam salvos pelas coisas que Pedro anunciaria, e para ouvirem as quais, Cornélio disse a Pedro: “Agora, pois, todos nós estamos aqui diante de Deus para ouvir tudo que te foi ordenado pelo Senhor.” Foi precisamente no momento em que Pedro proferiu, a esta família que unanimemente o ouvia, as palavras, “todo o que nele crê recebe a remissão de pecados”, que o Espírito Santo os salvou e batizou em dons milagrosos para dar a mesma demonstração de apoio à evangelização dos gentios que dera no dia de Pentecostes aos judeus. Ainda o irmão pode meditar na exclamação dos judeus ao ouvir de Pedro a narrativa da conversão de Cornélio e sua família: “Assim, pois, Deus também aos gentios deu o arrependimento para a vida” (Atos 1:18). A quem dera Deus o arrependimento senão à família de Cornélio? Oh! Lógica! Oh! Indução! Se tu tiveste razão em afirmar que na família de Cornélio eram todos adultos, por causa da simples sentença, “Crispo, chefe da sinagoga, creu no Senhor com toda a sua casa”, tu terias mais razão, nessas amplas Escrituras, de afirmar que todos da casa de Cornélio tinham ao menos 75 anos de idade. E a inferência seria menos arriscada e ousada do que muitas que a indução aspersionistas nos oferece. 40% do terreno de famílias batizadas está provado ser batismo de crentes. Avancemos.

Temos o caso do carcereiro filipense. Busquemos diligentemente as crianças naquele cárcere. São necessárias para salvar uma teoria queridinha de ir a pique no mar dos fatos bíblicos que lhe são contrários. Vinde, criancinhas do carcereiro. Apresentai-vos. Vinde também amas macedôneas de tais crianças e trazei-as convosco perante o público investigador! Queremos ver essas criancinhas.

Não se apresentam na cena. Que pena trazer criancinhas para o sereno naquela hora da noite! Só vemos e ouvimos Paulo clamando: “Crê no Senhor Jesus e serás salvo tu e a tua casa”. Com que verbo associa o ilustre reitor às palavras “a tua casa”? Com o verbo crer? Então toda a casa era capaz de ser crente – logo, na teoria do irmão presbiteriano, eram todos adultos. É com “serás salvo”? Logo, não eram as crianças possuidoras da tal salvação inata, salvas por serem crianças, pois o pai é convidado a cuidar da salvação de sua casa. Nós nos contentamos em fechar o parágrafo com as declarações categóricas da Palavra de Deus: “Ele , naquela mesma hora da noite, tomando-os consigo, lavou-lhes as feridas, e foi logo batizado, ele e todos os seus. Fazendo-os subir para sua casa, deu-lhes de comer e ALEGROU-SE MUITO COM TODA A SUA CASA, POR HAVER CRIDO EM DEUS” (Atos 16:34) (????????????????????????????????o advérbio?????????modifica o particípio ?????????????é um advérbio e, ao pé da letra, dá-nos a frase: “tendo crido com-toda-a-sua-casamente”. A unanimidade da família em crer não podia ser expressa mais idiomáticamente no grego). 60% do terreno vencido pela fé.

Fiquemos em Filipos e visitemos a hospitaleira casa de Lídia. Que coisa conveniente é a lógica presbiteriana! Pode conseguir logo, sem vislumbre de testemunho histórico, a indução de que há filhos da idade desejada para a sua argumentação na casa de uma senhora negociante, de quem nem se sabe se ela é solteira, viúva ou esposa estéril. Há uma barreira a transpor. A Bíblia nos afirma que Paulo e Silas, quando soltos da prisão “entraram na casa de Lídia, e, VENDO OS IRMÃOS, consolaram-nos” (Atos 16:40).

Nosso irmão se defende com tais induções em um sítio e se expõe desguarnecido em outra parte. É teoria de nosso irmão que o homem era chefe da casa, a família estava presa religiosamente à devida solidariedade com o pai, e a mulher era “propriedade do marido” (p. 19). Parece que Lídia nada sabia de ser ela “propriedade” de um mero homem, não é?, pois disse: “Se julgais que sou crente no Senhor, entrai em minha casa e ficai nela, e constrangeu-nos a isso” (Atos 16:15). A hipótese do mui digno reitor exige marido, e criancinhas nessa casa. Mas que insubordinação ao chefe da casa! Ou não existiu tal marido ou havia na família muito mais do odiado individualismo do que o distinto polemista gosta de admitir.

80% das famílias batizadas se arrolam entre os irmãos. Resta examinar mais uma.

A “família de Sóstenes” são os últimos 20% do terreno controvertido. A Bíblia não fala de tal família. Sem dúvida, nosso irmão estava esquecido, não quis ter o trabalho de olhar na Bíblia e ver quais as cinco famílias batizadas e não se pode lembrar de que a quinta família era “a de Estéfanas”, não a de Sóstenes. (por algum motivo estranhável a Versão Brasileira fala da “família de Estéfanas em I Cor. 1:46 e “a casa de Estéfanas em I Cor. 16:15. Mas o grego é idêntico, letra por letra, na soletração dos dois nomes, e não há motivo algum de se duvidar de que são da mesma pessoa. Paulo em 1:16 afirma que são entre os poucos por ele batizados e em 16:15 diz que são “as primícias de Acaia”. Eu suponho que ninguém as considera famílias diferentes. O “Dicionário Bíblico” do eminente presbiteriano Davis diz que é a mesma família de que se fala nas duas passagens).

Pois bem. É a última trincheira do batismo infantil. Vamos buscar as criancinhas nela. Paulo diz duas coisas concernentes a essa família: eram “as primícias da Ásia”, e “se dedicaram ao serviço dos santos”. Todos nessa trincheira são crentes e todos se ativam no trabalho cristão. Não há senão crentes batizados na casa de Estéfanas. Tiago (1:18) aplica o termo primícias aos que Deus regenera pela palavra da verdade. Logo, o termo aqui se refere a crentes. E eram crentes que podiam servir aos santos.

100% das famílias batizadas eram crentes antes do seu batismo. Não há vislumbre de caso de batismo infantil nas páginas da Escritura, nem por mandamentos, nem por interferência, nem por dedução, nem por lógica, nem por consideração alguma.

E para a consideração do irmão, no tocante à presunção de certos métodos de indução ousada, deixo declarado que no meu breve ministério já vi número consideravelmente superior a cinco famílias cujo batismo vi – número muito maior do que o irmão apresenta no ministério de um século todo de batismos por apóstolos e presbíteros – e vi tantas famílias batizadas por pastores batistas sem que houvesse uma criança em todas elas. Vi duas famílias batizadas no mesmo batistério uma só noite. Este fenômeno é muito mais comum entre os batistas hoje em dia do que parece ter sido no primeiro século cristão. Raro é o ano que eu não sabia de família batizada. E sou um entre dezenas de milhares no ministério batista. Logo, é um tanto temerária a declaração do opúsculo contra os batistas.

“Isto é suficiente para provar que os apóstolos não eram missionários batistas...”

Tantas induções falazes seguidas por uma dedução desairosa. Muitos concluirão precisamente o contrário do que o irmão tão desdenhosamente afirma.

Mais uma indução presbiteriana nos sirva de exemplo de como não se deve abusar da lógica para propaganda sectária e antibíblica:

“A circuncisão é um rito que pressupõe a fé, tanto como o batismo. São Paulo diz que Abraão recebeu o sinal da circuncisão como selo da justiça da fé que teve quando ainda era incircunciso (Rom. 4:11). O selo só pode ser afixado quando há documento a selar. Se a circuncisão, pois, é o selo da justiça que vem pela fé, esta devia anteceder-lhe necessariamente. Sendo isto verdade, os batistas deviam jurar de joelhos e mãos postas que uma criança não pode ser circuncidada. Se o argumento batista contra o batismo de crianças prevalecesse, eles seriam obrigados pela coerência a negar o fato ou a sabedoria da circuncisão das crianças. De fato, se uma criança não pode ser batizada por não ter fé então não podia ser circuncidada pelo mesmo motivo.”

Não me lembro, em toda a minha leitura, ter encontrado um caso de lógica igual! “Jurar de joelhos e mãos postas que uma criança não pode ser circuncidada.” Há quem duvide da possibilidade? Sendo a circuncisão um ato físico pode ser praticado sobre qualquer corpo masculino de qualquer idade, não é? Era o símbolo da nacionalidade e quanto mais cedo praticado melhor. Mas que a fé seja necessária para a circuncisão – só a cegueira sectária afirma tal contrasenso. Não foi o próprio Jesus quem nos afirmou que os judeus circuncidavam seus filhos ao oitavo dia? E não diz nosso irmão que para ter fé é preciso ser adulto? Como, pois, ter fé aos oito dias de idade?

No caso da lavagem das mãos, o sempre lógico reitor fez sua indução a respeito de milhões de homens, baseado no estudo de dois rústicos, Elias e Eliseu. No caso das crianças em famílias batizadas, fez a indução que justifica os milhões de batismos infantis na base da observação de nenhum exemplo sequer. Aqui é a mesma lógica. Num caso único, Abraão, já octogenário, foi circuncidado na sua velhice, depois de crer. Logo, basta. Está provado, por este único caso, que não pode haver circuncisão sem fé? Seria mais lógica a indução do filho de um asno que, pela observação dos dados ao seu alcance do pasto, tirasse logo a indução de que todas as criaturas de Deus têm orelhas compridas. Outra conclusão para milhões de casos, tirada do exame de um único caso. E o autor dessa indução quer criar a impressão de que os batistas são inimigos da lógica na interpretação das Escrituras! Há muitas tais induções nesse opúsculo.

Irmão, os batistas não fazem a mínima objeção ao emprego da lógica no estudo da Bíblia. Nossa tristeza é precisamente por ver o mais ilustre defensor de um sacramento indefensível cair em tantas contradições lógicas e assim enganar-se a si mesmo e aos que por sua palavra de tão fácil lógica sejam iludidos.

As falhas da lógica dedutiva irão também aparecendo a cada passo.

Eis-nos diante de uma peça de lógica em que o autor deliberadamente procura enfraquecer a autoridade divina de um dever cristão, a fim de igualar este dever, que mutuamente confessamos, ao estado de fraqueza e falta de autoridade divina em que se acha, confessadamente, o batismo infantil.

“Em primeiro lugar, está o domingo – que é uma intuição tão prática como o batismo. Toda a cristandade, exceto os sabatistas, tem esse dia como sacrificado. Entretanto, é uma verdade incontestável que não há na Bíblia mandamento formal para a guarda do domingo e nem este dia substitui o sábado. Por que motivo, pois, os batistas santificam o dia do Senhor?”

Valha-nos Deus! O amigo quer tornar-se “sabatista”? (Porque essa ortografia – “sabatista”? Há propósito nisso?) Pois, vejamos, inesperado defensor do sabatismo, se é somente em “ensino implícito” que nos orientamos.

Se não há mandamento formal, queira classificar o seguinte: “Ao primeiro dia da semana, cada um de vós ponha em sua casa, entesourando qualquer soma conforme tiver prosperado.” O irmão me dirá que isto não é mandamento? Então queira me escrever um mandamento que tenha como sujeito lógico “cada um de vós”. Certamente, Paulo entendeu que era mandamento. Ele diz na linha imediatamente anterior: “Quanto à coleta para os santos, fazei vós também o mesmo que ordenei às igrejas da Galácia”. “Fazei” é mandamento ou não? Paulo ordenou sem que desse mandamento? E se ordenou nas muitas igrejas da Galácia, e nesta Epístola, que visa principalmente à Igreja de Corinto, sendo também enviada às demais igrejas, “aos santificados em Cristo Jesus, chamados para serem santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome do Senhor Jesus Cristo, Senhor tanto deles como nosso” (I Cor. 1:2), onde encontramos mandamento novo de mais geral alcance? O leitor conhece um destino maior para qualquer Escritura do que o de que este mandamento faz parte? “Todos os que em todo lugar invocam o nome do Senhor Jesus”, “cada um de vós”. “Fazei” como “ordenei”. Se isto não é mandamento, queira nos escrever um mandamento.

Este dinheiro não era para um fim local. Foi uma grande empresa apostólica, internacional, em que todos os crentes gentios iam cumprir um dever de gratidão para com os crentes hebraicos na Palestina – portanto, uma empresa de interesse de dois continentes, de duas raças e de todas as igrejas que compunham a cristandade de então. Como, pois, irá um evangélico virar-se em mero eco do legalismo sabatista e negar mandamento tão categórico, sobre uma atividade cristã que enche muitas Escrituras em Atos, Rom. (15:25-27), I Cor. (16) e II Cor. (8 e 9)? Leiam estas passagens e contemplem os imperativos.

Que subterfúgio se procurará para dizer que “não há mandamento de guardar o domingo”? Será o vocábulo domingo, o esconderijo dessa lógica “sabatista”? É da sua escolha, não nossa. Sempre falamos do primeiro dia da semana. Mas não há sofismas neste terreno. O domingo não é o primeiro dia da semana? Se não é o primeiro, é o segundo ou qual é? Se é o primeiro, então o mandamento aqui é guarda-lo.

É assim com o batismo infantil? Há qualquer Escritura que diga: “Quanto ao batismo infantil, fazei vos também o mesmo que ordenei às igrejas da Galácia. Num dia conveniente, cada um de vós ponha seu filho recém-nascido nos braços da ama e leve-o perante o presbítero docente e ele aspergirá umas gotas de água sobre a pequenina cabeça”? Oh! Se houvesse! Se, ao abrirmos a Epístola, para ver se era local ou geral o ensino, pudéssemos descobrir que é destinada a todos que em todo o lugar invocam o Nome! E ainda lêssemos que no primeiro dia da semana o Cristo ressuscitado tanto reuniu seus discípulos como batizou umas crianças. E, na outra semana, outra vez o Salvador convocou uma assembléia do seu povo e batizou pequena gente irresponsável. E pudéssemos ler ainda que, num primeiro dia da semana. Paulo celebrou a Ceia para os membros comungantes e aspergiu vinte crianças para serem membros não comungantes. E se ainda no último livro da Revelação encontrássemos a própria frase “batismo infantil”, como encontramos a frase “dia do Senhor”, então de fato os cultos no domingo e o batismo infantil estariam no mesmo plano. Mas nada disto achamos sobre o batismo infantil nem mandamento nem menção nem exemplo. E tudo isto encontramos sobre o dia do Senhor – mandamento, menção e exemplo, e ainda a categórica declaração de que todo o sistema sabático é anulado e pregado nos cravos da cruz como letra morta, contas já pagas por Cristo (Col. 2:14-17). Que mais deseja o nosso irmão? E para que procura nivelar este montão de autoridade bíblica com o abismo de absoluta ausência de autoridade de espécie alguma que é a triste sorte da doutrina do batismo infantil?

Outro esforço para provar que a fraqueza do batismo infantil não é mais que a de costumes reconhecidos é este:

“Não há nas Escrituras declaração formal de que as mulheres crentes podem e devem tomar parte na Sagrada Comunhão, e nem sequer são nomeadas como participantes desse sacramento quando a Bíblia registra a sua celebração” (pág. 12, 13)

Quem teria esperado isso de um intérprete da Bíblia?

Atos 2:43-45 afirma que “todos os que criam estavam unidos e tinham tudo em comum... Diariamente perseverando unânimes no templo, e, partindo o pão em casa, comiam com alegria e singeleza.” O irmão opina que “todos os que criam” inclui ou exclui as mulheres crentes? Não é dito que a primitiva igreja em Jerusalém era composta de 120, inclusive “as mulheres e Maria, a mãe de Jesus”? E sendo acrescentados 3000 no dia de Pentecostes, não lemos: “Os que receberam a sua palavra foram batizados, e foram admitidas naquele dia quase três mil pessoas; e perseveraram na doutrina dos apóstolos e na comunhão”? – Foi “Sagrada Comunhão” ou Comunhão não sagrada? Se não havia mulheres entre estes milhares de pessoas, como disse Pedro que se cumpriu naquele dia a promessa: “Vossos filhos e vossas filhas profetizarão – e sobre os meus servos e sobre as minhas servas derramarei o meu Espírito naqueles dias” (Atos 2:17,18)? É possível que alguém seriamente negue a presença de mulheres naquela igreja, e seus atos, ou negue ou Lucas, nos Atos, afirma que havia mulheres entre essas 3000 pessoas que perseveraram na “sagrada comunhão”? E não é a passagem clássica sobre a Ceia a de I Cor. 11, e não é descrita como sendo ato da Igreja reunida, e não é a primeira parte do mesmo capítulo dedicado ao assunto do decoro das mulheres na mesma igreja? Se, pois, a Ceia é ato da Igreja de Corinto, e é várias vezes, na mesma epístola, declarado que nela havia mulheres, como é que não são declaradamente incluídas quando se afirma, no mesmo capítulo que discute as mulheres na igreja, que em celebrar a Ceia “vos congregais” (v. 17), “vos congregai na igreja” (v. 18), “vos reunis no mesmo lugar”, “reunindo-vos para comer a ceia” (v. 33)? Não se fala de homens também, pois não é ato masculino; e não se fala de mulheres, pois não é ordenança feminina, mas se declara a presença e responsabilidade da igreja como igreja em capacidade congregacional, e, nesta capacidade, a Epístola categoricamente afirma incluir tanto homens como mulheres. Há nesta negação propósito? Há no capítulo clássico sobre a Ceia menção de mulheres na igreja e imediatamente depois menção da Ceia ser o ato da igreja “congregada” , reunida. Mas onde temos tal conexão íntima entre criancinhas e o batismo? Não é nenhuma astúcia de lógica eclesiástica que admite mulheres à “sagrada comunhão”. Participaram pela autoridade do Novo Testamento. Quão longe é isto de ser paralelo ao caso falido do batismo infantil.

Mais um esforço para provar que há autoridade para o batismo infantil, no mesmo fôlego em que se proclama que ele, como umas outras coisas citadas, está sem autoridade alguma, se acha no seguinte:

“Outro fato encontraria argumento batista é que as Escrituras não condenam abolição da escravatura” (p. 12).

Não. Mas o Novo Testamento esclarece nitidamente que a escravatura não tem relação alguma com a salvação, a igreja ou a comunhão cristã, e que em Cristo Jesus “não pode haver nem escravo nem livre” (Gal. 3:28). E há uma epístola na Bíblia especialmente orientada um proprietário para libertar um seu escravo (Filemom 16:17). Há muitas outras escrituras sobre os direitos de escravos nos Evangelhos, mas nenhuma sobre o lugar de batismo infantil. O irmão pedobatista não negaria que há princípios fundamentais no Novo Testamento que uma vez compreendidos aniquilariam a escravatura na sociedade, como desde o princípio foi aniquilada em coisas espirituais. Mas qual o princípio fundamental que serviu de base de introduzir no cristianismo, em séculos subseqüentes ao apostólico, o batismo infantil? Sabemos que o Novo Testamento não pode aniquilar a escravatura na sociedade, porque foi inspirada para igrejas e não dado a governos para sua orientação. Mas o batismo infantil nada teve com governos civis. Por que não foi logo abertamente incorporado no Novo Testamento? Se com segurança se podia mandar o batismo de homens e mulheres, muito mais fácil se poderia mandar o batismo infantil. Mas Deus não mandou, nem mencionou, e a única razão adequada é que Deus não o quis.

Outra passagem desvirtuada para fazer uma distinção arbitrária entre adultos e crianças e tornar a lógica em madrasta das crianças é II Tess. 3:10-12: “POIS AINDA QUANDO ESTÁVAMOS CONVOSCO, ISTO VOS MANDAMOS, que, se alguém não quer trabalhar, não coma. Temos ouvido que alguns andam entre vós desordenadamente, que nada fazem, antes se intrometem nos negócios alheios; a estes tais ordenamos e rogamos no Senhor Jesus Cristo que, trabalhando sossegadamente, comem o seu pão.” O autor cita apenas: “Se alguém não quer trabalhar, não coma”, como se fosse um mandamento universal e, portanto, um caso em que temos base para a distinção de adultos e crianças na obrigação de cumprir o que as Escrituras mandam. Diz o folheto:

“Ora, as crianças não trabalham, logo devemos deixa-las sem alimentação.”

“Se as Escrituras proíbe batiza-las, proíbe igualmente alimenta-las.”

Como é que o irmão tirou estas palavras de clara aplicação local, limitadíssima, a uma só igreja e a um só grupo naquela igreja e as quer tornar um mandamento universal, paralelo com a Grande Comissão? É essa a devida moral da polêmica?

Bastava citar toda a sentença e o argumento cairia por terra. E nada há de distinção entre adultos e crianças! Pois se o irmão quer aplica-lo a adultos indiscriminadamente terá de deixar de alimentar muitos velhos e paralíticos e asilados e os doentes nos hospitais e as mães prostradas com dores de parto e viajantes em navios e mil outras classes de adultos.

Mas se quer estender o seu alcance às crianças não vem ao caso o assunto do batismo. Alguém conhece, porventura, um trabalhador adulto que preste que não tivesse trabalhado antes de ser adulto? Trabalha-se muito e se aprende a trabalhar na aprendizagem antes de ser adulto.

E o mandamento não diz: “Quem não trabalha não coma”, mas “Quem não quer trabalhar”. Seria preciso o erudito defensor do batismo infantil tornar-se caluniador das crianças e afirmar que “não querem” trabalhar, o que, geralmente, seria falso. Pois, quando somos crianças, o trabalho nos interessa mais do que depois e queremos participar do que fazem os adultos.

E mesmo se voltarmos à idade em que o irmão asperge crianças, estas mesmas trabalham. Nascem trabalhando. Crescem trabalhando. Vivem se esforçando. Esforçam-se até com pulmões e braços e pés em protesto contra a fútil aspersão ritualística a que são submetidas. Trabalham a seu jeito, e, se não trabalharem, definham e morrem. Se o digno pastor tivesse de movimentar seus braços, pernas e músculos todos, num só dia, tanto quanto uma criança faz em 24 horas, ele ficaria doido ao fim deste dia e, no dia seguinte, estaria morto de cansaço! Não, senhor. As crianças não deixam de trabalhar. O nosso intérprete citou mal a Escritura e deu-lhe interpretação pior.

Com esses abusos de lógica contrastemos a lógica empregada pelos batistas. Nossas igrejas em geral não aceitam o batismo administrado por leigos. Examinamos todos os batismos no Novo Testamento. Não temos certeza de nenhum batismo leigo. Temos a norma de batismo por João, oficialmente designado por Deus para isto, de apóstolos consagrados oficialmente por Jesus, de presbitérios que Paulo separou conforme a escolha das igrejas, de evangelistas como Filipe – sabendo nós que o único caso de menção de imposição das mãos de um presbítero na Bíblia é do evangelista Timóteo – e, portanto, quando temos de decidir se Ananias que batizou a Paulo era leigo, recuamos de semelhante hipótese. A Epístola de Tiago é a Escritura mais próxima ao evento e mostra haver abundância de presbíteros em toda parte onde a Epístola havia de vir (Tiago 5:14) (e chegaria em primeiro lugar a Damasco, na Dispersão). Logo havia presbíteros ali e nada mais natural do que Ananias, que recebera a visão do Senhor, ser um destes ministros de Deus. Portanto, nossa indução encontra a norma de batismos por homens sagrados, e não vemos evidência de ser batismo de Paulo uma exceção. Por conseguinte, seguimos a norma patente do Novo Testamento. É assim que os batistas empregam a indução. Mas quando buscamos os casos de batismo infantil, nem mandamentos nem exemplos nem menção nem norma de espécie alguma há para imitar. Não há, pois, possibilidade de uma mente isenta de propósitos sectários formar pela razão imparcial a indução de batismo infantil.

 

Autor: Dr William Carey Taylor
Fonte: www.palavraprudente.com.br

Digitação: Daniela Cristina Caetano Pereira dos Santos - 23/08/05

Revisão: Luis Antonio dos Santos - 24/08/05