Cap 32 - O Tabernáculo

A Pia de Cobre

Ex 30.17-21; 38.8

Introdução

É útil estudar sobre o tabernáculo pois conhecendo TODAS as Escrituras o homem pode melhorar a sua capacidade de saber manejar as Escrituras ao ponto de ter a aprovação de Deus e não ter que se de envergonhar (II Timóteo 2.15, “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.”) Por isso convém estudar o que diz a Bíblia do tabernáculo.

Material Usado para Fazer A Pia

A única peça do Tabernáculo sem detalhes das suas dimensões. Feita “dos espelhos das mulheres que se reuniram para servir à porta da tenda da congregação” – Ex 38.8

Local e Uso da Pia de Cobre

A posição da Pia era “entre a tenda da congregação e o altar”, ou seja o Altar dos Holocaustos, Ex 30.18

O uso da Pia de Cobre era para Aarão e seus filhos lavar suas mãos e seus pés em água limpa quando entraram na tenda da congregação, ou quando chegaram ao altar para ministrar, Ex 30.19-21

O Significado da Pia de Cobre

A água na Pia de Cobre, como a água no batismo, representa a obra de Cristo ser suficiente de lavar-nos da condenação dos nossos pecados. A água do batismo manifesta como Cristo foi sepultado por nossos pecados e a Sua saída da água como Ele foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai (Rm 6.3-6). Assim “andemos nós também em novidade de vida”!

O fato que a Pia de Cobre era cheia de água e não de sangue representa que a lavagem constante que o povo de Deus necessitava é para ter comunhão e não para ser re-regenerado repetidamente. O sangue foi posto no Altar dos Holocaustos. A salvação não precisa ser refeita. Mas a água da Pia de Cobre nos ensina da necessidade de purificação constante para sermos aptos a servir e comungar com Deus. Isso se entenda também quando contempla que a Pia era feita dos espelhos das mulheres piedosas.

O fato que a Pia de Cobre foi feita dos espelhos das mulheres que serviram à porta da tenda da congregação deve nos ensinar de Cristo. Como qualquer mulher olha num espelho, e como as mulheres piedosas servindo ao Senhor ao redor da porta da congregação, os que olham à Palavra de Deus, que é como um espelho (Tg 1.23-25), se vêem necessitados a serem lavados repetidamente. Contudo que somos uma vez para sempre justificados pelo sangue de Cristo (I Co 6.11, “E é o que alguns têm sido; mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus, e pelo Espírito do nosso Deus”; Hb 10.10, “Na qual vontade temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez”), somos purificados continuamente quando confessamos nossos pecados, reivindicando o poder do Seu sangue (I Jo 1.8,9; Sl 51.2, “Lava-me completamente da minha iniqüidade, e purifica-me do meu pecado”; Ef 5.26, “Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra,”; Sl 119.9; Tt 2.14, “O qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniqüidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras”). Assim entendemos como a Pia de Cobre ensina-nos da salvação de Cristo. Aprendemos também o bom proveito de olharmos continuamente à Palavra de Deus (Sl 119.9, “Com que purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a tua palavra”).

Desde que a Pia de Cobre estava entre o Altar dos Holocaustos e o Santuário, somos também ensinados de Cristo. Entre o fato que Cristo é nosso Sacrifício idôneo no Altar dos Holocaustos e a verdade que Ele é o Nosso Grande Sumo Sacerdote ministrando por nós diante de Deus, temos o fato que Cristo, como Sacrifício e Mediador é inteiramente aceitável e santo ou limpo, algo que garante a satisfação do Pai. Se desejar ser aceita diante de Deus, é necessário ser primeiramente lavado pelo sangue de Cristo (Jo 13.8, “Disse-lhe Pedro: Nunca me lavarás os pés. Respondeu-lhe Jesus: Se Eu te não lavar, não tens parte comigo”). Uma vez lavado os pés, ou seja, regenerado, não é necessário de lavar repetidamente (Jo 13.10). Todavia, se desejar ter comunhão com Deus é necessário ser continuamente lavado pela água da Palavra de Deus (Ef 5.25-27).

As mãos e os pés dos sacerdotes tinham que ser lavados constantemente para não morrerem os Sacerdotes quando entraram na tenda para ministrar nas coisas sagradas, ou para não morrerem quando chegarem ao altar para ministrar, nisso aprendemos da natureza de Jesus Cristo (Ex 30.20, 21). Por Jesus ser divino e, ao mesmo tempo, ser homem sem pecado, Ele é completamente e constantemente limpo - I Pe 2.22, “O qual não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano”. A palavra ‘engano’ “dolos” significa no grego engano, traição, deslealdade, cilada astuta, perfídia, (# 1388, Strong’s). Não há como Nosso Mediador ser pego na iniqüidade e assim ser condenado e morto algo que resultaria em nós ser deixados sem nenhuma salvação.

A lavagem das mãos e dos pés dos sacerdotes era muito importante ao Senhor; a atenção ou desatenção ao deste único detalhe fazia a diferença entre a vida ou a morte dos sacerdotes. Tal atenção de Deus Pai sobre os atributos daqueles que ministravam as coisas sagradas nos ensina várias verdades. Primeiramente a santidade de Deus Pai Quem exige tal lavagem constate é manifesta (I Pe 1.16, “Porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo”). Em segundo lugar, entendemos a pureza de Cristo Quem o nosso Mediador entre o homem e Deus (I Pe 2.22) e, finalmente, como o povo de Deus em geral, e o ministrante da Palavra de Deus em particular, devem ser constantemente adentro da Palavra de Deus para manterem-se capazes de entrar e sair da presença de Deus. O salmista nos relembra da necessidade de ser limpos quando diz: “Quem subirá ao monte do SENHOR, ou quem estará no seu lugar santo? Aquele que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente. Este receberá a bênção do SENHOR e a justiça do Deus da sua salvação”, Sl 24.3-5). Note também como Davi ensina essa verdade pela sua pratica: Sl 26.6, “Lavo as minhas mãos na inocência; e assim andarei, SENHOR, ao redor do teu altar”. Essas três verdades são enfatizadas pela qualificação: “será por estatuto perpétuo” (Ex 30.21).

Cristo não apenas nos lavou dos nossos pecados pelo Seu sangue (At 20.28; Ap 1.5), que foi aspergido no altar dos holocaustos (Hb 9.11-14; 10.10-14), mas Ele mesmo é lavado, ou seja, tem mãos santas e pés santos. Isso quer dizer que Ele é imaculado em tudo que opera e em qualquer lugar que for.

Cristo é qualificado para ser O Sumo Sacerdote dos pecadores arrependidos por ser limpo de todo e qualquer mancha, ruga ou algo irrepreensível (Hb 7.23-27). Se dependermos em Cristo para operar a nossa salvação (as Suas mãos), temos verdadeira esperança, pois o Seu trabalho satisfaz O Santíssimo Deus Pai (Is 53.10, 11; At 2.29-36). Se dependermos em Cristo para ir adiante de nós na presença de Deus (os Seus pés), temos uma verdadeira salvação, pois Cristo está assentado à destra de Deus e é certo que estaremos aonde Ele estiver (Jo 14.3; 17.24; Hb 10.11-13).

Nos atributos de quem depende a sua salvação?

Como vão as suas mãos e os seus pés? São lavados?

 

Autor: Pr Calvin Gardner
Ortografia e correção grammatical: Brenda Lia de Miranda 04/2007
Fonte: www.PalavraPrudente.com.br