PONTOS IMPORTANTES DA PRESERVAÇÃO DA BÍBLIA
David Cloud,
http://wayoflife.org
Deus
não prometeu impedir que os escribas cometessem erros ao copiar a
Bíblia ou
impedir que os heréticos tentassem falsificá-la. O que Ele prometeu foi
manter
a Bíblia [perfeitamente] pura para sempre (Salmo 12:6-7), e
[incessantemente]
preservá-la em uso prático entre Seu povo (os judeus no Antigo
Testamento (Rm
3:1-2) e as igrejas no Novo Testamento (Mt 28:19-20)).
“A palavra do Senhor, porém, permanece
eternamente.
Ora, esta é a palavra que vos foi evangelizada” (I Pe 1:25).
“Céus e terras passarão, mas Minhas palavras não passarão” (Mt 24:35)
Claro que havia três tipos de escribas: os fidedignos, os descuidados e
os
heréticos e Deus usou os escribas fiéis para depurar quaisquer erros
que se
insinuavam nos manuscritos feitos pelos menos fiéis.
À medida que olhamos para a história podemos ver que houve pontos
importantes
no processo da preservação bíblica. Isto é verdade nas épocas do Antigo
e do Novo Testamentos. Houve tempos de
renovação spiritual em que
uma atenção mais cuidadosa foi dada às Escrituras e quaisquer erros que
podem
ter se insinuado pelos negligentes foram corrigidos.
PONTOS IMPORTANTES DA PRESERVAÇÃO DO ANTIGO TESTAMENTO
Foi
para os judeus que Deus designou a tarefa de preservar o Antigo
Testamento
hebraico (Rm 3:1-2). Em Romanos 3, Paulo descreve o Antigo Testamento
como
verdadeiros “oráculos de Deus” e os judeus se comprometeram com esses
oráculos.
Muito embora nem sempre obedecessem às Escrituras, eles tinham por elas
[total]
reverência e acreditavam que cada jota e
til eram a
Palavra inspirada de Deus.
Em particular, eram os sacerdotes judeus os responsáveis pelos cuidados
com as
Escrituras (De 31:24-26; 17:18)
Embora houvesse períodos de deslize spiritual em que as Palavras de
Deus eram
quase desconhecidas entre os judeus (II Cr 15:3), Deus preservou Sua
Palavra,
apesar da falha humana. A Palavra de Deus não se perdeu permanentemente
(II Rs
22:8)
Houve pontos importantes no processo de preservação durante aquela
época, Houve
tempos de renovação spiritual em que uma atenção mais cuidadosa foi
dada às
Escrituras e quaisquer erros que porventura pudessem ter se insinuado
por causa
dos negligentes [e dos conscientemente malévolos] foram corrigidos.
1. Um dos pontos importantes na transmissão do texto do Antigo
Testamento foi o
reavivamento durante os dias do Rei
Ezequias. Foi
nessa época, por exemplo, que os homens copiaram os provérbios de
Salomão (Pv 25:1)
2. Houve outros reavivamentos durante os
dias de Jehosafat e Josias
e sem dúvida
foram tempos em que as Escrituras receberam especial atenção e o
processo de
formação do Vânon e de preservação
continuou.
3. Após o cativeiro babilônico houve um reavivamento
dentro do sacerdócio judeu (Ez 7:10) e as
Escrituras
do AT continuaram a ser preservadas. “Através de Esdras e
seus sucessores, sob a orientação do Espírito
Santo, todos os livros do AT foram reunidos em um cânone do AT, e seus
textos
foram purgados de erros e preservados até os dias no ministério terreno
do
nosso Senhor. Naquele tempo, o texto do AT estava tão firmemente
estabelecido
que mesmo a rejeição judaica de Cristo não pode perturbar o texto”
(Edward Hills, A Bíblia King James
Defendida, 4ª
edição, p.93).
4. Um ponto muito importante na preservação do AT foi o ministério
terreno de
Jesus Cristo. Ele exaltou o texto hebraico do AT e garantiu sua
preservação até
os jotas e tis
(Mt 4:4; 5:18). O fato de Cristo ter
mencionado jotas
e tis nos ensina que Ele usou e exaltou o
texto
hebraico e não qualquer alegada tradução grega então. Cristo também se
referiu
ao AT por sua divisão hebraica mais que por sua divisão grega (Lc 24:44). A divisão hebraica era a Lei, os Profetas
e os
Salmos, enquanto a divisão grega foi a
mesma como em
inglês, a Lei, os Salmos e os Profetas. Ainda, quando o Senhor Jesus
Cristo se
referiu ao primeiro e último profetas martirizados no AT, Ele Se
referia a eles
mais pela ordem do AT que pela ordem da Septuaginta
grega (Mt 23:35). O AT
hebraico
começa com o Gênesis e termina com II Crônicas, enquanto a Septuaginta
grega termina com o profeta Malaquias seguida pelos livros apócrifos.
5. A partir do início do século VI foram os Massoretas
que zelosamente guardaram o texto hebraico e o transmitiram de geração
a
geração dos anos
a. Nenhuma palavra ou letra podem ser
escritas pela
memória; o escriba deve ter uma cópia autêntica diante dele e ele deve
ler e
pronunciar alto cada palavra antes de escrevê-la.
b. Regras estritas foram dadas sobre a forma das letras, espaços entre
letras,
palavras e seções, o uso da caneta, a cor do pergaminho, etc.
c. A revisão de um rolo deve ser feita dentro de 30 dias após o término
do
trabalho, de outra forma ele seria inútil. Um erro numa folha condena a
folha;
se fossem encontrados três erros em uma página, todo o manuscrito era condenado.
d. Cada palavra e cada letra era contada e
se uma
letra fosse omitida, uma letra extra fosse inserida ou se uma letra
tocasse a
outra, o manuscrito era condenada e imediatamente destruído.
Assim
Deus manteve o AT puro por Seus meios
indicados, os
judeus e especialmente pelos sacerdotes judeus.
PONTOS IMPORTANTES DA PRESERVAÇÃO DO NOVO TESTAMENTO
Também
tem havido pontos importantes durante os quais o processo de
preservação do
Novo Testamento tem recebido renovado ímpeto.
O
primeiro ponto importante na preservação do NT ocorreu nos século IV e
V, em
seguida aos ataques heréticos e às ferozes perseguições nos tempos
pós-apostólicos, quando o texto Alexandrino foi rejeitado em sua forma
final em
favor do texto tradicional.
Nos primeiros dois séculos após os apóstolos, as Escrituras sofreram
fortemente
nas mãos dos heréticos assim como nas mãos dos perseguidores romanos.
Assim
como pelos heréticos, o estudioso textual do século XIX, Frederik
Scrivener testificou: “Não é menos verdade
de fato do que como soa paradoxal que as piores
corrupções a que foi sujeito o Novo Testamento, se originaram cem anos
depois
de ter sido composto... os Pais Africanos e todo o Ocidente, com uma
parte da
Igreja Síria, usaram manuscritos muito inferiores aos dos utilizados
por Stunica, ou Erasmo, ou Stephen,
treze séculos depois, quando modelaram o Textus
Receptus” (Scrivener,
Uma
Introdução Completa da Crítica do Novo Testamento, II, 4ª edição, 1894,
pp.
264-265).
No período dos séculos IV e V, após os ataques heréticos e as
perseguições,
duas coisas importantes aconteceram nas quais podemos ver a atuação do
Espírito
de Cristo e o espírito do anticristo operando lado a lado. Em primeiro
lugar, a
Igreja Católica estava se formando. Ela recebeu um grande impulso
quando
Constantino criou (para todos os efeitos) uma igreja estatal no século
IV e interviu nos negócios da igreja,
exaltando e enriquecendo
alguns “bispos” e perseguindo igrejas que não se submetessem. Segundo,
as
perseguições pelos imperadores romanos cessaram,
as
igrejas novamente tiveram liberdade para pregar e empreender trabalho
missionário e o fizeram com grande entusiasmo.
Considere estas afirmativas de Kurt e
Bárbara Aland: “Inúmeros
manuscritos foram destruídos durante as perseguições e tiveram que ser
substituídos. O resultado foi uma ampla escassez de manuscritos do Novo
Testamento que se tornou ainda mais aguda quando cessou a perseguição.
Foi
quando a Cristandade pode novamente se engajar livremente na atividade
missionária que houve um tremendo crescimento em ambos os lados das
igrejas
existentes e no número de novas igrejas. Também ocorreu uma súbita
demanda de
muitos volumes dos manuscritos do Novo Testamento em todas as
províncias do
Império” (Aland, O Texto do Novo
Testamento,
p.65).
Embora grande parte dos registros desse trabalho de fé tenha perecido,
sabemos
que foram feitas traduções naqueles dias por missionários e que foram
largamente usadas. A versão gótica, por exemplo, foi feita por Ulfilas que ainda criou o primeiro alfabeto
gótico para
este nobre projeto. O Antigo e Novo Testamentos
foram
traduzidos para o gótico no século IV. Bruce
Metzger diz que esta versão “deve ter sido a
Bíblia vernacular de
grande parte da Europa” do século IV ao V (Metzger,
O Texto do Novo Testamento, p.377). Infelizmente, só permanecem alguns
fragmentos desse antigo trabalho missionário e mesmo esses fragmentos
são
amplamente palimpsestos, significando que o gótico original foi raspado
e
sobrescrito com algo mais.
O que sabemos é que durante esse período de grande atividade
missionária, o
texto alexandrino foi rejeitado de forma irrevogável e final, e foi
queimado
nas areias do Egito, por assim dizer, e o texto Tradicional se
multiplicou.
Este é um ponto muito importante na preservação das Escrituras (Não
estou
dizendo que o texto alexandrino tenha sido alguma vez disseminado por
ampla
região e que realmente tenha permanecido lado a lado com o Texto
Tradicional em
todo o mundo bíblico. O texto alexandrino sempre foi essencialmente um
texto
local).
Wilbur Pickering
observa: "...se,
conforme relatado, a
campanha Diocleciana foi mais feroz e
eficaz na área
Bizantina, a vantagem numérica do tipo de texto ‘bizantino’ sobre o
texto
‘ocidental’ e ‘alexandrino’ teria sido reduzida, dando ao último uma
oportunidade de aceleradamente distanciar-se na dianteira ainda mais.
MAS ISTO
NÃO OCORREU. A IGREJA, NA ESSÊNCIA, SE RECUSOU A PROPAGAR TAIS FORMAS
DO TEXTO
GREGO” (A identidade do Texto do Novo Testamento, cap.5).
Mesmo os críticos textuais modernos admitem que o tipo de texto do
Vaticano
deixou de ser usado, e tentam escapar disso contrapondo sua espúria
teoria de
recensão [Luciana]. Considere os manuscritos unciais
sobreviventes. Dos raros 260 unciais que
sobreviveram
até os dias de hoje, a maioria é dos séculos V e IX, e a maioria deles,
muitos
deles, “realmente
preservam
pouco mais que um texto puramente ou predominantemente da Maioridade
Bizantina”
(Aland, O Texto do Novo Testamento, p.103).
É apenas
um punhado de unciais anteriores a
esse tempo que tinham um texto alexandrino.
Os críticos textuais modernos vêem este punhado de unciais
alexandrinos (junto com suas contrapartidas nos papiros egípcios) como
o
autêntico texto apostólico. Nós os vemos como exemplos de um texto
aberrante
que floresceu brevemente naquele terreno fértil do Egito. Deus permitiu
que os
heréticos adulterassem os manuscritos durante os dias pós-apostólicos,
mas Ele
não permitiu que o “texto” assim criado prosperasse, tendo o Espírito
de Deus
guiado Seu povo a rejeitar a falsidade e manter a verdade.
“Assim, durante
os séculos
IV e V, entre os cristãos de língua siríaca
do leste,
os cristãos de língua grega e o Império bizantino, e os cristãos de
língua
latina do oeste, havia a mesma tendência, a saber, uma tendência guiada
por
Deus contra os falsos textos ocidentais e alexandrinos e na direção do
Verdadeiro Texto Tradicional” (Edward F.Hills,
A Versão King James Defendida, 4ª edição, p.188).
2. Outro ponto importante na preservação das Escrituras do Novo
Testamento
ocorreu nos séculos IX e X,
quando os
antigos unciais FORAM CONVERTIDOS PARA MANUSCRITOS CURSIVOS. O
texto que
foi convertido era o texto Tradicional.
Só é razoável supor que o processo de conversão requeria um exame
crítico dos unciais usados como exemplares
dos novos cursivos, e que
somente aqueles unciais considerados os
mais
autênticos seriam usados, talvez não em todos os casos, mas falando
amplamente
através do espectro de todo o processo. Certamente os envolvidos neste
importante processo sabiam que os tempos tinham mudado e que os unciais não seriam mais usados, que o processo
de conversão
não seria revertido, assim como os que viveram nos séculos XV e XVI
sabiam que
a conversão do manuscrito para o impresso seria permanente.
Jakob van Bruggen fez a seguinte
observação valiosa
sobre sua época: “Na
codigologia, o grande valor do processo de
transliteração
no século IX e seguintes é reconhecido. Naquela época os manuscritos do
Novo
Testamento Mais importantes escritos em escrita maiúscula foram
cuidadosamente
transcritos em escrita minúscula..... A importação desses dados não foi
levada
em conta o bastante no atual criticisco
textual no
Novo Testamento. Pois isto implica que justamente os manuscritos mais
antigos,
melhores e mais habituais venham até nós no novo vestuário da escrita
minúscula, não é mesmo?” (Jakob Van Bruggen,
O
Antigo Texto do Novo Testamento, p.26).
É importante compreender que o registro do manuscrito era muito mais
antigo e
extenso naquele tempo do que em nossos dias. Muitos dos registros que
então
sobreviviam foram destruído durante o milênio tumultuoso e cheio de
perseguições que se passou desde aquele dia. Jack Moorman
observa: “Não
parece
verdadeiro que os escribas do século IX [apenas algumas centenas de
séculos
depois dos apóstolos] estariam em melhor posição para decidir sobre os
‘mais
antigos e melhores manuscritos’ que os críticos textuais do século XX?
Por que,
durante a mudança, eles tão decididamente rejeitaram o texto do Vaticanus e no seu lugar e fizeram cópias
daquele texto que
agora sublinha o A.V.” (Moorman, Um Olhar Próximo, p.26).
O processo de conversão dos séculos IX e X também nos ensina que os
antigos unciais foram, uma vez
subsistentes, os que continham o
Texto Tradicional. “Ainda
que alguém continue a defender que os copistas, ao tempo da
transliteração,
utilizassem o tipo errado de texto até a Idade Média, ainda não se
conseguiu
prova-lo codigologicamente com a nota de
que as
maiúsculas mais antigas têm um texto diferente. Este seria um
raciocínio
circular. Certamente havia maiúsculas tão veneráveis e antigas quanto
os do Vaticanus ou Sinaiticus
que, como
uma seção do Alexandrino, apresentavam um texto Bizantino. Mas eles
foram
renovados em escrita minúscula e sua aparência maiúscula desapareceu”
(Jakob Van Bruggen, O Antigo Texto do Novo
Testamento, p.27).
3. Outro ponto importante na preservação do Novo Testamento foi O
IMPÉRIO
BIZANTINO que manteve os manuscritos gregos através das Eras de Trevas,
dos
séculos V ao XV.
A língua grega começou a morrer como língua viva em áreas fora da Ásia
Menor e
da Grécia ao final do século II. “Aland argumenta que antes
do ano 200 AD a maré começou a se voltar contra
o uso do grego nas áreas que falavam Latim, Siríaco
ou Copta e cinqüenta anos mais tarde a mudança das linguagens locais
estava bem
avançada” (Pickering, A Identidade
do Texto do
Novo testamento, cap. 5).
Durante a Era de Trevas, quando o grego não era uma linguagem comum
fora da
parte bizantina do mundo, e o latim dominava os estudos, os manuscritos
gregos
eram guardados pelos estudiosos ortodoxos. Eles foram subsequentemente
transmitidos à Europa em 1453 na queda de Constantinopla, em quase
exatamente o
mesmo tempo quando Gutemberg imprimiu a
primeira
Bíblia com tipos removíveis. Alguém pode pensar que isto seja mera
coincidência?
4. Outro ponto importante na preservação do Novo Testamento foi
A MULTIPLICAÇÃO DAS VERSÕES POR CRISTÃOS CRENTES NA BÍBLIA, DURANTE A
ERA DE
TREVAS
Apesar dos esforços de Roma para manter a Bíblia fora das mãos das
pessoas
comuns e fora das linguagens vernaculares,
os santos
separatistas persistiram até a morte. Um crente na Bíblia que vive
pelas
palavras de Deus (Mt 4:4; Lc 4:4) vai a qualquer distância para ter as
Sagradas
Escrituras em sua própria língua.
Nessa luz e à luz do mandamento e promessa de Cristo em Mateus
28:19-20, um
importante (e muito negligenciado) campo de pesquisa sobre o texto
preservado
do Novo Testamento são as versões antigas usadas pelas igrejas que
obedeciam à
Grande Comissão.
O registro subsistente dessas versões durante o primeiro milênio é
reduzido ao
extremo, mas vai se tornando mais claro, à medida que se aproxima o
segundo
milênio da era da igreja.
Considere os Novos Testamentos Românicos Occitano
usados pelos Waldenses datados do século
XII. Essa
era a linguagem dos trovadores e homens de letras na Idade das Trevas.
Ela foi
a predecessor do Francês e Italiano. Em contraste com as Bíblias
católicas
massivas, ornadas, as Bíblias românicas eram pequenas e simples,
elaboradas
para o trabalho missionário. “Esta versão foi
amplamente disseminada no sul da França e nas
cidades da Lombardia. Tinha uso comum
entre os Waldenses do Piemonte
e isso não
era uma parte pequena, sem dúvida, do testemunho nascido para a verdade
para
esses montanheses preservarem e distribuírem” (J.Wylie,
História do Protestantismo, vol. 1 capítulo 7, “Os Waldenses”).
Tive o raro privilégio de andar nos vales do nordeste da Itália onde os
waldenses se situavam e de examinar uma
linda e pequena
cópia do Novo Testamento românico dentro da Biblioteca da Universidade
de Cambridge.
Havia versões pré-Reforma em francês e alemão arcaicos datadas do
século XIII e
em espanhol, boêmio (tcheco) e inglês, datadas do século XIV.
Considere o Tepl, uma tradução do alemão
arcaico
usada pelos waldenses dos séculos XIV a
XV. Comba, que escreveu a história dos waldenses,
disse que o Tepl era uma versão waldense
(Comba, Os Waldenses
da
Itália, pp. 190-192). Comba localiza duas
autoridades, Ludwig Keller e Herman
Haupt sobre essa informação. Comba
também afirma que a versão Tepl era
baseada em velhos
manuscritos em Latim e não na versão vulgar de Jerônimo. O tamanho da
versão Tepl a identifica com as pequenas
Bíblias usadas pelos
evangelistas waldenses em suas perigosas
jornadas
através da Europa.
O primeiro Novo Testamento em inglês foi terminado por John Wycliffe
e seus colaboradores em 1380 e usados extensivamente pelos Lollards
perseguidos ao longo do século XV.
Essas Bíblias antigas usadas pelos santos perseguidos no processo de
cumprir a
Grande Comissão foram os antecessores das Bíblias da Reforma que foram
aos
confins da terra dos séculos XVI ao XIX e textualmente eram muito
semelhantes,
com somente pequenas diferenças. Eles não representavam os textos
alexandrinos
preferidos pelos críticos textuais modernos (o que explica porque foram
amplamente ignorados pelos estudiosos textuais nos últimos 150 anos).
5. O último ponto importante na preservação do Novo Testamento foi A
REFORMA NO
SÉCULO XVI, DURANTE A QUAL O NOVO TESTAMENTO GREGO FOI CONVERTIDO DE
MANUSCRITO
PARA IMPRESSÃO.
Antes disso, o Novo Testamento era passado de geração a geração pelo
laborioso
e difícil processo da escrita manual. A impressão trancou o texto num
formato
padronizado e deixou pouco espaço para a introdução de erros.
Acreditamos que
este foi o processo final de preservação.
Concordamos com Edward F.Hills quando diz: “O próximo passo na
preservação
providencial do Novo Testamento foi sua impressão em 1516 e sua
disseminação
através de toda a Europa ocidental durante a Reforma protestante... Nos
essenciais, o texto do Novo Testamento impresso pela primeira vez por
Erasmo e
mais tarde por Stephanus (1550) e Elzevir
(1633) está
plenamente de acordo com o Texto Tradicional providencialmente
preservado na
vasta maioria dos manuscritos gregos do NT...Nele, os poucos erros de
alguma
conseqüência que ocorreram no Texto grego Tradicional foram corrigidos
pela
providência de Deus operando através do uso da Igreja de língua Latina
da
Europa Ocidental” (Hills, A Versão
King James
Defendida, pp. 106-107).
David Cloud, Serviço de Informação Batista Fundamental, 01 de
Junho,
2005, http://www.wayoflife.org
Traduzido por Jeanne Rangel, jun. 2005.