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Cap 19 – A livre agência do homem

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Pensamento claro é muito mais necessário quando vimos a tratar da livre agência do homem. Alguns a imaginam assunto muito difícil por terem feito dele algo diferente do que é. Pela mesma razão alguns tem acusado que a doutrina de eleição incondicional, doutrina bíblica e batista, destrói a livre agência do homem.

Bem diz Spurgeon: “Em referencia à matéria da predestinação e livre arbítrio, muitas vezes ouvi homens perguntarem: ‘Como as fazeis concordar?’ Acho que há uma outra pergunta apenas tão difícil a solver: ‘Como as fazeis diferir?’ Ambas podem ser feitas tão facilmente colidir como colidir. A mim me parece um problema que não pode ser estabelecido e um assunto que não precisa de solução” (Sermons, Vol. 13, pág. 31).

I. A LIVRE AGÊNCIA DO HOMEM É UMA DOUTRINA BATISTA

A declaração de Fé de New Hampshire, largamente aceita entre os batistas, declara que a eleição é “perfeitamente coerente com a livre agência do homem”.

O falecido George W. McDaniel, quando presidente da Convenção Batista do Sul, disse numa carta pessoal ao autor deste livro: “A posição batista tanto reconhece a soberania divina como a livre agência moral”.

Spurgeon diz: “A predestinação de Deus não destrói a livre agência do homem nem alivia a responsabilidade do Pecador” (Sermons, Vol. 13, pág. 30).

D. F. Estes (Seminário Teológico de Hamilton e Universidade de Colgate) diz: “A liberdade moral do homem foi claramente sustentada por Paulo e não menos positiva e tenazmente por causa de certas outras idéias que ele sustentou e que a alguns parecem estar inconsistentes entre si (New Testament Theology, pág. 104).

Diz W. W. Hamilton: “Deus uniu certos grandes fatos na salvação e nós devemos, segurissimamente, angustiar-nos se deixarmos de o reconhecer. Soberania e livre arbítrio vêem-se intimamente relacionados quando Pedro disse no grande revivamento do Pentecostes: ‘Sendo Ele entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, pelas mãos ímpias de injustos vós O matastes'” (Bible Evangelism, pág. 90).

J. M. Pendleton diz: “Não há verdades mais claramente reveladas na Bíblia do que a que Deus é soberano e o homem é livre” (Christian Doctrines, pág. 103).

E. Y. Mullins diz: “O livre arbítrio no homem é uma verdade tão fundamental como qualquer outra Evangelho e não deve ser jamais cancelada em nossas disposições doutrinárias; sem ela o homem não seria homem e Deus jamais nos rouba de nossa verdadeira virilidade moral em salvar-nos” (Baptist Beliefs, pág. 26).

J. P. Boyce diz: “O livre agência pertence à natureza de uma criatura moral inteligente. Deve ter ela liberdade de escolha, ou não seria responsável por sua ação. A própria essência da responsabilidade consiste no poder de ação contrária, assim quisera alguém.” (Abstract of Systematic Theology, pág. 224).

A. H. Strong diz: “Livre agência … tem-se mostrado ser consistente com os decretos (de Deus)” (Systematic Theology, pág. 177).

Está manifesto pelas citações supra que a livre agência, segundo o seu uso entre autores batistas, deve ter significado diferente daquele que muita gente entende ser. Spurgeon, Estes, Pendleton, Mullins, Boyce e Strong são todos claros no seu ensino da eleição incondicional. Isto nos leva então a considerar.

II. DEFINIDA A LIVRE AGÊNCIA

1. PELOS DICIONÁRIOS.

Funk e Wagnall?s Desk Standard Dictionary define a livre agência como !a faculdade ou capacidade de agir livremente, isto é, sem constrangimento da vontade?.

Webster?s New International Dictionary, ao definir o termo !livre?, na sua aplicação aos atos de um ser moral, diz: !Não determinado por algo além de sua própria natureza ou ser; não necessitado por uma causa ou agência externas; escolhendo ou capaz de escolher por si mesmo; como um livre agente?.

2. PELOS ESCRITORES TEOLÓGICOS PADRÕES.

N. L. Rice diz: “A livre agência não é nada mais ou menos do que agir sem compulsão e de acordo com os próprios desejos e inclinações de alguém” (God Sovereign and Man Free, pág. 58).

J. M. Pendleton repete a definição de André Fuller, que é como segue: “Um livre agente é um ser inteligente que está em liberdade para agir segundo sua escolha, sem compulsão ou restrição” (Christian Doctrines, pág. 104).

A. H. Strong diz: “Livre agência é a faculdade de autodeterminar-se em vista de motivos ou poder de o homem (a) escolher entre motivos e (b) dirigir sua atividade subseqüente conforme com o motivo assim escolhido”(Systematic Theology, pág. 176).

Lutero negou o ‘livre arbítrio’ como era empregado pelo seu grande oponente Erasmo e também pelos pelagianos e sofistas; e, com toda a sua perspicácia, supondo erradamente que o uso feito de ‘livre arbítrio’ pelos arroistas supra era o único sentido da expressão, opôs-se ao seu emprego. Não obstante, ele atribuiu à vontade uma liberdade tal como é atribuída por outros aqui citados, definindo-a nas seguintes palavras: “Vontade, quer divina ou humana, faz o que faz, seja bem ou mal, não por qualquer compulsão senão por mero querer ou desejo, como se fossem totalmente livres” (Cativeiro da Vontade, pág. 41).

John Gill, que é muitas vezes falsamente acusado de antinomianismo, diz: “Uma determinação da vontade para uma qualquer coisa, não é contrária à escolha, porque a vontade humana de Cristo, como a dos anjos e dos santos glorificados estão determinadas somente para o que é bom e, todavia, tanto escolhem como fazem o bem livremente … Além disso, nem a impotência do homem, nem a influência eficaz da graça, de modo algum impedem a liberdade das ações humanas. Um ímpio que está sob a mais forte das parcialidades, poder e domínio da sua concupiscência, age livremente; como o faz também um homem bom ao fazer o que é espiritualmente bom e nunca mais assim do que quando ele está sob as mais poderosas influências da graça divina” (Causa de Deus e Verdade, págs. 184-5).

Jonathan Edwards considerou a livre agência como a “faculdade, oportunidade ou vantagem que qualquer um tem de fazer como lhe apraz” (Freedom of the Will, pág. 17).

De indústria reservamos para o fim a definição que é a mais explícita de todas, porque resume todas as outras e as estabelecem em maior minúcia e de um modo mais facilmente compreensível. Esta definição é de E. Y. Mullins: !A liberdade no homem não implica insenção da operação de influências, motivos, hereditariedade, ambientes: antes significa que o homem não está sob compulsão e suas ações são em último caso determinadas do interior. Ele é auto-determinado no que faz. Alguns sustentam que a liberdade no homem significa a habilidade de transceder-se e agir contra o seu caráter. (É isto o sentido errôneo de vontade livre, como crida por todos os pelagianos e arminianos e como contrariada por Lutéro e muitos outros). A vontade é assim considerada, não como uma expressão do que o homem é no seu caráter essencial. É livre no sentido de ser capaz de escolhas sem relação a escolhas passadas, hábitos adquiridos e tendências hereditárias. Isto é uma idéia insustentável da liberdade: faz da vontade mera aditiva à natureza do homem antes que uma expressão dela. A liberdade exclui a compulsão externa como também exclui o mero capricho e arbitrariedade. Liberdade é auto-determinação? (The Christian Religion in its Doctrinal Expression, págs. 258-9).

Submetemos agora que todos esses grandes escritores estão em harmonia uns com os outros na sua idéia dessa liberdade que o homem possui, conquanto alguns deles negassem que liberdade fosse chamada tanto livre agência como vontade livre. Contudo, se houvesse em todo o universo uma coisa tal como livre agência, mesmo no caso de Deus, a liberdade do homem afirmada no precitado é livre agência.

Para tornar isto mais manifesto, tomamos como nossa próxima proposição:

III. O HOMEM TÃO LIVRE AGENTE COMO DEUS

Notamos que o Dr. A. H. Strong diz: “A livre agência é a faculdade de auto-determinação”. Outros a definem como a faculdade que alguém tem de agir segundo sua escolha, fazer como lhe apraz. Vimos que livre agência não implica habilidade de transcender-se e de agir contrário ao seu caráter; não exclui a determinação tanto para o bem como para o mal; exclui compulsão e restrição do exterior da natureza de alguém e exclui também apenas tão seguramente o mero capricho e a arbitrariedade.

Que mais do que isto se pode afirmar de Deus? Que menos pode ser afirmado do homem? Deus é auto-determinado, assim o homem, em todos os tempos. Deus sempre age segundo Sua escolha e faz como Lhe apraz, assim também o homem. Deus não pode transceder-se e agir contrário ao Seu caráter. Nem o homem o pode. Deus está sempre determinado para o bem. O homem natural está sempre determinado para aquilo que é espiritualmente mau. Um homem regenerado está determinado, em geral, para aquilo que é bom. Quando ele comete o mal, ele está, no momento, determinado para o mal. A vontade de Deus não está nunca compelida ou restringida por algo fora de Sua própria natureza. O mesmo é verdade quanto ao homem. Deus jamais age caprichosa ou arbitrariamente, isto é, sem causa suficiente. Nem o homem. Deus sempre age de acordo com a Sua preferência, considerando as coisas como um todo, mas não sempre segundo a Sua preferência em si, considerando as coisas separadamente e aparte do Seu plano perfeito. Por exemplo, Deus prefere emanentemente a santidade em todos os tempos, mas, em consideração ao Seu plano como um todo, Ele propôs permitir o pecado; porque o pecado, de algum modo, é necessário à consecução do Seu plano. É isto análogo ao fato de o homem ter preferências conflitivas, mas seguir sempre a sua mais forte preferência e, em assim fazendo, ser sua vontade inteira e absolutamente livre.

A posição da vontade de Deus e a natureza e leis de sua ação são as mesmas como no caso da vontade do homem; cada uma está sujeita à natureza do seu possuidor, ambas expressam a natureza do seu possuidor em vista de motivos. Tanto o homem como Deus são livres em todos os tempos para agiram nos seus mais dominantes desejos e suas inclinações. Deus não é, verdadeiramente, um livre agente mais do que o homem é.

Que a livre agência do homem em todos os tempos pode ser mais manifestada, consideraremos:

IV. LIVRE AGÊNCIA DO HOMEM NATURAL

O homem não pode fazer diferente que continuar no pecado por tanto tempo quanto está no seu estado natural (Jeremias 17:9; Provérbios 4:23; Jó 14:4; Jeremias 13:23; João 6:65; Romanos 8:7,8; I Coríntios 2:14). Mas sua continuação no pecado não se deve a compulsão ou restrição exterior senão ao seu próprio caráter que lhe causa escolher as trevas mais que a luz (João 3:19). Ele continua no pecado pela mesma razão por que um porco se espoja no lamaçal; continua no pecado pela mesma razão porque Deus continua na santidade. Assim ele é completamente um livre agente.

V. A LIVRE AGÊNCIA E O ENDURECIMENTO E O OBUMBRAMENTO DIVINOS

No endurecimento e obumbramento dos pecadores, que iniludivelmente se atribuem a Deus na Escritura (Romanos 9:18; João 12:40), não há força externa trazida a influenciar a vontade do pecador. Enquanto se diga que Deus cega e endurece o pecador, diz-se que o pecador se obnubila e endurece a si mesmo. João 12:40 é uma citação de Isaías 6:10, onde o profeta Isaías é mandando fechar os olhos do povo. Então, em Mateus 13:14,15, há uma outra citação livre desta mesma profecia e em Mateus diz-se terem os pecadores fechado os seus próprios olhos. Então, ainda outra vez, em 2 Coríntios 4:3,4, temos um cegamento de pecadores atribuído ao diabo. Todas estas passagens se referem à mesma coisa e todas elas são verdadeiras porque estão na Palavra de Deus. Temos o cegamento dos pecadores atribuído a Deus, ao diabo, ao profeta e aos pecadores mesmos. Cabe-nos achar, se pudermos, a harmonia entre estas afirmações. Ei-la: O obumbramento se atribui a Deus porque Ele decretou, se permissivamente, se eficientemente, todas as circunstancias que tornam o pecador cego; atribui-se ao diabo porque ele é o autor do pecado pelo qual o pecador se obumbra; é atribuído ao profeta porque sua pregação da Palavra gera e faz o cegamento do pecador ativo na sua rejeição da Palavra. Então, finalmente, é atribuído ao pecador mesmo porque ele ama mais as trevas que a luz e manifesta sua escolha das trevas rejeitando a Palavra. Isto deixa o homem natural como livre agente. Se Deus, ou o diabo, ou o profeta, por um poder fora da natureza do pecador pudesse compelir o pecador contra sua escolha, ele não mais seria um agente livre, conquanto Deus continue a operar nele “tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade” (Filipenses 2:13); mas esta obra, como a de vivificar, não força a vontade.

VII. A LIVRE AGÊNCIA E A LIBERDADE CRISTÃ

Alguns se tornam confusos a respeito da livre agência em vista da afirmação de Cristo em João 8:32: “Conhecereis a verdade e a verdade vos livrará”. Cristo aqui se referiu à liberdade da natureza do cativeiro do pecado e não à livre agência. Tornar-se-á isto evidente a qualquer estudante esclarecido sobre uma consideração do precitado tratamento da livre agência. A posição da vontade, a natureza e as leis de sua ação são as mesmas antes e depois da conversão. Em ambos os casos o homem é auto-determinado em vista de motivos. Tanto antes como depois da regeneração a vontade expressa o caráter de alguém. A diferença entre os estados irregenerados e regenerados não é em consideração à liberdade da vontade senão no fato que, antes da regeneração, o homem é o “escravo do pecado” (João 8:34), enquanto que, depois, os crentes são pelo poder da nova vida “servos da justiça” (Romanos 6:18). Em ambos os casos os homens são servos e a vontade está sujeita ao caráter, sendo tão livre num caso como no outro.

VIII. A LIVRE AGÊNCIA E A SOBERANIA DE DEUS

Sem a mínima reserva de hesitação subscrevemos a Confissão de Fé de Filadélfia na sua declaração que !Deus decretou em Si mesmo, desde toda a eternidade, pelo sapientíssimo e santíssimo conselho de Sua própria vontade, que, tudo quanto seja, livre e imutavelmente aconteça. Isto inclui o mal tão bem e tão completamente como o bem, conquanto num sentido diferente e é sustentado tanto pela razão como pela revelação. Vide o capítulo !A Vontade de Deus?. Vide também Daniel 4:35; Isaías 46:10; Romanos 9:19; Efésios 1:11.

Quando os homens dizem que a soberania absoluta de Deus não pode reconciliar-se com a livre agência por mentes finitas, indicam um mal entendido quer da livre agência, quer da soberania de Deus, ou de ambas. A livre agência está em harmonia perfeita, completa e manifesta com a soberania absoluta de Deus. O laço de união entre ambas jaz no fato que a vontade está sujeita ao caráter do seu possuidor. Deus determinou o caráter de cada homem por meio de qualquer dos Seus decretos, positivo ou permissivo, positivo no caso de todo o bem e permissivo no caso de todo o mal. E Deus, tendo determinado todas as circunstancias, controla os motivos que influenciam a vontade. Assim Deus controla as ações humanas e todavia os homens agem em todos os tempos livremente como Deus mesmo faz. Se não houvesse Deus, o homem não podia agir mais livremente do que age.

Vemos esta harmonia entre Deus e Sua soberania e a livre agência do homem incisivamente exemplificada na crucificação de Cristo. Deus determinou que Cristo fosse crucificado (Atos 2:23; 4:27-8). E Deus determinou que uns certos o fariam, mas Ele fez isto permissivamente. Todos quantos tomaram parte na crucificação estiveram somente representando suas próprias naturezas e nunca foram mais livres em qualquer ato, nem Deus foi jamais livre em qualquer ato. Através de motivos ímpios escolheram matar o Senhor da glória. Mataram-nO porque O odiaram. Mataram-nO porque Ele os repreendeu por seus pecados. Mataram-nO porque Ele retirou a glória que tinha sido deles. Deus não os causou faze-lo, mas decretou permitir-lhes seguir suas próprias inclinações e desejos em faze-lo.

IX. A LIVRE AGÊNICA E O PODER DA AÇÃO CONTRÁRIA

Será notado que a expressão sobre livre agência citada de J. P. Boyce implica que o poder da ação contrária é essencial à livre agência. Isto é verdade se o poder da ação contrária é definido como Boyce o define, isto é, como o poder que se tem de fazer diferente do que se faz, tivesse assim querido. Isto é só dizer que o homem é livre da necessidade externa e da compulsão em suas ações. Se em qualquer momento não tivera alguém querido proceder como procedeu, podia o tal ter procedido diferentemente, se alguém é sempre livre para fazer como lhe apraz; quer dizer, sem dúvida, como lhe apraz no todo. Segue o seu desejo mais forte.

Ou, se o poder da escolha contrária é usada para significar o poder da alma de fazer escolhas contrárias ao seu propósito previamente regente, ele ainda está implicado na livre agência. Os motivos despertam tendências latentes na alma a assim a alma pode agir contrária ao seu propósito previamente regente. Na conversão a alma age contrária ao seu propósito previamente regente, mas, neste caso, não é devido ao despertamento de tendências latentes senão à implantação da nova vida.

Mas, se alguém supõe que o poder de ação contrária significa que é possível a alguém agir em qualquer momento diferentemente do modo no qual ele age, individuo e motivos permanecendo os mesmos, ele supõe uma contradição e uma necessidade, porque isto é supor que alguém escolha aquilo que não pode escolher. Toda a ação é o resultado de uma necessidade interna de conseqüências mas não de uma necessidade externa, nem de uma necessidade de compulsão. Em outras palavras, a ação de qualquer individuo em qualquer tempo não podia ter sido diferente sem o indivíduo ou os motivos serem diferentes. Doutra maneira não haveria nenhuma causa para a ação da vontade e todo o senso comum proíbe a suposição de uma coisa finita sem uma causa. Assim, os atos da vontade procedem de uma necessidade interna. Mas o indivíduo é livre e espontâneo. Não há forças que compila a vontade, porque a vontade é simplesmente a faculdade de escolha da alma. De fato, nenhum poder pode compelir ou coagir a vontade: necessariamente livre e não seria vontade sem isto.

Autor: Thomas Paul Simmons, D.Th.
Digitalização: Daniela Cristina Caetano Pereira dos Santos, 2004
Revisão: Charity D. Gardner e Calvin G Gardner, 05/04
Fonte: www.PalavraPrudente.com.br

Published inTeologia sistemática T. P. Simmons