Diferenças Doutrinarias entre Batistas e Presbiterianos - XI

Dr. W. C. Taylor

P. S. (Julguei melhor analisar a diferença entre a doutrina presbiteriana de que um “sacramento” é o selo da fé e a doutrina apostólica de que o selo é o Espírito Santo).

O selo do crente é o Espírito Santo. Roubar-lhe esta função e atribuí-la a um sacramento é perder grande parte da espiritualidade do cristianismo. O batismo nunca é chamado nem sacramento nem selo, na Escritura. A aplicação do termo selo ao batismo é invencionice eclesiástica. Não há silaba de autoridade por semelhante sacramentalismo, nem vislumbre de apoio a tal idéia, no Novo Testamento.

Qual o valor de um selo?

1. Indica validez. O Espírito Santo é o selo do crente. Sem seu contato vital e regenerador ninguém é salvo.

Mas, segundo os presbiterianos, o batismo é o selo. Será que sem o batismo não é valida a salvação? É superstição pagã, mero romanismo. Pelo contrario, o N. T. ensina tão somente o batismo de crentes. Sem a fé salvadora anteriormente experimentada, nenhum batismo é valido. A ênfase batista é espiritual. O Espírito é o selo.

2. O selo marca possessão, afirma propriedade, esclarece o nome do Dono. O Espírito Santo é o selo do crente. Ele sela em nós a marca da propriedade divina. Sua impressão em nossa vida e caráter é a prova cabal de que somos de Deus.

Havemos de abandonar esta doutrina e fazer do batismo o selo? Pois que? Quem não for batizado não é de Deus? Não pode demonstrar ser possessão divina? Não é propriedade do nosso Pai? Contestamos. É mentira de Roma e de seu paganismo “rantisado”. Um ato físico não é a marca de qualidade ou estado espiritual. Esta marca tem de ser espiritual, não sacramental, como nós somos espirituais.

3. O selo protege e sagra o que é selado de modo que se torna inviolável. As urnas lacradas com o selo do Estado, mãos de estranhos não as violam, roubam ou abrem. Nós somos selados “até aquele dia”. Ninguém pode invalidar nossa salvação eterna em Cristo. O Espírito Santo é o selo divino em nós que nos garante eternamente, assegurando nossa salvação.

É um sacrilégio transferir para um “sacramento” esta obra do Espírito Santo. Tal cerimonialismo é crassa heresia, desonra ao Espírito de Deus, promove o materialismo sacramentalista e guerreia contra a espiritualidade da fé, do individuo, da igreja e da civilização. É um grave desserviço á causa evangélica. É um erro de Roma que Calvino tomou emprestado.

Selo de crente – só o Espírito de Deus!

 

Autor: Dr William Carey Taylor
Digitação: David C. Gardner 11/2008
Fonte: www.palavraprudente.com.br